Missing middle housing

Missing middle housing (lit. "moradias médias ausentes") descreve a ausência de uma variedade de tipos de habitação multi-familiares ou coletivas que são compatíveis em escala com vizinhanças monofamiliares ou transicionais. Esses tipos de domicílio são destinados a cumprir a demanda para vizinhanças caminháveis, responder a mudanças demográficas e fornecer moradias de diferentes custos.[1] A expressão "missing middle" (lit. "meio ausente") é utilizado para descrever os tipos de alojamento que eram comuns nos Estados Unidos antes da Segunda Guerra Mundial como duplexes, rowhomes e apartamentos com quintais, mas que agora são mais raros e, portanto, "ausentes". Ao invés de focar na quantidade de unidades em uma estrutura, as moradias médias[2] enfatizam escalas e alturas apropriadas para vizinhanças monofamiliares e transicionais.[1] Depois da criação do termo em 2010, o conceito já foi aplicado aos Estados Unidos, ao Canadá e à Austrália.

Construção de habitações nos Estados Unidos, 1959–2021                      Casas monofamiliares                     Unidades multifamiliares                     Habitações com 2 a 4 unidades

Antecedentes

Rua com triple-deckers em Boston, Massachusetts

O termo "missing middle housing" foi criado pelo arquiteto Daniel Parolek em 2010.[1][3][4][5] Muitas formas que são agora descritas como moradias médias foram construídas antes da década de 1940 como duplexes em Chicago, rowhomes em Brooklyn, Baltimore, Washington D.C. e Filadélfia, casas para duas famílias ou triple-deckers em Boston e Worcester, e complexos de bangalôs na Califórnia.[6] Depois da Segunda Guerra Mundial, habitações nos Estados Unidos começaram a tender significativamente a favor de casas monofamiliares graças a políticas de zoneamento, tornando difícil a construção de moradias médias caminháveis em muitas áreas e consequentemente reduzindo a oferta desse tipo de habitação agora "ausente".[7][8]

Quadriplex histórico em Portland, Óregon

O ressurgimento das moradias médias se dá graças a vários fatores como o crescimento da demanda por esse tipo de habitação e por domicílios em vizinhanças caminháveis, a necessidade de lares com preços acessíveis, os esforços ambientas para promover a caminhabilidade e o desenvolvimento orientado ao transporte coletivo e as mudanças demográficas em curso.[9][10] A Associação Americana para Pessoas Aposentadas (AARP) publicou um relatório mostrando que estadunidenses cada vez mais precisam de acesso fácil a serviços e amenidades disponíveis em comunidades caminháveis, urbanas, e orientadas ao transporte coletivo.[11] Foi relatado que a geração Y dirige menos e procura opções de moradia em vizinhanças caminháveis e próximas a transportes públicos.[12] O número de quilômetros viajados por automóveis aumentou ano após ano entre 1946 e 2004; hoje, porém, estadunidenses dirigem menos do que em 2004, e não mais por pessoa do que em 1996. O declínio é mais acentuado entre jovens entre 16 e 34 anos, que dirigiam 23% menos quilômetros em média em 2009 do que a mesma faixa etária em 2001.[13] Além disso, estudos sugerem que a geração Y prefere vizinhanças com várias opções de amenidades e transporte público.[9][14] A organização Small Housing BC afirmou que "a estrutura do subúrbio tradicional norte-americano falhou em cumprir as expectativas de muitos que se assentaram em vizinhanças suburbanas, e novas formas estão sendo procuradas para reprojetar a vida suburbana e reconstruir esses padrões de assentamento."[15]

Design

Exemplos de tipos de moradias médias

Moradias médias podem ser construídas em diversas densidades e estilos, mas podem ser caracterizadas por sua localização em um contexto caminhável, baixa densidade aparente, pequena utilização do terreno da cidade, lares menores, poucos espaços para estacionamento e foco na comunidade.[1][16][17][18] Formas de moradias médias incluem duplexes horizontais ou verticais, complexos de bangalôs, quadriplexes, multiplexes, sobrados, apartamentos baixos com quintais e construções mistas com unidades residenciais e comerciais.[19][20] Esses tipos de moradias tipicamente possuem uma densidade residencial de 16 a 30 unidades por acre, mas parecem ter uma densidade muito menor por serem menores em escala.[21] Graças a seu tamanho, moradias médias podem se misturar a vizinhanças monofamiliares e funcionar como uma transição entre habitações de alta densidade e monofamiliares, ou entre zonas comerciais e residenciais.[1][22] A densidade resultante pode suportar uma cominidade maior e mais variada com comércios caminháveis, amenidades e transportes públicos, por exemplo.[23]

Ver também

Referências