Pandemia de COVID-19 na Suécia

Ver artigo principal: Pandemia de COVID-19 na Europa

Até o dia 3 de outubro de 2022, a Suécia contava com 2 588 441 casos confirmados, com um número total de 20 225 mortes.[2][3][4][5][6]

Pandemia de COVID-19 na Suécia

Mapa de condados com casos confirmados de novo coronavírus
DoençaCOVID-19
Agente infecciosoSARS-CoV-2
Data de inícioJönköping
LocalidadeSuécia
PaísSuécia
Estatísticas Globais
Casos confirmados2 699 339 (9 março 2023)[1]
Mortes23 777 (9 março 2023)[1]
Cartaz "Evite ser contagiado e evite contagiar os outros.
Letreiro no exterior do hospital Sahlgrenska, em Gotemburgo, pedindo aos pacientes que fiquem no exterior e toquem a campainha.
Anders Tegnell - o epidemiologista chefe da Suécia.
Marcadores de distanciamento numa loja em Åmål.
Fazendo f146 461ila para entrar em loja de bebidas alcoólicas.
Tenda de controlo à entrada do hospital de Avesta.
Vidros protetores para visitantes em lares de idosos em Estocolmo.

O programa de vacinação está em curso, tendo até o dia 25 de janeiro de 2022 sido vacinada com uma dose 86% da população com mais de 12 anos e com dose completa 83%. Com uma terceira dose de reforço está vacinada 43% da população acima dos 18 anos.[7]

A origem da epidemia na Suécia foi inicialmente atribuída à Itália. Em junho, Karin Tegmark Wisell da Autoridade Nacional da Saúde Pública retificou esse dado, afirmando que a origem desta epidemia estava não só na Itália como na Grã-Bretanha, França, Países Baixos e Estados Unidos, entre outros.[8][9]

A Autoridade Nacional da Saúde Pública (Folkhälsomyndigheten) é a agência governamental responsável pela proteção contra esta doença contagiosa, e pela coordenação de medidas a nível nacional. Uma das suas responsabilidades está no rastreamento ativo dos contactos tidos pelas pessoas identificadas como portadoras da doença. No seu trabalho, coopera ativamente com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (União Europeia; Estocolmo), e a Organização Mundial da Saúde (Organização das Nações Unidas; Genebra).[10][11][12][13]

Algumas medidas extraordinárias das autoridades suecas

  • Não recomendado fechar escolas.[14]
  • Não recomendado o uso de máscara de proteção. Motivo: Não está provada a sua eficácia e o seu uso poderia dar uma falsa sensação de segurança, podendo mesmo contribuir para maior propagação do vírus.[15][16][17]
  • Retiradas as recomendações específicas para as pessoas com mais de 70 anos.[18][19]
  • Restringidos ajuntamentos sociais a 8 pessoas. (Regra sem sanção; 8 de dezembro de 2020) [20]
  • Alargamento das recomendações agravadas a 20 das 21 regiões da Suécia. Inclui todas as regiões menos a Região Jämtland Härjedalen.[21]
  • Encomendadas 3 vacinas diferentes - Pfizer, Janssen Farmacêutica e AstraZeneca - em volume suficiente para vacinar toda a população da Suécia a partir de janeiro.[22]
  • Reduzido o número de deputados presentes no Parlamento (Riksdagen), de 349 para 55. (16 de março de 2020) [23]


  • Recomendada a limitação por iniciativa pessoal do número de utentes nos transportes públicos. (1 de abril) [24]
  • Recomendado não usar transportes coletivos, mas sim ir a pé ou de bicicleta. (13 de junho) [25]
  • Suspensa temporariamente a apresentação obrigatória de atestado médico para receber subsídio de doença. (13 de março) [26]
  • Recomendado o encerramento das escolas secundárias e dos estabelecimentos de ensino superior, continuando o ensino a ser ministrado à distância. (17 de março) [27]
  • Proibidas entradas na Suécia, de viajantes vindos de fora da Europa, com exceção para cidadãos nacionais, residentes e profissionais com justificações consideradas importantes. (19 de março) [28]
  • Proibidas as visitas aos "lares de idosos" (äldreboende) (1 de abril) [29]
  • Proibidas compras de medicamentos nas farmácias para mais de 3 meses. (1 de abril) [30]
  • Recomendada a limitação do número de clientes nas lojas. (1 de abril) [24]
  • Recomendadas atividades desportivas ao ar livre, e suspensão de jogos. (1 de abril) [24]
  • Recomendado não fazer viagens desnecessárias ao estrangeiro. (3 de abril) [31]
  • Encerramento dos parques de diversões durante o verão e a pandemia de COVID-19.[32]

Cronologia

Os primeiros casos

  • O primeiro caso de coronavírus na Suécia foi confirmado em 31 de janeiro. A doente era uma mulher de cerca de 20 anos que tinha voltado à Suécia em 24 de janeiro, depois de ter estado na cidade chinesa de Wuhan, considerada o epicentro do novo coronavírus. Foi colocada em isolamento no hospital de Jönköping, e encontrava-se em estado estável. Foi declarada curada em 3 de março.[33][34][35][3][36][37]
  • Quase um mês depois, no dia 26 de fevereiro, foi confirmado o segundo caso: Um homem de cerca de 30 anos foi internado no hospital Sahlgrenska, em Gotemburgo, depois de ter estado no norte de Itália.[38]
  • Em 29 de fevereiro, foram constatados mais dois casos: um na Västra Götaland e um em Estocolmo.[40]
  • O 14º caso foi confirmado em 1 de março, na Västra Götaland. A vítima é uma pessoa de cerca de 30 anos, que esteve no norte de Itália com outra pessoa também infetada, e viajou de avião para Gotemburgo, com paragem na Alemanha.[41]

