Anjem Choudary
Anjem Choudary (Urdu: انجم چودهرى; nascido na Grande Londres, em 1967) é um ativista islâmico, político e social britânico. De pais de origem paquistanesa, Choudary é formado em direito pela Universidade de Southampton. Foi presidente da Sociedade de Advogados Muçulmanos e depois foi um dos principais porta-vozes, entre 2008 e 2010, do grupo islamita Islam4UK.[1]
Anjem Choudary انجم چودهرى | |
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Anjem em 2011. | |
Nascimento | 18 de janeiro de 1967 (57 anos) Welling, Grande Londres, Inglaterra |
Residência | Ilford, Grande Londres |
Nacionalidade | Britânico |
Cônjuge | Rubana Akhtar |
Filho(a)(s) | 4 |
Alma mater | Universidade de Southampton |
Ocupação | Advogado Ativista |
Religião | Islâmico |
Biografia
Nascido em Londres, a capital do Reino Unido em 18 de janeiro de 1967, Anjem Choudary é filho de um corretor da bolsa paquistanês. Estudou na da Mulgrave Primary School, em Woolwich, antes de começar estudos de medicina na Universidade de Southampton, mas desistiu e preferiu estudar Direito. Ele admitiu que tinha bebido álcool e consumido drogas na época.[2][3][4]
Junto com Omar Bakri Muhammad, ele ajudou a formar a organização al-Muhajiroun. O grupo organizou várias manifestações e demonstrações anti ocidente, incluindo manifestações controversas consideradas pró-terrorismo, que o obrigou a comparecer numa corte de justiça. O Al-Muhajiroun foi dispersado após o governo britânico declarar a organização ilegal. Estima-se que um em cada cinco terroristas condenados no Reino Unido na última década eram membros do, ou estavam ligados a, al-Muhajiroun, o grupo extremista fundado por Choudary e o pregador Omar Bakri.[5]
Choudary esteve presente e ajudou a formar os grupos islamitas Ahlus Sunnah wal Jamaah e Al Ghurabaa, que também viriam a ser banidos. Ele então se tornou porta-voz do Islam4UK, considerado uma organização terrorista.[1]
Crítico do envolvimento do Reino Unido nas guerras do Iraque e do Afeganistão, Choudary elogiou os responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos (a quem chamou "os mártires magníficos")[6] e os atentados a bomba em Londres de 7 de julho de 2005. Ele apoia a implementação da lei islâmica (a Sharia) por todo território britânico e organizou protestos durante a polêmica das caricaturas da Jyllands-Posten sobre Maomé, que o levou a tribunal por ter organizado uma demonstração ilegal. Ele foi processado, embora nenhuma acusação tenha sido feita, após comentários ofensivos feitos em 2006 contra o papa Bento XVI, que na sua opinião deveria ser executado.[7]
No geral, Anjem recebe pouco apoio formal da comunidade muçulmana britânica e é constantemente criticado pela mídia.Em janeiro de 2010, o colaborador do jornal britânico The Guardian, Mehdi Hasan escreveu: "É Choudary um estudioso islâmico cujas opiniões merecem atenção ou consideração? Não. Ele estudou com os principais estudiosos islâmicos? Não. Ele tem alguma qualificação islâmica ou credenciais? Nenhuma. Então, o que lhe dá o direito de pontificar sobre o Islã, os muçulmanos britânicos ou "o fogo do inferno"? Ou proclamar-se um "juiz da Sharia"? ", e alegou que Choudary era "não representativo da opinião muçulmana britânica, nem da opinião antiguerra britânica".[8]
Classificado pela mídia como um "extremista islâmico", Anjem Choudary é conhecido por suas declarações polêmicas.[9][10] Em 2008, ele definiu o natal como uma "data maligna"[11] e chegou a dizer que achava que todos os homossexuais deveriam ser apedrejados até á morte.[12] Nas suas próprias palavras: "Como Muçulmanos, rejeitamos os direitos humanos".[13] Suas falas são, na maioria dos casos, rejeitadas pela comunidade muçulmana na Inglaterra.[14]
Em 28 de julho de 2016, Choudary foi enquadrado na Lei de Terrorismo de 2000 e foi condenado por incitar apoio a organização conhecida como Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Ele é acusado de radicalizar jovens britânicos de origem árabe para lutar na guerra civil síria e no Iraque do lado dos jihadistas.[15] Em setembro de 2016, foi encarcerado por cinco anos e seis meses por esse motivo.
Uma vez encarcerado, algumas preocupações foram levantadas sobre a estadia de Choudary em uma prisão britânica por causa do acesso que ele teria a outros criminosos que poderiam ser influenciados por seus pontos de vista. O pregador nascido no norte de Londres é entendido como o tipo de preso que seria trancado em novas unidades especializadas (prisões dentro de prisões), indicaram fontes governamentais da Grã-Bretanha.[16][17][18]
A 19 de outubro de 2018, foi libertado, sob condicional, da prisão de Belmarsh, após ter cumprido menos de metade da sua pena.[19]
Vida pessoal
Choudary casou-se em 1996 com Rubana Akhtar, cujo trajo habitual é o nicabe, que se juntou também à Al-Muhajiroun, onde ficou à frente da ala feminina da organização. O casal tem cinco filhos.[20][21][22]
Referências
Bibliografia
- Wiktorowicz, Quintan (2005), Radical Islam rising: Muslim extremism in the West, ISBN 0-7425-3641-6 illustrated ed. , Rowman & Littlefield