Zagallo

futebolista brasileiro (1931-2024)

Mário Jorge Lobo Zagallo (Atalaia, 9 de agosto de 1931Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2024)[4][5][6] foi um treinador e futebolista brasileiro que atuou como ponta-esquerda.

Zagallo
Zagallo
Zagallo em 2017
Informações pessoais
Nome completoMário Jorge Lobo Zagallo
Data de nasc.9 de agosto de 1931
Local de nasc.Atalaia, Alagoas, Brasil[1][2]
Nacionalidadebrasileiro
Morto em5 de janeiro de 2024 (92 anos)
Local da morteRio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Altura1,72 m
ApelidoVelho Lobo
Formiguinha[3]
Informações profissionais
Posiçãoponta-esquerda
Funçãotreinador
Clubes de juventude
1948–1949
1950
America
Flamengo
Clubes profissionais
AnosClubesJogos (golos)
1951–1958
1958–1965
Flamengo
Botafogo
0205 000(29)
0300 000(46)
Seleção nacional
1958–1964Brasil0036 0000(5)
Times/clubes que treinou
1966–1968
1969–1970
1971–1972
1972–1974
1975
1976–1978
1978
1979
1980–1981
1981–1984
1984–1985
1986–1987
1988–1989
1989–1990
1990–1991
1991–1994
1994–1998
1999
2000–2001
2003–2006
Botafogo
Brasil
Fluminense
Flamengo
Botafogo
Kuwait
Botafogo
Al-Hilal
Vasco da Gama
Arábia Saudita
Flamengo
Botafogo
Bangu
Emirados Árabes Unidos
Vasco da Gama
Brasil (coordenador)
Brasil
Portuguesa
Flamengo
Brasil (coordenador)
Medalhas
Competidor do Brasil
Copa do Mundo FIFA
OuroSuécia 1958Jogador
OuroChile 1962Jogador
OuroMéxico 1970Treinador
OuroEUA 1994Coordenador técnico
PrataFrança 1998Treinador
Jogos Olímpicos de Verão
BronzeAtlanta 1996Treinador
Copa das Confederações
OuroArábia Saudita 1997Treinador
Copa América
PrataArgentina 1959Jogador
OuroBolívia 1997Treinador
PrataUruguai 1995Treinador
Copa Ouro da CONCACAF
PrataEUA 1996Treinador
BronzeEUA 1998Treinador
Competidor do Kuwait
Copa da Ásia
PrataIrã 1976Treinador

Grande vencedor no futebol, dentro e fora de campo, detém o recorde de títulos das Copas do Mundo FIFA em geral. Já vitorioso como jogador nas edições de 1958 e 1962, Zagallo sagrou-se campeão da competição como treinador em 1970, sendo um dos três a conquistar a Copa como jogador e como treinador, e depois como coordenador técnico, em 1994, totalizando quatro conquistas em três funções diferentes.[7] Conhecido como "Velho Lobo", ainda treinou a Seleção Brasileira em 1974 e 1998, obtendo o vice-campeonato neste último, e foi novamente coordenador técnico da equipe em 2006, compondo a comissão técnica de Carlos Alberto Parreira, reeditando a parceria de 1994, desta vez sem sucesso. No total foram cinco finais em sete participações nas Copas do Mundo.[8]

Por suas contribuições ao futebol, recebeu a Ordem de Mérito da FIFA em 1992, a mais alta honraria da entidade.[9] Em 2013 foi eleito o nono melhor treinador de todos os tempos, pela revista Soccer Magazine.[10][11]

Carreira como jogador

Zagallo pelo Botafogo

Descendente de portugueses,[12] Zagallo mostrava aptidão para os esportes desde os tempos de escola, em especial o futebol. À época, ele já sabia que iria seguir carreira na modalidade. No entanto, seu pai, Aroldo, queria que o filho fizesse um curso de contabilidade para ajudá-lo na fábrica de tecidos da família. Coube a seu irmão, Fernando, convencer o pai a deixá-lo fazer o que ele mais gostava.[13]

Residiu na Rua Professor Gabizo, na Tijuca.[14] Como era sócio do America-RJ, seu clube do coração,[15] foi lá que Zagallo iniciou sua carreira, nas divisões amadoras, além de arrumar tempo para jogar vôlei entre uma partida e outra. Nesta época chegou também a jogar tênis de mesa, ganhando títulos na categoria juvenil.[16]

Em 1949, o jovem venceu o Campeonato de Amadores do Rio de Janeiro, conquistando seu primeiro título. No mesmo ano ajudou o clube a conquistar o Torneio Início do Campeonato Carioca.

