Estação seca

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Estação seca
Estação das chuvas

Estação seca é um termo comumente usado para descrever uma das variantes climáticas nos trópicos.

Incêndio florestal em Nevada, nos Estados Unidos, durante a estação seca de 2011. A falta de chuvas propicia a ocorrência de queimadas.
Rio Santo Antônio na cidade de Naque, em Minas Gerais, Brasil, com nível baixo após a estação seca de 2007.

Variação climática

O clima nos trópicos é dominado pela oscilação da chuva tropical que faz um percurso do norte para o sul dos trópicos, ao longo do ano. As chuvas tropicais surgem no hemisfério sul aproximadamente de Outubro a Março, e durante este período, a norte dos trópicos vive-se um período de seca na qual a precipitação é mais rara e os dias são geralmente mais ensolarados. De Abril a Setembro, a chuva passa para o hemisfério norte passando a região sul dos trópicos a um período de seca.

Definição

A estação seca é caracterizada pela sua baixa humidade, pequenos charcos de água e rios secos. Devido à falta de locais para beber, muitos animais são forçados a emigrar devido à falta de água e alimentos. Alguns exemplos desses animais são as zebras, elefantes[1] e Gnus. Devido à falta de água as plantas secas são comuns.[2]

A variação climática entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, faz com que, perto dessas latitudes, haja uma estação das chuvas e uma estação seca anualmente. Sobre o equador, existem duas estações da chuva e duas estações secas, isso acontece porque a chuva passa duas vezes por ano no equador, ao deslocar-se de norte para sul e, no regresso, ao deslocar-se de sul para norte. No entanto a geografia local pode alterar estes padrões climáticos.

Consequências

Os dados mostram que, em África, o advento da estação seca coincide com um aumento dos casos de sarampo, que os investigadores pensam poder ser atribuído à maior concentração de pessoas na época da seca, devido à situação de as operações agrícolas serem impossíveis sem irrigação. Durante este tempo, alguns agricultores deslocam-se para as cidades, criando pólos de maior densidade populacional e permitindo que a doença se espalhe mais facilmente.[3]

Novos dados mostram que, na floresta Amazónica, o crescimento da folhagem e a cobertura varia em crescimento entre as estações seca e húmida, com aproximadamente 25% mais folhas e crescimento mais rápido na época seca. Os investigadores acreditam que a Amazónia em si tem um efeito na redução do início da estação das chuvas, porque ao crescer mais folhagem, evapora-se mais água.[4] No entanto, este crescimento só aparece nas zonas da Amazónia, onde os investigadores acreditam que raízes mais profundas, podem absorver mais água da chuva.[5]

Foi também demonstrado que os níveis de ozono diferem entre as estações seca e húmida na Amazónia, com o nível a ser substancialmente mais elevado na estação seca do que na estação das chuvas.[6]

Referências