Santolina chamaecyparissus

Santolina chamaecyparissus, comummente conhecida como abrótano-fêmea[1], é uma espécie de planta com flor pertencente à família das Asteráceas e ao tipo fisionómico dos caméfitos.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSantolina chamaecyparissus

Classificação científica
Reino:Plantae
Clado:angiospérmicas
Clado:eudicotiledóneas
Ordem:Asterales
Família:Asteraceae
Género:Santolina
Espécie:S. chamaecyparissus
Nome binomial
Santolina chamaecyparissus
L.

A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 2: 842. 1753.[3]

Nomes comuns

Além de «abrótano-fêmea», dá ainda pelos seguintes nomes comuns: guarda-roupa[2][4]; pequeno-limonete[2][4] e roquete-dos-jardins.[2][4]

Etimologia

Quanto ao nome científico desta espécie:

  • O nome genérico, Santolina[5], trata-se de uma derivação do étimo neolatino Santonica[6], que por seu turno resulta de uma abreviatura da locução latina herba santonica[6], isto é a «erva dos Santões», por alusão à tribo que habitou na região da Aquitânia.
  • O epíteto específico, chamaecyparissus, que provém do grego clássico e resulta da aglutinação dos étimos χᾰμαι (chamae), que significa «rasteiro»[7], e κυπάρισσος (cypárissos)[8], que significa cipreste.

Quanto ao nome comum, «guarda-roupa», foi-lhe atribuído por causa do costume de dependurar os ramos desta planta nos roupeiros e armários, por molde a proteger a roupa e o vestuário das traças.[9]

Descrição

Trata-se de uma planta subarbustiva e vivaz, que pode chegar a medir entre 0,20 a O,50 m de altura.[9] Possui um caule lenhoso na base, espesso, com múltiplos ramos erectos e pubescentes[9]. Do que toca às folhas, são vilosas e pequenas, de formato estreito, penatifendido, dotadas de dentes obtusos, apresentando ainda uma coloração alvadia.[9]

Relativamente às flores, que surgem entre Junho e Agosto, são tubulosas, assentam em capítulos solitários e globosos, na extremidade dos ramos.[9] As flores apresentam uma coloração amarelo-dourada, trescalando um odor intenso.[9] Quanto aos aquénios, são glabros, contando com 4 ângulos, dos quais 2 são mais salientes.[9]

Distribuição

Trata-se de uma espécie natural do Oeste e do Centro da orla Mediterrânica[9], marcando presença nalgumas zonas temperadas da Europa e do continente Americano.[2]

Portugal

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente os seguintes táxones infraespecíficos, que são subespontâneos nalgumas zonas da Beira Litoral, Estremadura e Alentejo litoral:[10]

Ecologia

Medra entre matagais[2], rochedos e em colinas áridas e calcárias.[9]

Usos medicinais

No âmbito da medicina popular, usam-se as sumidades floridas, as sementes, os ramos secos e as folhas, antes da floração, para confecionar mezinhas.[9]

Das partes das mencionadas são extraídos: óleo essencial, resina, taninos e princípio activo amargo, aos quais se reconhecem propriedades antiespasmódicas, emenagogas, estimulantes e vermífugas.[9]

Referências

Bibliografia

Ligações externas

Este artigo sobre plantas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.