Dora Maar

Henriette Theodora Markovitch (Tours, 22 de novembro de 1907 - Paris, 16 de julho de 1997), mais conhecida pelo pseudônimo Dora Maar, foi uma fotógrafa, poeta e pintora francesa, descendente de croatas.

Dora Maar
Nome completoHenriette Theodora Markovitch
Pseudónimo(s)Dora Maar
Nascimento22 de novembro de 1907
Tours, França
Morte16 de julho de 1997 (89 anos)
Paris, França
Nacionalidadefrancesa
ÁreaFotografia e pintura
Movimento(s)Surrealismo

Foi a quarta das sete mulheres de Pablo Picasso.[1] Foi retratada por Picasso na obra Dora Maar au Chat (óleo sobre tela 130 cm × 97 cm) em 1941.

Biografia

Dora nasceu em Tours, filha única de Joseph Markovitch (1875–1969), um arquiteto croata que estudou em Zagreb, Viena e Paris, onde se estabeleceu em 1896, com sua esposa Louise-Julie Voisin (1877–1942), nascida em Cognac, França.[1] Em 1910, a família se mudou para Buenos Aires, onde seu pai conseguiu várias encomendas, incluindo a da embaixada da Áustria-Hungria. Seus feitos o fizeram ser condecorado pelo então imperador Francisco José I.[1][2]

Em 1926, a família retornou a Paris. Dora, pseudônimo que ela escolheu, começou a ter aulas de fotografia e pintura em escolas de referência. Ela também estudou na École des Beaux-Arts e na Académie Julian.[1][2] Dora partiu para Barcelona e depois para Londres, onde registrou os efeitos da crise econômica que se seguiu com a Grande Depressão, em 1929. Ao retornar da viagem, com a ajuda do pai, ela abriu um estúdio em Paris.[3]

Em 1935, ela conheceu Pablo Picasso, tornando-se amante e musa, em um relacionamento complicado e opressivo.[4] Ela tirou várias fotos do estúdio de Picasso e registrou a finalização de seu quadro Guernica.[4] Em seguida, ela seria a modelo para Monument à Apollinaire, um tributo ao falecido poeta Guillaume Apollinaire.[4]

Está desenhada no quadro "Mulher a Pentear o Cabelo" (130.1 x 97.1 cm), datado de 1940. A obra foi roubada de uma colecionadora norte-americana de Nova Iorque, Louise Reinhardt Smith Bequest. A polícia turca recuperou a pintura numa marina de Istambul, em janeiro de 2016.[5]

Pintura

Dora começou a pintar após deixar Picasso e grande parte de seu trabalho permaneceu sem reconhecimento até depois de sua morte, quando em 1999 foi organizada uma exposição com seus quadros e o público pode descobrir seu talento e ver em primeira mão quadros que nunca deixaram o estúdio.[1][2] Com a separação de Picasso, ela pode enfim seguir seu próprio estilo, sem sofrer com a influência do pintor sobre sua obra. Algumas refletiam seu humor, outras os tempos difíceis do pós-Segunda Guerra.[1]

Após anos lutando contra a depressão profunda, Dora se confinou em seu apartamento.[6] Entre os anos de 1960 e 1970, Dora começou a experimentar com formatos abstratos e a mistura de cores. Foi nos anos 1980 que ela começou a se expressar plenamente, usando a paisagem de Luberon como inspiração. Dora também pintou muitas paisagens ao redor de sua casa, em Ménerbes, uma paisagem dominada por nuvens e ventania.[7]

Morte

Dora Maar passou seus últimos anos em seu apartamento na Rue de Savoie, em Paris e faleceu em 16 de julho de 1997, aos 89 anos de idade.[8][9] Ela foi sepultada no Cemitério Russo de Sainte-Geneviève-des-Bois, em Clamart.[10]

Referências

Ligações externas