José Alberto Albano do Amarante

José Alberto Albano do Amarante (Campo Grande, 13 de Novembro de 1935[1]3 de outubro de 1981) foi um militar e físico nuclear brasileiro, considerado como o pai da pesquisa nuclear no Brasil.[2]

José Alberto Amarante
Nome completoJosé Alberto Albano do Amarante
Conhecido(a) porCoronel aviador Amarante
Nascimento13 de novembro de 1935
Campo Grande, MS
Morte3 de outubro de 1981 (45 anos)
NacionalidadeBrasil brasileiro
OcupaçãoMilitar
Físico nuclear
Serviço militar
Serviço Força Aérea Brasileira
Patente Tenente-coronel
Patrono do Instituto de Estudos Avançados (IEAv)

Na carreira militar, alcançou o posto de tenente-coronel da Força Aérea. Esteve envolvido em vários planos estratégicos da indústria aeroespacial brasileira e também, no período da ditadura militar, na elaboração do Tratado de Energia Atômica Brasil-Alemanha de 1975. Em sua função militar, liderou o Laboratório de Estudos Avançados do Centro no final dos anos 1970, como Diretor Técnico Aeroespacial.[3][4] Ele tentava o enriquecimento de urânio com raio laser, em vez de sistemas centrífugas, em parceria com Iraque.[5]

Falecimento

Em setembro de 1981, Amarante foi cometido de uma leucemia galopante: morreu em dez dias. Sua morte passou a ser investigada pela Aeronáutica, suspeitando-se que ele tivesse sido contaminado, propositalmente, por radiação.[6]

Assassinato

Segundo sua família, o oficial teria sido assassinado pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel, em razão da crença de que suas atividades estivessem ligadas ao desenvolvimento de armas nucleares pelo Brasil, o que sempre foi negado pelo governo brasileiro.[7] Ao perceber que estava sendo vigiado pelo Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica, o suspeito do assassinato, Samuel Giliad ou Guesten Zang, israelense nascido na Polônia e agente do Mossad, deixou a cidade de São José dos Campos e desapareceu.[8][9] Foi durante a ação do agente israelense em São José dos Campos que a mídia internacional revelou que o Brasil fazia remessas secretas de urânio enriquecido ao Iraque, disfarçadas em material bélico da Avibrás.[10] Essa revelação, segundo os especialistas, teria servido para que Israel justificasse seu bem-sucedido ataque aéreo (a chamada Operação Ópera) contra o reator atômico iraquiano Osirak, em 1981.[2][11]

As alegações de que um agente da Mossad tenha-o matado nunca foram confirmadas durante as investigações, fazendo da sua morte um mistério até os dias de hoje. Apesar disso, o suposto assassinato de Amarante é usado como forma de teoria da conspiração, principal por partes dos anti-americanistas, que alegam que os Estados Unidos e Israel realmente mandaram matar Amarante pela sua partição na parceria nuclear do Brasil com o Iraque [12][13].

Ver também

Referências

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