Sexo anal

prática sexual que se caracteriza pala introdução do pênis no interior do ânus do parceiro sexual
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O sexo anal é uma prática sexual que se caracteriza pela introdução do pênis no interior do ânus do parceiro sexual, seja ele mulher ou homem (relação heterossexual ou homossexual), ou não-binário. Entre humanos, tal prática é tida como uma forma de se obter prazer durante a relação sexual para satisfação de um ou ambos os participantes. Segundo alguns especialistas, tal atividade não causa dano à elasticidade anal[carece de fontes?], tampouco doenças como hemorróidas,[1] mas essa opinião não é generalizada.

Dois homens praticando sexo anal.

A prática do sexo anal sem proteção pode ser uma via de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, pois a mucosa anal é muito mais permeável a agentes externos que a pele comum (ou mesmo a mucosa vaginal).

Anatomia e prática sexual

Durante o sexo anal o pênis é introduzido no ânus do parceiro sexual.

O ânus e o reto são a última seção do aparelho digestivo, que basicamente é uma extensa mucosa altamente irrigada e com alto poder de absorção. No total, esse último segmento mede — do ânus em si até a curva obtusa do sigmoide — 18 cm (15 cm dos quais pertencentes ao canal retal).[2]

A região anal é uma das zonas erógenas mais sensíveis do corpo humano.

Informações

Mulher introduzindo um strap-on dildo no ânus de um homem.
Cerâmica da Grécia Antiga representando uma prostituta a ser penetrada por um cliente (o dinheiro está no saco pendurado na parede). ca. 480-470 DC; depositado em uma coleção privada em Munique.

O sexo anal é uma relação que normalmente traz prazer ao praticante ativo, já que a musculatura do ânus é mais apertada do que a da vagina e a pressão sobre o pénis é maior.[3]

No praticante passivo, ou seja aquele cujo ânus está sendo penetrado, quer homem quer mulher, o prazer nem sempre é garantido porque, dada a complexidade da preparação prévia, muitos entusiastas acabam por atropelar o tempo necessário para o devido relaxamento da musculatura em questão, nomeadamente através de anilingus (também chamado beijo grego ou beijo negro) ou de outra qualquer actividade similar. Quando os cuidados adequados são devidamente atendidos, o prazer do praticante passivo pode ser alcançado, especialmente no homem pro-orgástico até, devido à repetida massagem da próstata através da parede do reto.

A prática da penetração anal pode envolver, em simultâneo, a estimulação do clítoris (quando o praticante passivo é uma mulher), ou do pénis (quando o praticante passivo é um homem), o que facilitaria o orgasmo.[4]

Existe, porém, o receio popular de que a prática constante do sexo anal, ao longo de anos, possa afrouxar a musculatura do ânus; Entretanto, alguns estudos científicos de médicos e sexólogos não confirmam este receio a não ser em caso de intercurso com um pénis anormalmente grosso.[5]

Riscos à saúde

Sexo anal entre homens.

O sexo anal expõe os participantes a dois perigos principais: infecções, devido ao elevado número de microorganismos infecciosos não encontrados em outros locais do corpo, e danos físicos ao ânus e ao reto, devido à vulnerabilidade dos dois. Além disso, a penetração pode ser dolorida.[6] O sexo anal é frequentemente associado com hemorróidas, prolapso anal, dor no canal anal, úlceras e fissuras.[7]

Recentes estudos têm comprovado que o risco destes pontos citados anteriormente está a aumentar entre os homens que fazem sexo com homens. Do mesmo modo, um relatório de 1992 realizado em Porto Rico demonstrou que 40% dos homens fazem sexo anal com as mulheres, e poucos deles afirmaram usar preservativo.[8] O sexo anal sem o uso de proteção é muitas vezes referido como barebacking.[9]

AIDS e outras doenças infecciosas

As membranas mucosas do reto.

A principal doença que pode ser transmitida com o sexo anal é a AIDS, através do vírus HIV.[10] O vírus do papiloma humano (o qual pode resultar em câncer anal),[11] a febre tifóide[12] e vários outros tipos de doença podem ser associados com a infecção da matéria fecal ou o intercurso sexual no geral. Entre elas estão: amebíase, clamídia, Criptosporidíase, infecções de escherichia coli, gonorreia, hepatite A, hepatite B, hepatite C, herpes, vírus do papiloma humano, herpesvirus humano (HHV-8);[13] linfogranuloma venéreo, Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium, piolho do púbis, salmonelose, shigella, sífilis, tuberculose e Ureaplasma urealyticum.[14][15][16]

A alta concentração de glóbulos brancos perto ao reto, juntamente com o risco de cortes na região aumentam o risco da transmissão do vírus HIV, porque o retrovírus do HIV se reproduz nas células do sistema imunitário Linfócito T/CD4. O uso de preservativos é uma forma clinicamente recomendada para diminuir o risco de infecções. O sexo anal sem proteção é a forma mais arriscada em termos de transmissão do HIV.[17][18]

Ver também

Referências

Ligações externas

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