Uigures

grupo étnico túrquico na Ásia Central e Oriental

Os uigures (singular: uigur[20] ou uigure[20]) são um povo de origem turcomena que habita principalmente a Ásia Central. Os uigures são uma das 56 etnias oficialmente reconhecidas pela República Popular da China, consistindo em, aproximadamente, 8 680 000 pessoas, de acordo com o recenseamento chinês de 2004. Sua língua é o uigur.

Uigures
ئۇيغۇرلار‎‎
Уйғурлар
维吾尔
Bandeira do Turquestão Oriental
Jovens uigures em Hotan
População total

c. 13,5 milhões até 20 milhões[1]

Regiões com população significativa
 China12,8 milhões[2]
Cazaquistão223 100 (2009)[3]
 Turquia60 000 (2020)[4]
 Quirguistão60 210 (2021)[5]
 Uzbequistão48 500 (2019)[6]
Paquistão10 000 (2018)[7]
 Estados Unidos15 000 (2021)[8]
Arábia Saudita8 730 (2018)[9]
 Austrália5 000 a 10 000[10]
 Rússia3 696 (2010)[11]
Turquemenistão~3 000[12]
 Afeganistão2,000[13]
 Japão2 000 (2021)[14]
 Suécia2 000 (2019)[15]
 Canadá~1 555 (2016)[16]
 Alemanha~750 (2013)[17]
Mongólia Mongólia258 (2000)[18]
 Ucrânia197 (2001)[19]
Línguas
uigur, mandarim
Religiões
Islão sunita
Etnia
Túrquicos
Grupos étnicos relacionados
Usbeques, hans

Na atualidade, os uigures vivem principalmente na região autônoma chinesa de Sinquião, no extremo oeste do país. Há, também, grandes comunidades uigures no Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia, Uzbequistão e Turquia, além de pequenas comunidades em bairros de grandes metrópoles como Pequim e Xangai, na República Popular da China e mesmo Toronto e Vancouver, no Canadá.

Desde 2017, o Partido Comunista Chinês e o governo chinês colocaram até 1,5 milhão de minorias étnicas, especialmente uigures, em campos de internamento em Xinjiang.[21][22][23][24] Alguns reconheceram essas ações como o genocídio uigur.[25][26]

Abusos dos direitos humanos contra uigures em Xinjiang

Desde 2014, os Uigures em Xinjiang foram afetados por extensos controles e restrições impostos pelo governo chinês em suas vidas religiosas, culturais, econômicas e sociais.[27][28][29][30] O governo chinês ampliou a vigilância policial para monitorar sinais de "extremismo religioso", que incluem possuir livros banidos, cultivar barba, ter um tapete de oração ou parar de fumar ou beber. O governo também instalou câmeras nas casas de cidadãos privados.[31][32][33]

Em agosto de 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório alegando que a repressão da China em Xinjiang pode se configurar crimes contra a humanidade contra os Uigures, o que inclui tortura física e psicológica, trabalho forçado, deslocamento em massa forçado, esterilização forçada e separação de crianças de seus pais. O relatório foi criticado por alguns ativistas por não classificar os crimes como genocídio.[34][35]

Galeria

Referências


Este artigo sobre etnologia ou sobre um(a) etnólogo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.