Drosophyllum lusitanicum

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Drosophyllum lusitanicum, vulgarmente conhecido como pinheiro-baboso[1][2] ,é uma espécie de planta carnívora da família das Drosofiláceas[3] e pertencente ao tipo fisionómico das caméfitas.[4][5]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaDrosophyllum lusitanicum
Drosophyllum lusitanicum
Drosophyllum lusitanicum
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Caryophyllales
Família:Drosophyllaceae
Chrtek, Slaviková & Studnicka
Género:Drosophyllum
Link
Espécie:D. lusitanicum
Nome binomial
Drosophyllum lusitanicum
(L.) Link (1806)
Distribuição geográfica
Distribuição do Drosophyllum.
Distribuição do Drosophyllum.
Sinónimos
  • Drosera lusitanica
    L. (1753)
  • Drosophyllum pedatum
    Dutailly (1902) nom.nud.
  • Rorella lusitanica
    (L.) Raf. (1836)
  • Spergulus droseroides
    Brot. ex Steud. (1841) nom.illeg.

O pinheiro-baboso é uma planta popular entre colecionadores, uma vez que é o único representante das Drosofiláceas. Também é significativamente diferente das outras plantas carnívoras, na medida em que habita em climas mais secos.

Nomes comuns

Além de «pinheiro-baboso», esta espécie dá ainda pelos seguintes nomes comuns: pinheiro-orvalhado [6] e erva-pinheira-orvalhada.[3][4]

Distribuição

Encontra-se apenas em Portugal, onde por sinal apresenta maior e mais significativa expressão[3], no sudoeste de Espanha e no norte de Marrocos.

Em Espanha encontra-se nas províncias de Ciudad Real, Cádiz, Málaga, Cáceres, Badajoz e Ceuta.

Portugal

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.[5][4] Designadamente, no que toca a Portugal Continental, encontra-se presente em todas as zonas do litoral e ainda nalgumas zonas interiores como o Noroeste montanhoso, o Leste Montanhoso, o Centro-Leste de Campina, o Sudeste setentrional e o Sudeste meridional.[5]

Ecologia

Trata-se de uma espécie estritamente calcífuga.[4] Medra em matagais; ermos sáfaros; nas clareiras de matos acidofólios[3], mormente os de urze; em pinhais e bosques de espécies perenifólias.[5] Distribui-se por pequenos núcleos maioritariamente isolados entre si.[3]

Geralmente, tende a privilegiar os locais secos, com solos de substractos silíceos, onde predominem cascalhos ou xistos.[4]

Protecção

Trata-se de uma espécie protegida, constando da Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, sob a categoria de espécie vulnerável.[3][4]

Aplica-se-lhe esta categoria (vulnerável) porquanto se estima que a população nacional não ultrapasse os 2.500 indivíduos, o que por seu turno assinala um declínio populacional continuado, sendo que o número de indivíduos maduros estimado em cada subpopulação conhecida não ultrapassa os 1000 espécimes.[3]

Verifica-se também um declínio acentuado e constante da área e da qualidade dos seus habitats, por causa da expansão urbana e da exploração silvícola dos eucalipto, designadamente a Sudoeste, onde se encontram as maiores concentração dos núcleos populacionais dos pinheiros-babosos.[3]

À guisa de medidas de conservação, os autores do ICNF propõem a criação de micro-reservas de âmbito privado ou local, bem como o condicionamento da expansão da área dos eucaliptais nas zonas de ocorrência do pinheiro-baboso.[3]

Cultivo

Infelizmente, esta planta tem uma má reputação de ser difícil crescer e manter. O principal problema é que os métodos de cultivo utilizados para outras plantas carnívoras, originárias de pântanos, são letais para o pinheiro-baboso. Os desafios específicos com o cultivo do pinheiro-baboso incluem: sementes de germinação lenta, perturbação da raiz é frequentemente mortal e as plantas são propensas à podridão radicular.

Ver também

Referências

Ligações externas

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