Perdigão (empresa)

empresa brasileira de alimentos
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 Nota: Para outros significados, veja Perdigão.

Perdigão é uma marca brasileira de alimentos frigoríficos que nasceu no município de Videira, Santa Catarina. Atualmente pertencente à BRF.

Perdigão
Perdigão (empresa)
Logotipo da Perdigão
Marca
SloganMesa Cheia é Perdigão
AtividadeAlimentícia
Fundação1934 (90 anos) em Videira
SedeItajaí, SC,  Brasil
Área(s) servida(s) Mundo
Proprietário(s)BRF
ProdutosChester, Na Brasa, Meu Menu, Mini Chicken, Big Chicken, Mortadela Ouro
Website oficialperdigao.com.br
Caminhão da Perdigão a transitar na BR-116 em Jequié, Bahia.

A Perdigão adquiriu nos últimos anos um dos mais elevados faturamentos comprando diversas indústrias do setor de alimentos tais como a Batavo S/A e recentemente fechou acordo com a Sadia uma das maiores empresas de processamento de alimentos do Brasil, que se tornou subsidiária da empresa. Os proprietários a partir de 19 de maio de 2009 decidiram renomear o nome Perdigão para BRF, a mais nova gigante do setor alimentício do país.

História

Fundada em 1934, pelos irmãos Ângelo e Pedro Ponzoni e por André David, Arthur, Guilherme, Abrão e Saul Brandalise,[1] na cidade de Videira (antiga vila das Perdizes), meio-oeste de Santa Catarina, a Perdigão tem sua trajetória associada à própria história do setor alimentício no país. A empresa, que se originou de um pequeno armazém de secos e molhados, iniciou as atividades industriais com um abatedouro de suínos em 1939. A empresa tem participação expressiva nos segmentos de industrializados (linguiça, salsicha, presuntaria, mortadela e outros) e congelados de carne (hambúrguer, almôndegas, quibes, cortes e outros), com um market share de 24,2% e 35,0%, respectivamente, no segundo bimestre de 2006, de acordo com medição Nielsen. No segmento pratos prontos/massas, a participação é de 39,0%, de acordo com dados do mesmo período.

No final da década de 80 e durante a década de 90 a Perdigão montou uma equipe de Futsal com sede em Videira que colecionou títulos estaduais, nacionais e o mundial de clubes estando os troféus expostos no município de Videira na galeria de títulos da SERP.

Companhia de capital aberto, é controlada desde 1994 por um pool de fundos de pensão. Sua gestão é totalmente profissionalizada. Foi a primeira empresa brasileira de alimentos a lançar ações (ADRs) na Bolsa de Nova York.[2] Em 2001, fez parte do primeiro grupo de empresas a aderir ao Nível I de Governança Corporativa da B3. Em 2006, a empresa pulverizou seu controle acionário e entrou para o Novo Mercado da B3, o nível mais alto de Governança Corporativa.

Em fevereiro de 2000, adquire 49% das ações do frigorífico Batávia, somente no mercado de carnes.[3] Em maio de 2006, a empresa adquiriu 51% das ações da Batávia S/A (e em 2007 adquiriu os outros 49% que eram de posse da Parmalat, se tornando a única dona da Batávia), entrando no mercado de lácteos, buscando a consolidação como uma empresa de alimentos.[4][5] A empresa possui 16 unidades industriais de carnes - localizadas em Santa Catarina (estado em que nasceu) e nos estados do Paraná, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul - e uma rede de distribuição formada por 16 centros próprios e 13 terceirizados. No exterior, mantém escritórios comerciais na Europa e Oriente Médio e um centro de operações na Holanda.

Em 26 de junho de 2007, adquiriu a unidade de margarinas da Unilever, entre eles: Doriana, Claybom e Delicata por R$ 77 milhões.[6] Em 30 de outubro de do mesmo ano, adquiriu a gaúcha Eleva Alimentos, dona das marcas Avipal (de frangos) e Elegê (de laticínios) por R$ 1,7 bilhão.[7] Em 2008, adquire a marca de laticínios mineira Cotochés por R$ 54 milhões.[8]

A Perdigão comemorou em 2008 seu 74º aniversário. Faz parte desde maio de 2009 do grupo Brasil Foods, união entre a Sadia e a Perdigão S/A.[9][10] Com receita líquida de R$ 5,15 bilhões, registrada em 2005, atua na produção, no abate de aves e suínos e no processamento de produtos industrializados, elaborados e congelados de carne, além dos segmentos de massas prontas, tortas, pizzass, folhados e vegetais congelados. Em 2005, passou a abater bovinos, além de ingressar nos segmento de margarinas. Sua capacidade instalada é de abater 10 milhões de cabeças de aves/semana e 70 mil cabeças de suínos/semana e frigorificar 730 mil toneladas de carne de aves por ano e 510 mil toneladas de carnes de suínos/ano.

Curiosidades

O símbolo da empresa é decorrente do nascimento da empresa na Vila das Perdizes, hoje município catarinense de Videira. Perdiz é o outro nome para Perdigão.[11]

Chester não é uma ave como muitas pessoas pensam. O Chester é um tipo muito especial de frango. É um super frango, se preferir, maior, com menos gordura e grandes quantidades de peito e coxa (mais de 70% da ave, contra 45% em um frango comum). Em 1979, avicultores brasileiros foram aos EUA e voltaram com os pais do Chester. A ideia principal era chegar a uma ave vistosa que fosse uma alternativa ao poderoso peru.[12]

Nos documentos confidenciais da autoria da sociedade de advogados panamenha Mossack Fonseca, "Panama Papers", fornecem informações da empresa Perdigão sobre paraísos fiscais offshore.[13]

Referências

Ligações externas