Distúrbios em Xinjiang em julho de 2009


Os distúrbios de Xinjiang em julho de 2009 eclodiram no dia 5 de julho de 2009, em Ürümqi, capital da província de Xinjiang, no noroeste da República Popular da China. Envolveram entre 1 000[1][2][3] e 3 000 uigures.[4] O número de mortos em 6 de julho chegou aos 156, de acordo com fontes do governo chinês.[5][6] De acordo com o jornal britânico The Daily Telegraph, a maioria dos mortos são da etnia Han.[7] O número de mortos continuou a aumentar na semana seguinte, tendo a Xinhua divulgado o número de 184, e mais de 1 000 feridos à data de 11 de julho.[8]

Distúrbios de Xinjiang em julho de 2009
Distúrbios em Xinjiang em julho de 2009
Localização de Xinjiang na China.
LocalÜrümqi, Xinjiang, República Popular da China
Data5 de julho de 2009
Mortespelo menos 184
Feridosmais de 1080
Participante(s)entre 1000 e 3000 uigures

A violência foi provocada por um conflito em curso entre a etnias Han e a minoritária uigur, uma etnia dos povos turcos que é predominantemente muçulmana e um dos grupos étnicos oficialmente reconhecidos pelo governo chinês. Estes distúrbios em específico foram causados pelo descontentamento dos uigures com o tratamento dado pelo governo central em relação a morte de dois trabalhadores da etnia na província de Guangdong, no sul do país.[1] A agência Xinhua diz que quase 800 pessoas ficaram feridas e muitos veículos foram queimados.[2] A polícia tentou parar os motins com gás lacrimogêneo e jactos de água a alta pressão e alguns bloqueios.[9][10]

Em apenas um ano é o terceiro grave conjunto de distúrbios na República Popular da China, depois dos distúrbios no Tibete em 2008 e dos distúrbios em Xinjiang em 2008.

Restrições no tráfego e o bloqueio das comunicações

Os blogueiros chineses escreveram que pelo menos uma bomba explodiu durante o incidente. A polícia impôs restrições no tráfego e conseguiu restabelecer a ordem na manhã de 6 de julho.[11] China Mobile suspendeu o seu serviço na região "para ajudar a manter a paz e evitar a propagação do incidente", enquanto a China Unicom disse que não houve interrupção do seu serviço em Xinjiang. O acesso à internet foi bloqueado,[12] no entanto, imagens e vídeos das manifestações foram encontrados em breve postados no Twitter, YouTube e Flickr.[13]

Ver também

Referências

Ligações externas

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