TUE Série 3000 (CPTM)

O TUE Série 3000 (CPTM) é um trem unidade elétrico pertencente a frota do Trem Metropolitano de São Paulo.[3]

TUE Série 3000 (CPTM)

Série 3000 em operação pela Linha 9-Esmeralda
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Período de serviço2001 - 2021
FabricanteSIEMENS, SGP, Mitsui
FábricaKrefeld, Alemanha e Maribor, Eslovênia
Período de construção1997-2001
Entrada em serviço2001[1]
Total construídos5 (de 8 carros)
Total em serviço0
Formação4 carros/ 8 carros
Capacidade1888 passageiros (8 carros)
OperadorBrasil CPTM
Depósitos•Abrigo Luz
LinhasAnteriores:
Rubi
Diamante
Esmeralda
Turquesa
Especificações
CorpoAço inoxidável
Comprimento Total161,2 metros
Comprimento do veículo20,15 metros (carro motor e carro reboque)
Largura3,05 metros
Altura4,01 metros
Portas8 por carro (4 de cada lado)
Velocidade máxima90 km/h[2]
Peso175 toneladas (TUE)
Aceleração0,9 m/s²[2]
Desaceleração1,1 m/s²

Freio de emergência: 1,2 m/s[2]

Tipo de traçãoelétrica
SIEMENS GTO - VVVF
G3000 D2330/500 M5 rfz[2]
Motormotores de indução assíncronos
SIEMENS 1TB2016-0GB02
Potência2 992 kW
Tipo de climatizaçãoAr condicionado
Captação de energiaCatenária[2]
Classificação UICBo′Bo′+2′2′+2′2′+Bo′Bo′
Bitola1 600 mm

História

Projeto e construção

Em 1973 a Fepasa contratou as empresas Engevix e Sofrerail para elaborar um plano de remodelação dos subúrbios. O plano consistia na reconstrução de estações, pátios e aquisição de nova frota. Iniciado em 1977, o plano de remodelação foi sendo atrasado por problemas econômicos, de forma que 20 anos depois, apenas metade do mesmo havia sido realizado. As linhas da FEPASA foram repassadas para a CPTM em 1996. A Linha Sul possuía poucas estações e a frota fabricada para operar nela (5500/5550) se tornou obsoleta após 20 anos de operação. [4]

A CPTM realizou a licitação internacional nº 114/1994. Financiada pelo BID, prevendo a aquisição de uma frota de 10 trens unidade elétricos de 4 carros. O contrato foi vencido pelas empresas Siemens AG/Simmering-Graz-Pauker (SGP) e Mitsui, pelo valor de DM 102.889.234.[5] Por problemas econômicos de governo paulista, o contrato foi congelado. Após os Tumultos na CPTM em 1996, o governo paulista retomou o projeto de remodelação dos subúrbios e contratou as obras faltantes na Linha 9 (ex Linha Sul da Fepasa, incluindo os trens. Assim, o contrato assinado em 1994 só foi efetivado em 4 de julho de 1997, por US$ 70 milhões, prevendo-se a entrega dos trens em 36 meses.[6]

Os trens unidade foram construídos na Alemanha (com peças importadas do Japão) e montados na fábrica da Siemens de Maribor, Eslovênia, sendo a primeira unidade entregue em 10 de novembro de 2000.[7][8]

Operação

Após operar na Linha 9, as 5 unidades foram realocadas na Linha 7, onde prestaram serviços essenciais. Porém, com a chegada dos novos trens séries 8500 e 9500, acabaram sendo retiradas da Linha Rubi.[3]

No fim de outubro de 2016, uma unidade foi vista fazendo testes na Linha 10-Turquesa, fazendo o Expresso Linha 10 em via exclusiva entre as estações Prefeito Celso Daniel - Santo André, São Caetano do Sul - Prefeito Walter Braido e Tamanduateí.[9] Em 2017, os trens começaram a fazer o trecho Mauá até Brás pela Linha Turquesa, e em abril de 2019, uma unidade prestou serviços no expresso semanal Linha 10+.[10]

Em julho de 2019, devido a um remanejamento de alguns trens da série 7000, colocando a série 2100 para reserva técnica, as composições dessa série passaram a fazer o trajeto completo da Linha 10, entre as estações Brás e Rio Grande da Serra.[11]

Desde fevereiro de 2021, todas as composições foram encostadas no abrigo Luz e seguem inoperantes até o momento.[12]

Entrega dos TUE’s

NumeraçãoData de operaçãoLinha Atual
3001-300428/12/2001Imobilizado
3007/3008-3011/301224/12/2001
3005/3006-3015/301627/12/2001
3013/3014-3017/301824/12/2001
3009/3010-3019/302024/12/2001
  • Informações da data de operação retiradas do detalhamento de frota da CPTM[1].

Controvérsias

O fornecimento dos trens e o contrato terceirizado de manutenção da Série 3000 foram vencidos pela Siemens. A empresa alemã repassou o contrato de manutenção para a empresa MGE. Segundo investigações (que mais tarde resultaram no Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo), a aquisição dos trens foi feita por meio de um cartel entre fabricantes de equipamentos ferroviários, enquanto que o contrato de manutenção dessa série foi usado como forma de pagamento de propinas. As investigações de membros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público descobriram que a MGE não realizou os serviços para os quais foi subcontratada. Em julho de 2019, o cade multou 11 empresas e 42 pessoas físicas em R$ 535,1 milhões por conta da formação de cartel.[13][14][15]

Referências

Ligações externas

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