Juan Antonio Samaranch

Juan Antonio Samaranch Torrelló, 1.º Marquês de Samaranch (em catalão Joan Antoni Samaranch i Torrelló; Barcelona, 17 de julho de 1920Barcelona, 21 de abril de 2010) foi um empresário, diplomata e político espanhol. Em 1991, recebeu o título de "Marquês de Samaranch".[1]

Juan Antonio Samaranch
Juan Antonio Samaranch
Juan Antonio Samaranch
Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)
Período3 de agosto de 1980 - 16 de julho de 2001
Antecessor(a)Lord Killanin
Sucessor(a)Jacques Rogge
Dados pessoais
Nome completoJuan Antonio Samaranch Torrelló
Nascimento17 de julho de 1920
Barcelona
Morte21 de abril de 2010 (89 anos)
Barcelona
Nacionalidadeespanhol
ProfissãoEmpresário, político

Biografia

Nascido numa rica família da Catalunha, foi presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) de 1980 a 2001. Empresário, foi jogador, técnico e dirigente de hóquei sobre patins. Passou a integrar o Comitê Olímpico Espanhol em 1956, do qual foi presidente de 1967 a 1970. Em 1966, foi eleito membro do COI.[2]

Depois de uma carreira no governo municipal de Barcelona, foi nomeado embaixador da Espanha na União Soviética e na Mongólia, aquando do retomar das ligações diplomáticas entre Espanha e estes países em 1977. Tal posto mais tarde deu-lhe o apoio dos países do bloco soviético que foi importante para a sua eleição como presidente do COI em 1980.[3]

Assumiu o COI quando o órgão sofria crises financeiras e boicotes políticos, mas explorou o lado comercial dos jogos tornando-os mais populares, sendo considerado um dos mais importantes dirigentes da história do órgão.[2]

Seu mandato também ficou marcado pelo aumento de casos de doping e por acusações de compra de votos para a escolha de Salt Lake City como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002.[2]

Após entregar o cargo a seu sucessor, Jacques Rogge, tornou-se presidente honorário vitalício do COI.

Foi a figura principal em 2009 para a campanha de Madrid para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, mas a cidade acabou preterida para o Rio de Janeiro.[2]

Morte

Faleceu em Barcelona aos 89 anos a 21 de abril de 2010.[4]

Legado e polêmicas

O legado de Samaranch é considerado controverso. Se por um lado conseguiu profissionalizar os jogos olímpicos, aumentando o nível técnico dos competidores, e acabou com os boicotes, tal como os ocorridos nos jogos de verão de 1980 (quando norte-americanos não foram aos jogos) e 1984 (quando soviéticos não foram aos jogos), por outro foi criticado por tornar o evento em um produto, comercializando excessivamente os jogos. Inúmeros casos de doping surgiram durante sua gestão. Outro ponto destacado pelos críticos foi a sua ligação com a ditadura de Francisco Franco e seu autoritarismo na forma de se relacionar, além de criar uma rede de influência. O momento mais crítico relacionado à sua gestão ocorreu em 1999, durante a escolha para a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002, quando Salt Lake City foi a escolhida. Mudanças repentinas nas regras de escolha da sede e indícios de corrupção foram apontados, e dez membros do COI, a maioria indicados por Samaranch, saíram da entidade, acusados de receber propina.[5][6]

Referências

Ligações externas

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