Paleolítico Superior

subdivisão do paleolítico

O Paleolítico Superior é um conceito que abrange o fim do Paleolítico Médio e início do Neolítico.

Época:Paleolítico Médio -Milênio:Décimo milénio a.C.
Animais pintados na Gruta de Lascaux, um dos sítios de arte rupestre mais famosos do mundo.

Nele foram encontrados anzóis primitivos, bifaces, machados de mão, agulha de osso, entre outros. É também caracterizado pela arte rupestre.

Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação à natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.

Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.

Cronologia

  • 300 000 a.C. – Primeira (questionada) evidência de uma cerimônia de enterro de mortos. Num sítio arqueológico como o de Atapuerca, na Espanha, foram encontrados ossos de 32 indivíduos no buraco de uma caverna.[1]
  • 130 000 a.C. – Evidência de uma cerimônia de enterro. Homens de Neanderthal enterravam os mortos em sítios, como os de Krapina, na Croácia.[1]
  • 100 000 a.C. – O mais antigo ritual de enterro de seres humanos modernos é considerado como originário de Qafzeh, em Israel. Há duas cerimônias do que se supõe serem uma mãe e um criança. Os ossos foram manchados com ocre vermelho.[2][3]
  • 100 000 a 50 000 a.C. – Aumento do uso do ocre vermelho em vários sítios arqueológicos da Idade da Pedra, sendo considerado de grande importância nos rituais.
  • 70 000 a.C. – Traços de culto a cobras descobertos em Ngamiland, região da Botswana.[4]
  • 50 000 a.C. – Humanos evoluem em gestos associados com o comportamento humano moderno. Muito desta evidência tem origem na Idade da Pedra Tardia, em sítios africanos. Este comportamento denominado de moderno abrange habilidades com a língua, o pensamento abstrato, simbolismo e religião.[3]
  • 42 000 a.C. – Cerimônia de rituais de humanos no Lago Mungo (Austrália). O corpo aparece respingado por grande quantidade de ocre vermelho. Para alguns estudiosos, é considerado como uma evidência de que o povo australiano importou os rituais que eram praticados na África. Porém, devido à sua distância, não se pode afirmar tal, pois as relações comerciais entre oceanos tão distantes tornava praticamente inviável esta afirmação. Podendo-se assim, postular que seria uma coincidência da técnica usada.
  • 40 000 a.C. – Início do Paleolítico Superior na Europa. Há uma abundância de fósseis, incluindo cerimônias elaboradas de enterro de mortos; registros arqueológicos das chamadas Vênus paleolíticas; e arte rupestre. As estatuetas de Vênus são consideradas deusas da fertilidade. As pinturas de caverna em Chauvet e Lascaux são consideradas representativas da manifestação de um pensamento religioso.
  • 30 000 a.C. – O mais recente registro da cerimônia de enterro de um xamã (pajé ou sacerdote).[5]
  • 11 000 a.C. – Início da Revolução Neolítica.

Eventos

Culturas

Artigos da Era das Renas

O Paleolítico Superior na região franco-cantábrica:

  • A cultura Chatelperroniana foi localizado ao redor do centro e sudoeste da França e norte da Espanha. Ele parece ser derivado a partir da cultura anterior mousteriana, e representa o período de sobreposição entre neandertais e Homo sapiens. Essa cultura durou de c. 33 000 a 27 000 a.C..
  • A cultura aurignaciana foi localizada na Europa e sudoeste da Ásia, e floresceu entre 32 000 a.C. e 21 000 a.C.. Pode ter sido contemporânea com a Perigordiana (um agrupamento contestado das culturas anteriores e mais tarde Chatelperroniana-Gravetiana).
  • A cultura Gravetiana foi localizada em toda a Europa. Os sítios gravetianos datam entre 26 000 a.C. a 20 000 a.C..
  • A cultura Solutreana foi localizada no leste da França, Espanha e Inglaterra. Artefatos solutreanos foram datados de cerca de 19 000 a.C., antes de desaparecer misteriosamente em torno de 15 000 a.C..
  • A cultura Magdaleniana deixou evidências de Portugal à Polónia durante o período de 16 000 a.C. a 8 000 a.C..

Referências