Flamengo

Em 1950 transferiu-se para os juniores do Flamengo, clube pelo qual assinou seu primeiro contrato profissional, em 1951, onde conquistou, dentre outros, o tricampeonato carioca (1953, 1954 e 1955). O ponta-esquerda deixou a equipe rubro-negra logo após a conquista da Copa do Mundo FIFA de 1958 com a Seleção Brasileira. Zagallo não queria sair do Flamengo, mas a demora da diretoria fez com que ele assinasse com o rival Botafogo.

Segundo números do "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins, o "Formiguinha", como era conhecido na época, disputou pelo clube 205 jogos, com 128 vitórias, 38 empates e 39 derrotas, marcando 29 gols.[17]

Botafogo

Zagallo foi bicampeão carioca (1961 e 1962) e do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964) pelo Botafogo, clube onde também veio a conquistar a Taça Brasil e outros títulos internacionais com treinador. O ponta-esquerda participou da fase áurea do time, jogando ao lado de astros como Garrincha, Didi e Nílton Santos.

Apesar de também ter uma passagem vitoriosa no Flamengo, foi em General Severiano que Zagallo se consolidou como ídolo. Não à toa, o "Dia do Botafoguense" é comemorado em 9 de agosto, data de aniversário do "Velho Lobo".[19]

O vínculo do Zagallo com o alvinegro começou com um chapéu. O ponta-esquerda foi contratado pelo clube após a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, vindo do Flamengo. O Rubro-Negro demorou para renovar o passe do atleta, que optou por continuar no Rio de Janeiro e aceitou a proposta do rival. O camisa 13 chegou e não saiu mais do Botafogo, clube no qual se aposentou, em 1965.

De temperamento forte, Zagallo tratava o "Clube da Estrela Solitária" de outra maneira. Em 1959 foi puxado para o time de aspirantes do Botafogo para recuperar ritmo de jogo após ficar afastado quatro meses por lesão. Não reclamou, aceitou a ordem, foi campeão carioca de juniores e retornou à equipe profissional no ano seguinte.

Mesmo sem ter tanto talento quanto os assombrosos Garrincha, Didi e Nilton Santos, o Velho Lobo gravou seu nome na história pela forma surpreendente como atuava na época: era um ponta que voltava para marcar, aparecendo no meio-campo e dando suporte ao lateral.

Seleção Brasileira

Zagallo e Pelé em 1970

Seus títulos cariocas e a conquista da Taça Brasil o levaram à Seleção Brasileira. Com ele, o Brasil inovou taticamente e jogou em 1958 no esquema 4-3-3, pois Zagallo era um ponta-esquerda que recuava para ajudar no meio-campo. Já na Copa seguinte, a de 1962, realizada no Chile, Zagallo foi titular devido à lesão de Pepe, grande astro do Santos e companheiro de ataque de Pelé.[20]

Características e estilo de jogo

Zagallo era um ala esquerdo de médio porte e franzino, mas conhecido por suas habilidades técnicas. No início da carreira, ele quase nunca ganhava uma dividida, mas compensava a falta de massa muscular com muita velocidade, deslocamentos rápidos e notável inteligência tática.

Era considerado um jogador à frente de seu tempo, já que fazia muito bem o trabalho defensivo, além de sua capacidade de executar ataques de áreas mais profundas do campo. Ele também era capaz de jogar como atacante, atacante principal ou atacante interno.

Sua polivalência permitiu a Vicente Feola (técnico na Copa de 1958) inovar e mostrar ao mundo o 4-3-3 (à época, as equipes usavam o 4-2-4). Em entrevista ao blog Olho Tático, do jornalista André Rocha, Zagallo falou o seguinte sobre a estrutura tática de 1958: "O 4-3-3 não nasceu em 1962. Já em 1958 eu fazia a dupla função. Com a bola era um ponteiro. Mas também podia ficar e cobrir o Nilton Santos. Sem a bola, eu era o homem que dava vantagem numérica: se a jogada do adversário fosse pelo nosso lado, eu ajudava o Nilton a marcar o ponta. Dois contra um. Se fosse do lado oposto, fechava e ficávamos Zito, Didi e eu. Três contra dois no meio-campo".[21] Um exemplo de sua função em campo pôde ser visto na final da Copa de 1958. Primeiro, ele salvou, de cabeça, o que seria o segundo gol no jogo (quando ainda estava 1 a 0 para os donos da casa), quando a bola já tinha passado pelo goleiro. Depois, mais pro final do jogo, ele faria o 4º gol brasileiro na partida.[22]

Carreira como treinador

Zagallo em 1974

Meses depois de se aposentar como jogador, em 1966, iniciou sua longa carreira de treinador na categoria juvenil do Botafogo.[23]

Ele treinou o próprio Botafogo em quatro oportunidades, o Flamengo três vezes (segundo números do "Almanaque do Flamengo",[17] ele dirigiu o clube, ao todo, em 236 partidas [116 vitórias, 59 empates e 61 derrotas]), o Vasco da Gama duas vezes, o Fluminense, o Al-Hilal, o Bangu e a Portuguesa.