Novos casos em novas cidades

Surtos locais

  • Ilha de Vrångö - A pandemia chegou à ilha de Vrångö, no arquipélago do Sul de Gotemburgo, e espalhou-se pelas outras ilhas.[50]
  • Cidade mineira de Gällivare - A pandemia atingiu a mina da empresa LKAB e a própria cidade de Gällivare.[51][52][53]
  • Cidade de Kalix - O número crescente de infetados atingiu os 70 na cidade de Kalix, no Norte da Suécia. A escola Innanbäckens skola foi encerrada.[54][55]
  • Söderhamn - A escola Stentägtskolan foi encerrada depois de algumas pessoas terem sido contagiadas.[56]
  • Uppsala (7 de outubro de 2020) - Contágios crescentes aumentam o número de pacientes e atingem pessoal médico em duas clínicas do Hospital Universitário de Uppsala (Akademiska sjukhuset).[57][58][59]
  • Gotemburgo (24 de novembro de 2020) - 3 escolas foram parcialmente encerradas (Ryaskolan, Lindåsskolan, e outra não identificada). Mais de 100 escolas têm tido casos de contágio.[60]
  • Gotemburgo (9 de dezembro de 2020) - Lar de idosos da ilha de Styrsö contabiliza 11 infetados entre 40 residentes, e número não público de infetados entre o pessoal.[61]
  • Skellefteå (8 de fevereiro de 2021) - Cerca de 150 pessoas ligadas à fábrica de baterias Northvolt foram declaradas infetadas pela coronavid-19, das quais 30 com a estirpe britânica. Umas 1000 pessoas vindas de todo o Mundo trabalham nessa nova fábrica de baterias de lítio para automóveis elétricos.[62]
  • Växjö (20 de outubro de 2021) - Surto de covid-19 em escola em Växjö: 5 classes de uma escola do 7-8-9 anos na cidade de Växjö foram mandadas para casa depois de 25 alunos terem ficado infetados com covid-19. Os jovens vão ter ensino à distância. A autoridade regional de controle e prevenção de infeções (Smittskydd) receia que venham a surgir mais surtos entre pessoas não-vacinadas. A própria escola vai proporcionar a vacinação aos alunos com mais de 12 anos na semana de 8 de novembro.[63]
  • Mölnlycke (25 de novembro de 2021) - 50 alunos infetados na escola Furuhällsskolan (com 300 alunos dos 6 aos 12 anos) .[64]

Localização

A região mais atingida é Estocolmo, seguida à distância pela Västra Götaland.[2][46]

Locais

Regiões mais atingidas da Suécia

  • Estocolmo - Região do centro; cerca de 1 900 000 habitante
  • Västra Götaland - Região do sudoeste; cerca de 1 700 000 habitantes
  • Escânia - Região do sul; cerca de 1 300 000 habitantes
  • Östergötland - Região do sul; cerca de 460 000 habitantes

Hospitais envolvidos no surto de coronavírus

Instituições oficiais envolvidas

Mapa animado mostrando casos confirmados de COVID-19 desde 12 de janeiro de 2020

Tentativa de criar imunidade de grupo

O governo sueco rejeitou tomar rígidas medidas de confinamento e apostou na tentativa de criar imunidade de grupo. No início de maio, apenas 7,3% dos habitantes de Estocolmo, tinham desenvolvido anticorpos, algo bastante longe dos 60 a 70% necessários para criar a desejada e esperada imunidade de grupo.[70][71][72][73]

A taxa de mortalidade na Suécia é muito superior à dos países vizinhos, com 379 mortes por milhão de habitantes. A Noruega tem 43, a Dinamarca 96 e a a Finlândia 55. Já Portugal, que tem praticamente o mesmo número de habitantes que a Suécia, tem 123 mortes por milhão.[74]

Em 9 de outubro de 2020, a Noruega e a Dinamarca tinha restrições para os viajantes rumo à Suécia. A Dinamarca desaconcelhava idas às regiões de Halland, Blekinge, Estocolmo, Jämtland-Härjedalen, Kronoberg, Uppsala, Västmanland e Örebro. A Noruega desaconselhava idas à Gotland, Värmland, Västernorrland e Norrbotten.[75]

Posições polémicas na Suécia

  • Não recomendado o uso de máscara de proteção (1) Não está provada a sua eficácia e poderia dar uma falsa sensação de segurança, podendo contribuir para maior propagação do vírus. (2) É melhor manter a distância.[15][76][77] (3) A atitude das autoridades fez as pessoas ficarem negativas em relação ao uso da máscara. (Tegnell) [78]
  • Não há pressa em vacinar crianças dos 5 aos 12 anos.[79]


  • Pequeno risco que a Covid-19 atinja e se dissemine na Suécia. (13 de fevereiro de 2020) [80]
  • Os assintomáticos representam risco de contágio com significado negligenciável.[81]
  • As restrições não têm nenhum efeito nos contágios. (25 de fevereiro de 2021) [82]
  • Não às restrições de viagens de férias, porque os riscos podem ser maiores se as pessoas ficarem amontoadas nas suas áreas de residência.[83]
  • A grande diferença de óbitos entre a Suécia e os países vizinhos depende do facto de os países se encontrarem em diferentes fases da epidemia. (25 de maio de 2020)[84]
  • Negada assistência médica a muitos idosos com sintomas suspeitos de covid-19. Em numerosos casos, médicos e enfermeiros deram apenas medicamentos para aliviar sintomas, de acordo com diretivas recebidas.[85][86][87][88]
  • A Covid-19 não se transmite pelo ar, mas sim apenas através da inalação de gotículas. (6 de novembro de 2020) [89]

Ver também

Referências

Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Pandemia de COVID-19 na Suécia