Vilarandelo

vila e freguesia do município de Valpaços, Portugal

Vilarandelo é uma vila portuguesa, sede da Freguesia de Vilarandelo, do Município de Valpaços, freguesia com 20,36 km² de área[1] e 961 habitantes (censo de 2021)[2] tendo, assim, uma densidade populacional de 47,2 hab./km².

Portugal Portugal Vilarandelo 
  Freguesia  
Igreja Paroquial de Vilarandelo
Igreja Paroquial de Vilarandelo
Igreja Paroquial de Vilarandelo
Localização
Vilarandelo está localizado em: Portugal Continental
Vilarandelo
Localização de Vilarandelo em Portugal
Coordenadas41° 39' 47" N 7° 19' 33" O
RegiãoNorte
Sub-regiãoAlto Tâmega
DistritoVila Real
Município Valpaços
Código171231
Administração
TipoJunta de freguesia
Características geográficas
Área total20,36 km²
População total (2021)961 hab.
Densidade47,2 hab./km²
Sítiohttp://www.vilarandelo.freguesias.pt

A povação de Vilarandelo foi elevada à categoria de vila em 12 de julho de 2001.[3]

Demografia

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Vilarandelo[4]
AnoPop.±%
1864 1 160—    
1878 1 216+4.8%
1890 1 198−1.5%
1900 1 402+17.0%
1911 1 281−8.6%
1920 1 255−2.0%
1930 1 366+8.8%
1940 1 507+10.3%
1950 1 500−0.5%
1960 1 600+6.7%
1970 1 265−20.9%
1981 1 383+9.3%
1991 1 172−15.3%
2001 1 123−4.2%
2011 984−12.4%
2021 961−2.3%
Distribuição da População por Grupos Etários[5]
Ano0-14 Anos15-24 Anos25-64 Anos> 65 Anos
2001121155548299
201110185454344
20218390409379

Cultura

Brasão de Vilarandelo

História

Airosa vila, estende-se pelos visos claros de um planalto, com o casario agrupado em bairros e separado em sentido longitudinal pela Estrada Nacional 213.

O povoamento do território desta freguesia deve ser muito anterior ao século XII, embora a falta de documentação e a insignificância da toponímia não permitam fundamentar devidamente o asserto. No entanto, a arqueologia dá – lhe verosimilhança.

De facto, além de existir perto um castro, passava aqui uma das mais notáveis vias militares romanas, que se dirigia de Aquae Flaviae para o Douro. Como nos referencia o autor da Monografia de Valpaços – A. Veloso Martins – enquanto as fortificações castrejas indicam a existência de população mais ou menos fixa em épocas pré-romanas, a via militar, só por si, facilitaria a crença de que as imediações dela deviam ser naturalmente habitadas.

Tudo indica tratar-se duma povoação, tipo Citânia, com o seu castro fortificado, já em ruínas. Como são de Muralhas, talvez daí advenha a designação dada pela população de “Muradelha”. Situa-se a cerca de 1500 metros para oeste da população e dos vestígios da estrada ainda hoje se vê um marco miliar inteiro (marco miliário) e fragmentos de outros. Este marco conserva-se em bom estado e é dedicado ao Imperador Macrino (217-218).

No que tange a toponímia, a origem da povoação deve provir de um conjunto de pequenos “Villares”, hipótese que parece adequada não só em termos linguísticos, mas também atendendo à configuração da povoação de Vilarandelo, que se divide em cinco bairros, todos em volta da igreja matriz, a saber: Bairro do Outeiro, da Cruz, de Baixo, da Rua e da Lavandeira. Precisamente cada grupo de casas ou bairro devia ter sido um pequeno ”villar” (fracção de vila) de origem e ao conjunto chamar-se-ia, pois, Vilarando (por serem pequenos, “Vilarandelo”), derivando daí, presumivelmente, o nome desta Vila.

Da história da povoação nada se sabe. Nem sequer, devido à sua localização geográfica, é possível dizer rigorosamente se se incluía na «terra» de Montenegro, se na de Monforte. No entanto, como depois do século XIII aparece no termo de Chaves, parece ganhar alguma força a afirmação de que estava incluída na «terra» de Montenegro, devendo o lugar ser foreiro à Coroa.

A situação paroquial inicial também é obscura e, apesar de lhe estar assaz vizinha a velhíssima sede paroquial de Santa Valha, não é certo que Vilarandelo se incluísse nesta paróquia, pois a paróquia de Vilarandelo ainda não aparece no arrolamento paroquial de 1320-1321.

O padroado de Vilarandelo também é ignorado antes do século XVIII. “Em 1706 aparece como vigairaria da Ordem de Malta e da comenda maltesa de São João da Corveira, pertencendo ao termo e comarca de Chaves, ouvidoria e comarca de Bragança, contando 152 fogos”. Em 1768 era ainda da mesma representação. Os direitos da comenda devem repousar em aquisições medievais da Ordem do Hospital.[6] Apesar de relativamente tardia a erecção paroquial, a Igreja de São Vicente já devia existir previamente. Efetivamente, a Igreja é bastante antiga existindo, para além dela, mais três templos: capelas de Santo António, do Espírito Santo e de São Sebastião.

A título de curiosidade, acresce referir ainda que esta freguesia foi pilhada e saqueada na noite de 15 de Novembro de 1846, pelas tropas do barão do Casal, no seguimento do célebre combate de Valpaços, por alturas das guerras da Patuleia.[1]

Referências

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Ligações externas

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