No Botafogo Zagallo foi responsável por conduzir o alvinegro ao primeiro título nacional de um clube carioca, a Taça de Brasil de 1968, além de outro bicampeanato estadual (1967 e 1968) e os mundiais de Caracas (1967 e 1968).[24]

Em seleções nacionais, comandou a Seleção Brasileira por três vezes, a Seleção do Kuwait, a Seleção Saudita e a Seleção dos Emirados Árabes Unidos. Seu último trabalho foi em 2006, como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira na Seleção Brasileira. Conquistou um mundial como técnico da Seleção Nacional e um como coordenador técnico, além de vencer duas edições da Copa das Confederações FIFA. Também como treinador, conquistou dois títulos Sul-Americanos e vários outros títulos, que o tornaram técnico de renome mundial.

De acordo com o livro "Seleção Brasileira - 90 anos", de Roberto Assaf e Antonio Carlos Napoleão, os números de Zagallo como técnico da seleção principal do Brasil são os seguintes: 135 jogos (99 vitórias, 26 empates e 10 derrotas).[17] Já como comandante da Seleção Olímpica foram 19 partidas (14 vitórias, três empates e duas derrotas).[17] E como coordenador técnico, Zagallo esteve presente em 72 jogos (39 vitórias, 25 empates e oito derrotas).[17]

Outros trabalhos

Em 2005, Zagallo foi um dos três jurados do reality show esportivo Joga 10, apresentado pela Rede Bandeirantes.[25]

Saúde e morte

Zagallo morreu às 23h40 do dia 5 de janeiro de 2024, aos 92 anos. O ex-jogador e treinador estava com a saúde fragilizada há alguns anos. Em setembro de 2023 ficou cerca de vinte dias no hospital, com infecção urinária. No dia 26 de dezembro foi novamente internado no Hospital Barra D'Or, onde foi vítima de falência múltipla dos órgãos, resultante de progressão de comorbidades.[26] O governo brasileiro decretou luto oficial de três dias em pesar pelo falecimento do futebolista.[27]

O corpo de Zagallo foi velado na sede da CBF e enterrado no Cemitério de São João Batista.[28]

De acordo com o jornal Metrópoles, estima-se que Zagallo tenha deixado uma herança de R$ 13 milhões.[29]

Número 13

Zagallo em 2004

Apegado publicamente ao número treze desde a época de jogador, revelou que isto originou-se com sua esposa, que era devota de Santo António, comemorado em 13 de junho.[30][31] Católico, seu casamento foi em 13 de janeiro de 1955.[17][32]

Algumas aparições do número na trajetória do Velho Lobo:

  • 1958 e 1994 são anos cuja soma dos últimos dois dígitos (5+8 e 9+4) dá treze.
  • A edição de 1962 foi no Chile (5 letras): 6 + 2 + 5 = 13.
  • A edição de 1970 foi no México (6 letras): 7 + 0 + 6 = 13.
  • Em 1958, o 13º colocado foi a rival Argentina, o artilheiro da competição fez 13 gols (Just Fontaine, da França, mais gols numa mesma edição) e o trio Pelé-Vavá-Mazzola igualmente (6, 5 e 2 gols, respectivamente).
  • O Mundial de 1958 foi realizado no Reino da Suécia: 13 letras.
  • Em 1962 completava 13 anos de carreira como jogador profissional.
  • Já o decimo terceiro ano como treinador foi em 1979, quando foi campeão saudita pelo Al-Hilal.
  • Em 1962 e 1994, a Seleção disputou a semifinal em 13 de junho e 13 de julho, respectivamente. Já a semi de 1958 foi a 13ª vitória do Brasil em Copas.
  • O mundial de 1994 foi realizado nos Estados Unidos, cujo nome em português possui treze letras,[33] assim como o gentílico estadunidense, e a bandeira nacional treze listras.
  • O nome do autor do pênalti perdido que decretou o tetra, o italiano Roberto Baggio, possui 13 letras, bem como 'tetracampeões'.[34]
  • Umbro e Coca-Cola, patrocinadoras da Canarinha[35] na ocasião, juntas têm 13 letras,[34] igualmente a soma de Romário e Bebeto.[33]
  • Acumulando as funções de jogador e treinador, a estreia no México foi seu 13º jogo em Copas: vitória de 4 a 1 sobre a Seleção Tchecoslovaca; no terceiro jogo viria sua 13ª vitória: 3 a 2 na Romênia.
  • Fez sua primeira partida pelo Botafogo no dia 13 de julho de 1958: 2 a 1 sobre o Fluminense.
  • Seu 13º jogo como jogador da Seleção Brasileira foi sua maior vitória pela mesma: 7 a 0 no Chile, Taça Bernardo O'Higgins, 1959.
  • A estreia na vitoriosa Copa América de 1997 foi em 13 de junho: 5 a 0 contra a Costa Rica.[36] No mesmo ano, título da Copa das Confederações FIFA na Arábia Saudita (13 letras).
  • Em 1967, estreou como treinador do time principal do Glorioso e conquistou o Campeonato Carioca: 6 + 7 = 13.
  • Em 1949, foi campeão do Torneio Início (como jogador do America), seu primeiro título profissional no seu primeiro ano de carreira.
  • Considerando apenas clubes, sua 13ª passagem como treinador foi no Flamengo (2000 a 2001), seu último trabalho na função, quando conquistou a Copa dos Campeões de 2001.
  • Comemorando a vitória brasileira na Copa América de 2004, bradou: "Brasil campeão" tem 13 letras e "Argentina vice" também!.[37]

