Krepumkateyê

Os Krepumkateyê, ou Kreepym-Katejê, ou ainda Timbira-Krepumkateyê, são um grupo indígena que habita o centro do estado Maranhão,

Krepumkateyê,
População total

160 pessoas[1]

Regiões com população significativa
 Maranhão,  Brasil
Línguas
Português
Religiões
xamanismo e cristianismo

Vivem na Terra Indígena Geraldo Toco Preto, nos municípios de Arame e Itaipava do Grajaú.

Denominação

O nome Krepumkateyê pode ter origem em Krepum, nome próprio de um lago, e pode ser que se refira a um lugar onde as emas desovam, a partir de kre (ovo) e pum (cair).[2]

Os Krepumkateyê não falam mais sua língua “nativa” e tem relações interétnicas mais estreitadas como os Tenetehara, embora esteja classificando no conjunto dos povos timbiras, do tronco macro-jê. [2]

Os timbiras, por sua vez, se dividem entre os ocidentais na margem esquerda do rio Tocantins (Apinajé, no Tocantins) e orientais na margem direita do rio Tocantins (Gavião Parakateyê no Pará; Gavião Pukobyê, Krikati, Canela, Krenyê, Krepumkateyê, no Maranhão; Krahô, no Tocantins).[3][4]

História

Não há um consenso na literatura sobre a origem dos Krepumkateyê.

O etnólogo Nimuendaju aponta que os Krepumkateyê seriam descendentes dos Caracategés (Carakateyes) do alto rio Grajaú. Este povo aparece em informações documentais de 1851, num local conhecido como Desordem.[5]

Em outra teoria, os Kukoikateyê seriam os atualmente autodenominados como Krepumkateyê da Terra Indígena Geralda Toco Preto.[6]

Nimuendajú classificava como Timbiras Orientais do Norte os povos que viviam nos cursos inferiores dos rios Mearim e Pindaré, no Maranhãoː Krenyê de Bacabal, Kukoikateyê e Pobzé. Os Timbiras Orientais do Sul eram os povos que, no início do século XIX, ocupavam o entre curso dos rios Mearim e Tocantins (Krepumkateyê, Krorekamekrá e Põrekamekrá), e o entre curso dos rios Mearim e Itapicuru (Krahô, Kenkateyê, Apanyekrá, Canela e Txokamekrá).[7]

Os povos Timbiras Orientais do Norte foram aldeados na colônia de Leopoldina, os Kukoikateyê juntamente aos Krenyê de Bacabal e aos Pobzé, até serem atingidos por uma febre epidêmica em 1855, o que provocou mortes e sua dispersão.[8]

Uma parte dos Krenyê teria sido incorporada a partir do século XX pelos Kukoikateyê.[6]

O povo Krepumkateyê esteve ameaçado por epidemias nas décadas de 1940 e 1950, exploração do trabalho e perda territorial em razão da expansão agrícola, o que provocou a sua dispersão. Sua continuidade étnica foi possível por meio de casamentos interétnicos com teneteharas e regionais.[9]

Os Krenyê e os Krepumkateyê foram durante bastante tempo conhecimentos genericamente como Timbiras.[10]

Terra Indígena Geralda Toco Preto

Em 1986, foi demarcada a Terra Indígena Geralda Toco Preto. Homologada em 1994.[9]

A Terra Indígena Geralda Toco Preto é dividida em quatro aldeias; Severino, Geralda Toco Preto, Esperança e Bonita.[11]

Referências