Nadia Yala Kisukidi

Nadia Yala Kisukidi (Cidade de Bruxelas, 8 de outubro de 1978) é uma filósofa, escritora e acadêmica francesa, que reexaminou a noção de "negritude" com suas implicações coloniais na França e no resto da Europa.[1] Também interessada em arte contemporânea, foi selecionada como uma das duas curadoras da Bienal de Yango de 2020, em Quinxassa, na República Democrática do Congo.[2] Escreveu amplamente sobre filosofia francesa e africana e publicou "Bergson ou Humanidade Criativa" (em francês: "Bergson ou l'humanité créatrice"), em 2013.[3][4]

Nadia Yala Kisukidi
Nadia Yala Kisukidi
Nascimento8 de outubro de 1978 (45 anos)
Cidade de Bruxelas
CidadaniaFrança
Alma mater
Ocupaçãofilósofa, docente, escritora
Empregador(a)Universidade de Genebra, Universidade de Paris-VIII
Página oficial
https://philosophie.univ-paris8.fr/nadia-yala-kisukidi

Biografia

Nadia Yala Kisukidi nasceu na Cidade de Bruxelas, em 8 de outubro de 1978.[5] É filha de pai congolês e mãe franco-italiana.[2] Começou a estudar filosofia na Universidade Charles de Gaulle – Lille III, em Lille, com Fréderic Worms, em 1998, obtendo um doutorado, em 2010, com uma tese intitulada "Humanidade criativa. Um ensaio sobre a significação estética e política da metafísica de Bergson" (em francês: "L’humanité créatrice. Essai sur la signification esthétique et politique de la métaphysique de Bergson").[6][7]

Desde 2011, realizou vários workshops em várias universidades francesas, na Universidade de Genebra e na Jan van Eyck Academie, em Maastricht, nos Países Baixos.[8] De 2014 a 2016, foi vice-presidente do Collège international de philosophie. Seu trabalho centra-se na filosofia francesa do século XX, filosofia da religião e perspectivas filosóficas africanas, com análises históricas, éticas e políticas.[2]

Em conexão com os trabalhos de Aimé Césaire sobre "la négritude" (negritude), explica que gosta da maneira como Césaire chega ao universal dinamizando os essencialismos e separatismos para construir o que chama de "uma agenda política de solidariedades" ("une politique des solidarités").[9]

No final de 2019, foi convidada a escrever "Uma Carta para a Europa" (em inglês: "A Letter to Europ"), que conclui da seguinte forma:[10][5]

Publicações

  • Bergson ou l'humanité créatrice, 2013, Paris, CNRS, 305 p., ISBN 978-2-27-107895-7
  • «Construire la paix : humanisme, langues et littérature chez Bergson», com Arnaud François, Camille Riquier, Caterina Zanfi e Nadia Yala Kisukidi (dir.), Annales bergsoniennes VII. Bergson, l’Allemagne, la guerre de 1914, 2014, p. 213-234, ISBN 978-2-13-061764-8
  • «Vie éthique et pensée de la libération. Lecture critique des usages senghoriens de Marx à partir de Fanon», Actuel Marx, 2014/1, n.° 55
  • Direction du dossier, «Négritude et philosophie», Rue Descartes, 2014/4, n.° 83
  • «Autour de Jane One Ramier», Rue Descartes, 2014/4, n.° 83
  • «Le "missionnaire désespéré" ou de la différence africaine en philosophie», Rue Descartes, 2014/4, n.° 83
  • (ed.) Emmanuel Mounier, La pensée de Charles Péguy : la vision des hommes et du monde, Ed. scientifique de Nadia Yala Kisukidi e Yves Roullière, Paris, Le Félin, 2015, 311p., ISBN 978-2-86-645814-0
  • «Les morts de Lumumba», Dé(s)générations, n° 22, «Penser avec l'Afrique» (dir. Arnaud Zohou), maio/2015
  • «Décoloniser la philosophie. Ou de la philosophie comme objet anthropologique», Présence africaine, 2015/2, n.° 192, p. 83-98
  • Prefácio de L’Atlantique noir de Paul Gilroy, Ed. Amsterdam, Paris, 2017
  • «Le nom “Noir” et son double», Esprit, 2018/12
  • Afrocentricités, Histoire, philosophie et pratiques sociales. Coordenção com Pauline Guedj do n.° 52, Tumultes, 2019/1
  • «Le "miracle grec"», Tumultes, 2019/1, n.° 52. Éditions Kimé
  • «Francophonie, un nouveau French Power?» , La Revue du crieur, 2019/2, n.° 10. Éditions La Découverte
  • «Géographies de la pensée : la philosophie à l’épreuve», Afrique contemporaine, 2020/1, n.° 271-272
  • «L'universel dans la brousse», Esprit, 2020/1
  • «Kinshasa Star Line», Multitudes, 2020/4, n.° 81
  • «Tanina Ntoto, Grand-maternités politiques», Multitudes, 2020/4, n.° 81
  • «Les identités-frontières de Gloria Anzaldúa», Ballast, Julho/2020
  • Dialogue transatlantique — Perspectives de la pensée féministe noire et des diasporas africaines, com Djamila Ribeiro, Anacona, 2021

Referências

Ligações externas