Brian: Portrait of a Dog

"Brian: Portrait of a Dog" (em português: "Brian: Retrato de um Cão") é o sétimo e último episódio da primeira temporada da série de televisão de animação Family Guy. Escrito por Gary Janetti e dirigido por Michael Dante DiMartino, foi originalmente exibido na rede de televisão Fox Broadcasting Company nos Estados Unidos a 16 de Maio de 1999. O episódio teve como convidados, Butch Hartman, Rachael MacFarlane, Dick Van Patten, Mary Scheer, Joey Slotnick e Wally Wingert, juntamente com os diversos dubladores de personagens secundários da série.

"Brian: Portrait of a Dog"
7.º episódio da 1.ª temporada de Family Guy
Brian: Portrait of a Dog
Brian Griffin conhece seu o colega de cela depois de ser preso.
Informação geral
DireçãoMichael Dante DiMartino
Escritor(es)Gary Janetti
HistóriaGarrett Donovan
ProduçãoSherry Gunther
EdiçãoRick McKenzie
John Walts
Código(s) de produção1ACX07
Duração22:34
Transmissão original16 de Maio de 1999
Convidados
  • Butch Hartman como Charles Montrose e Veterinário
  • Rachael MacFarlane como Vários
  • Dick Van Patten como Tom Bradford
  • Mary Scheer como Ann Landers, Mary e Mãe
  • Joey Slotnick como Caixa e Polícia
  • Wally Wingert como Vários
Cronologia
"The Son Also Draws"
"Peter, Peter, Caviar Eater"
Family Guy (1ª temporada)
Lista de episódios de Family Guy

O episódio mostra o cão antropomórfico Brian Griffin que, após deixar o seu orgulho de lado, participa num concurso de cães a fim de ganhar dinheiro para comprar um novo ar-condicionado. No entanto, após discutir com Peter Griffin por causa de um truque que não correu bem, Brian percebe que é um "cidadão de segunda classe" e foge de casa, acabando na sua prisão com pena de morte. Desesperados por salvar o seu cão, a família Griffin tenta libertar Brian e impedi-lo de ser sacrificado.[1]

"Brian: Portrait of a Dog" recebeu variados elogios pela crítica de televisão especializada, especialmente por Ahsan Haque do IGN pela sua história e uso de referências culturais.

Produção

Michael Dante DiMartino dirigiu o episódio.

"Brian: Portrait of a Dog" foi escrito por Gary Janetti, que assim produz um episódio pela primeira vez para Family Guy,[2] e dirigido pelo antigo diretor da série de televisão King of the Hill, Michael Dante DiMartino,[2] que já havia escrito o episódio "I Never Met the Dead Man".[2][3] Roy Allen Smith e Peter Shin - que já supervisaram outros episódios da série - trabalharam como directores de supervisão.[2] Mike Henry, Neil Goldman, Andrew Garrett e Gormley Donovan trabalharam no episódio como editores e escritores da história.[2] O criador da série Seth MacFarlane, David Zuckerman, Lolee Aries, David Pritchard e Mike Wolf trabalharam como produtores executivos, enquanto Craig Hoffman, Danny Smith e Gary Janetti trabalharam como produtores de supervisão.[2] Além do elenco regular, o episódio contou com a voz da atriz e comediante Mary Scheer, dos actores Dick Van Patten, Joey Slotnick, Wally Wingert e da atriz e irmã do criador da série, Rachael MacFarlane.[2] Entre os dubladores recorrentes estavam a atriz Lori Alan e o escritor e animador Butch Hartman.[2]

"Brian: Portrait of a Dog", juntamente com 27 outros episódios da primeira e segunda temporadas de Family Guy, foram lançados num conjunto de quatro DVD's nos Estados Unidos a 15 de Abril de 2003. O conjunto inclui breves comentários em áudio feitos por Seth MacFarlane e vários membros da equipa e elenco sobre vários episódios dos DVDs.[4] Os DVDs também apresentam versões em francês e espanhol dos episódios, uma alteração de um episódio, e cenas cortadas de alguns episódios.[4]

Enredo

Quahog está a braços com uma onda de calor incomum e, não tendo ar condicionado, a família Griffin sofre com o calor. Peter Griffin descobre um concurso de cães que oferece um prêmio de 500 dólares, o que vê como a forma perfeita de poder comprar um ar condicionado e convence Brian Griffin, relutante, a participar. Brian realiza os seus truques no concurso e Peter coloca um biscoito em forma de osso no nariz de Brian, que acha isso humilhante e fica zangado, recusando "perpetuar o estereótipo do 'bom cão'", e Peter fica envergonhado por Brian não cumprir o prometido. Mau humorado, o cachorro sai da competição.

