Abadia de São Galo

A Abadia de São Galo (em alemão: Fürstabtei St. Gallen ou Abtei St. Gallen), em português também designada Mosteiro de São Galo e Convento de São Galo, foi, durante um longo período da Idade Média, uma das principais abadias beneditinas da Europa. Está localizada na cidade de São Galo, Suíça.

Abadia de São Galo 

Fachada da abadia

CritériosC (ii)(iv)
Referência268 en fr es
PaísesSuíça
Coordenadas47° 25' 23" N 9° 22' 38" E
Histórico de inscrição
Inscrição1983

Nome usado na lista do Património Mundial

O mosteiro foi fundado em 612, e foi nomeado em honra de São Galo, santo irlandês, companheiro e discípulo de São Columbano, e que aqui morreu em 646. Carlos Martel estabeleceu aí Othmar como guardião das relíquias do santo. Durante o reinado de Pepino, o Breve, Othmar fundaria aí a célebre escola de São Galo, que se tornaria num centro de desenvolvimento e difusão das artes, literatura e ciência. Foi também esponsável pela cópia de manuscritos, onde participaram também monges irlandeses e anglo-saxões, de forma a reunir uma biblioteca apreciável. O estabelecimento foi também um dos locais onde o canto gregoriano mais se desenvolveu, depois do pedido de Carlos Magno, ao Papa Adriano I para que enviasse alguns cantores distintos de Roma, no que foi bem-sucedido.

O convento de São Galo (abadia e biblioteca) foi nomeado, em 1983, como Património Mundial da UNESCO, pela sua importância histórica e civilizacional, desde o momento em que foi construído, no século VIII, até à sua secularização em 1805.

A sua biblioteca é, de facto, reconhecida como uma das mais ricas e antigas do mundo, dispondo da maior colecção de livros do início da Idade Média, na parte germânica da Europa. Contém cerca de 160 mil livros, dos quais 2 200 são manuscritos e 500 têm mais de mil anos.

Entre os seus manuscritos encontra-se o famoso documento medieval conhecido como Planta de São Galo, ainda que o mosteiro aí descrito não seja, provavelmente, a abadia de São Galo, mas uma proposta ideal do que deveria ser um mosteiro adequadamente desenhado e projectado, tal como terá sido deliberado num dos sínodos realizados em Aachen, com vista à reforma monástica no Império Franco durante os primeiros anos do reinado de Luís I, o Piedoso, entre 814 e 817.

Entre 924 e 933, os hunos atacaram a abadia e os livros da biblioteca foram removidos para a abadia da ilha de Reichenau, no lago de Constança, onde ficaram em segurança até a maioria ser devolvida à sua procedência.

No século XIII, a abadia e a cidade tornaram-se um principado independente, em que os abades governavam como soberanos territoriais, e como pares dos príncipes do Sacro Império Romano.

Sob o governo do Abade Pio (de 1630 a 1674), a abadia instalou uma impressora. Em 1712, o convento sofreu uma pilhagem por parte dos suíços, que levaram grande parte dos livros e manuscritos para Zurique e Berna. Depois de várias vicissitudes, tornou-se sede administrativa e episcopal do cantão.

Hoje em dia,[quando?] a biblioteca está envolvida num projecto para a digitalização da sua rara colecção de manuscritos medievais.

Fontes

  • Alston, George Cyprian. «Abbey of St. Gall». New Advent (em inglês). Nova Iorque: Robert Appleton Company, New Advent Catholic Encyclopedia. Consultado em 12 de fevereiro de 2006 

Ligações externas

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