Monóxido de di-hidrogênio (lenda urbana)

O boato do monóxido de di-hidrogênio (em inglês dihydrogen monoxide hoax) consiste em chamar a água por um nome pouco familiar, listar efeitos negativos dela e solicitar às pessoas que ajudem no controle de uma substância aparentemente perigosa. A farsa tem por objetivo ilustrar como a falta de conhecimento científico e uma análise exagerada pode conduzir a temores injustificados.[1] O monóxido de di-hidrogênio, abreviado para "DHMO" (pela sua sigla em inglês), é um nome para água que é consistente com sua nomenclatura química, mas que é raramente usado. [2]

Água é uma molécula formada de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio.

Uma versão popular da lenda foi criada por Eric Lechner, Lars Norpchen e Matthew Kaufman, colegas de quarto enquanto estudavam na Universidade da Califórnia em Santa Cruz em 1990,[3] revisto por Craig Jackson em 1994,[4] e trazido à atenção do grande público em 1997 quando Nathan Zohner, um estudante de 14 anos de idade, fez um abaixo-assinado para banir o "DHMO" no contexto de seu projeto de ciência, intitulado "How Gullible Are We?"[5] (Quão influenciáveis somos nós?)

"Monóxido de di-hidrogênio" pode soar perigoso para aqueles com um conhecimento limitado de química ou que adotam um ideal de vida "sem químicos" (Quemofobia).[5] O único uso familiar do termo "monóxido" se refere ao gás altamente tóxico monóxido de carbono e à intoxicação por monóxido de carbono.[6]

Primeira aparição na web

A primeira aparição na web foi atribuída pela Pittsburgh Post-Gazette à assim chamada Coalition to Ban Dihydrogen Monoxide (aliança para banir o monóxido de di-hidrogênio),[4][7] uma organização falsa criada por a Craig Jackson seguindo discussões iniciais em newsgroup. O site incluía o seguinte alerta (aqui livremente traduzido):[8]

Monóxido de di-hidrogênio:

Apesar do perigo, o monóxido de di-hidrogênio é frequentemente usado:

  • como um solvente e refrigerante industrial.
  • em usinas nucleares.
  • na produção de isopor.
  • como um extintor de fogo.
  • em diversas formas de pesquisa cruel com animais.
  • em combinação com pesticidas. Mesmo após enxágue, a contaminação por este composto permanece.
  • como aditivo em certos "junk foods" e outros produtos alimentares.



Ver também

Referências

Ligações externas