No caminho para casa, Peter e Brian discutem até que Brian sai do carro. Na rua, Brian é mandado parar pela polícia, que multa o cão, pelo qual Peter tem que pagar 10 dólares por violar a lei local sobre coleiras, o que só amplia o conflito entre Peter e Brian. Segue-se outra discussão, onde Peter menciona que encontrou Brian na estrada, onde era um cão vadio. Brian fica irritado, pois Peter trouxe o assunto à conversa, e fica ainda mais irritado quando Peter, então, pede que Brian "deixe de ser um cão mau". Brian sai de casa, e a partir dai, é maltratado injustamente pela comunidade, sendo mesmo forçado a dormir no terminal de autocarros. Peter compra um gato, que acaba por ser malicioso e abusivo, com a família acabando por se livrar dele e passar a procurar por Brian. Com o tempo, Peter decide pedir desculpas a Brian, que tinha sido expulso de um restaurante e de uma loja pública e sido perseguido pela polícia quando foi encontrado a beber de uma fonte de água. Brian torna-se um sem abrigo, acabando por atacar um homem na rua por este o tratar como um vagabundo bêbado e por não acreditar que Brian era um bom cão. Depois, é levado pela polícia e aguarda na prisão pela pena de morte através de uma injecção letal.

O assistente social comunica a Brian e ao resto da sua família que este está condenado a ser sacrificado, o que choca toda a família. Enquanto Peter trabalha no recurso de Brian, este decide estudar as leis, tanto o quanto ele pode, e vai para tribunal para defender o seu próprio caso. Mas, quando finalmente tem a oportunidade de se defender, o tribunal decide que "é estúpido" ouvir um cão. Durante a audiência de Brian, este faz referência ao caso Plessy v. Ferguson. Quando o cão está prestes a ser dispensado, Peter entra em cena e faz um último apelo emocional em seu nome. Apesar disso, os membros do júri ainda não estão do lado de Brian, mas Peter promete dar 20 dólares a cada, o que os convence a libertá-lo. As acusações contra Brian são finalmente retiradas e a cidade mostra-lhe um novo respeito, permitindo-lhe finalmente beber do bebedouro, mostrando que o seu estatuto é igual ao dos restantes cidadãos da comunidade. A família regressa a casa. Após Stewie Griffin, numa manisfestação incomum de respeito para com Brian, curvar-se levemente perante o cão, Brian e Peter são deixados sozinhos. Brian lambe a cara de Peter, um gesto de amor feito por cães, e ameaça matá-lo se este alguma vez contar a alguém sobre o sucedido.[1][5][6]

Referências culturais

O episódio faz referências ao Movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Durante a audiência de Brian, enquanto este defende o seu caso perante os membros do júri, Brian tenta fazer referência ao caso marcante do Supremo Tribunal dos Estados Unidos Plessy v. Ferguson, antes de ser interrompido. Outra referência acontece depois da libertação de Brian, quando ele bebe da fonte de uma maneira desafiadora, que é uma referência ao filme de 1974, The Autobiography of Miss Jane Pittman.[7] Outras referências a meios de comunicação social incluem a família Griffin a ver o programa de televisão Eight Is Enough e Peter a escrever uma carta a Angus MacGyver, estrela da série de televisão MacGyver, pedindo-lhe para resgatar Brian da prisão.[7]

Repercussão

Ahsan Haque do IGN classificou o episódio com 9.6 de um total de 10, elogiando as piadas aleatórias e chamando-o de "mais um episódio finamente trabalhado que conta uma grande história coesa, possui boas piadas aleatórias, e joga um balde de sátira social em boas medidas. Este foi também o último episódio duma primeira temporada extremamente curta, mas inovadora, e, definitivamente, está entre os melhores da série".[7]

Referências

Precedido por
"The Son Also Draws"
Episódios da 1ª Temporada de Family Guy
Sucedido por
"Peter, Peter, Caviar Eater"