Estatísticas como jogador

Jogos pela Seleção Brasileira
#DataJogoTorneioGols
14 de maio de 1958  Brasil 5–1  ParaguaiTaça Oswaldo Cruz
27 de maio de 1958  Brasil 0–0  ParaguaiTaça Oswaldo Cruz
314 de maio de 1958  Brasil 4–0  BulgáriaAmistoso
48 de junho de 1958  Brasil 3–0  ÁustriaCopa do Mundo FIFA - fase de grupos
511 de junho de 1958  Brasil 0–0  Inglaterra
615 de junho de 1958  Brasil 2–0  União Soviética
719 de junho de 1958  Brasil 1–0  País de GalesCopa do Mundo FIFA - quartas de final
824 de junho de 1958  Brasil 5–2  FrançaCopa do Mundo FIFA - semifinal
929 de junho de 1958  Suécia 2–5  BrasilCopa do Mundo FIFA - final
1010 de junho de 1959  Brasil 2–2  PeruCampeonato Sul-Americano de Futebol - Fase de Grupos
1115 de março de 1959  Brasil 3–0  Chile
1221 de março de 1959  Brasil 4–2  Bolívia
1317 de setembro de 1959  Brasil 7–0  ChileTaça Bernardo O'Higgins
1420 de setembro de 1959  Brasil 1–0  Chile
1529 de junho de 1960  Brasil 4–0  ChileAmistoso
163 de julho de 1960  Paraguai 1–2  BrasilTaça do Atlântico
173 de maio de 1961  Paraguai 2–3  BrasilTaça Oswaldo Cruz
1811 de maio de 1961  Chile 0–1  BrasilTaça Bernardo O'Higgins
1924 de abril de 1962  Brasil 4–0  ParaguaiTaça Oswaldo Cruz
206 de maio de 1962  Brasil 2–1  PortugalAmistoso
2116 de maio de 1962  Brasil 3–1  País de GalesAmistoso
2230 de maio de 1962  Brasil 2–0  MéxicoCopa do Mundo FIFA - fase de grupos
232 de junho de 1962  Brasil 0–0  Tchéquia
246 de junho de 1962  Brasil 2–1  Espanha
2510 de junho de 1962  Brasil 3–1  InglaterraCopa do Mundo FIFA - quartas de final
2613 de junho de 1962  Chile 2–4  BrasilCopa do Mundo FIFA - semifinal
2717 de junho de 1962  Brasil 3–1  TchéquiaCopa do Mundo FIFA - final
2816 de abril de 1963  Brasil 5–2  ArgentinaCopa Roca
2921 de abril de 1963  Portugal 1–0  BrasilAmistoso
3024 de abril de 1963  Bélgica 5–1  BrasilAmistoso
3117 de maio de 1963  Egito 0–1  BrasilAmistoso
3219 de maio de 1963  Israel 0–5  BrasilAmistoso
3322 de maio de 1963 Alemanha Ocidental 0–3  BrasilAmistoso - World Cup 1950 XI
347 de junho de 1964  Brasil 4–1  PortugalCopa das Nações

Títulos como jogador

America
Flamengo
Botafogo
Seleção Brasileira

Títulos como treinador

Botafogo
Fluminense
Flamengo
Al-Hilal
Vasco da Gama
Bangu
Seleção Brasileira
Seleção Saudita

Prêmios individuais

  • Melhor Treinador do Mundo da IFFHS: 1997[38]
  • 9º Melhor Treinador de Todos os Tempos da World Soccer: 2013[10][11]
  • 27º Melhor Treinador de Todos os Tempos da FourFourTwo: 2020[39]

Títulos como coordenador técnico

Seleção Brasileira

Referências

Ligações externas

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