The King is dead. Long live the King!

proclamação

The King is dead. Long live the King![a] (Francês: Le Roi est mort, vive le Roi!; Espanhol: El rey ha muerto, viva el rey!; Português: "O Rei está morto. Vida longa ao Rei!") é uma tradicional proclamação feita na sucessão de um novo monarca em vários países, como o Reino Unido.

Etimologia

A frase original foi traduzida do francês Le Roi est mort, vive le Roi!, que foi usado pela primeira vez na coroação de Charles VII seguindo a morte de seu pai Carlos VI em 1422. Na França, a declaração era tradicionalmente feita pelos Duc d'Uzès (Viscondes e Duques de Uzès), um pariato proeminente da França, assim que o caixão com os restos mortais do rei descia a abóboda da Basílica de Saint-Denis. A frase surgiu a partir da lei de le mort saisit le vif— onde a soberania do rei era transmitida ao seu descendente assim que o monarca anterior morria. "The King is dead" é um anuncio de um soberano que acaba de morrer. "Long live the King!" refere-se ao seu herdeiro que imediatamente o sucede no trono no lugar do rei anterior.

Na epoca, o francês era a língua dos aristocratas na Inglaterra, e a declaração foi logo tomada como representante do mesmo ideal— que na Inglaterra retorna a 1272, quando Henrique III morreu enquanto seu filho, Eduardo I, estava guerreando nas cruzadas. Para evitar uma guerra civil em torno da sucessão do trono, o Conselho Real proclamou "O trono nunca deve ficar vazio; o país nunca deve ficar sem monarca." Assim sendo, Eduardo foi declarado rei imediatamente, e reinou in absentia até que as noticias da morte de seu pai chegasse e ele retornasse à Inglaterra.

Na frança, o Rei Luís XV foi predecessor do Rei Luís XVI. Logo após a morte de Luis XV por volta de 11:00 na noite de 10 de maio de 1774, o herdeiro aparente, Louis-Auguste, el Dauphin, imediatamente tornou-se Rei Luis XVI de França. Essa rápida transição foi feita com a frase: "The King is dead. Long live the King!"

Uso

Embora "The King is dead. Long live the King." seja comumente acreditado como parte do texto oficial da proclamação de ascensão, na verdade é apenas feito de forma tradicional, sendo entoado pelas cidades do reino.

No Reino da Dinamarca, proclamação semelhante é feita pelo Primeiro Ministro quando um monarca morre. A fala é executada no balcão do Palácio de Christiansborg, o prédio do parlamento dinamarquês.[1]

Em algumas monarquias, como no Reino Unido, um interregnum é evitado com a proclamação direta do trono com a frase e o herdeiro torna-se monarca. A frase serve ainda para significar a continuidade da soberania, anexado a uma forma pessoal de poder chamado Auctoritas. Não é assim em outras monarquias onde o reinado do novo monarca começa apenas com coroação ou com algum outro evento formal ou tradicional. Na República das Duas Nações por exemplo, os reis eram eleitos, o que muitas vezes levou a interregno relativamente longo. Durante esse tempo foi o primata polonês que servia no interrex.

The queen is dead. Long live the queen!

No Reino Unido e em outros reinos que permitem sucessão feminina ao trono, a frase pode ser alterada para acomodar a sucessão entre monarcas de sexos diferentes, por exemplo:

"O Rei está morto. Vida longa à Rainha!"
Original (em inglês): "The King is dead. Long live The Queen!"[2]

 British Newspaper Archive (em inglês)

que aconteceu em 1952, quando o rei George VI morreu e foi sucedido por sua filha, a rainha Elizabeth II, ou

"A Rainha está morta. Vida longa ao Rei!"
Original (em inglês): "The Queen is dead. Long live The King!"[3]

 (em inglês)

que aconteceu em 2022, quando a rainha Elizabeth II morreu e foi sucedida por seu filho, o rei Charles III.

Notas

Referências