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Tribalistas (álbum de 2017)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o álbum de vídeo homônimo, veja Tribalistas (álbum de vídeo de 2017).
Tribalistas
Tribalistas (álbum de 2017)
Álbum de estúdio de Tribalistas
LançamentoBrasil 25 de agosto de 2017
Gravação20 de março—2 de abril de 2017
(Rio de Janeiro, Brasil)
Gênero(s)
Duração38:45
Idioma(s)Português
Formato(s)
Gravadora(s)
Produção
Cronologia de Tribalistas
Tribalistas
(2002)
Tribalistas Ao Vivo
(2019)
Cronologia de Marisa Monte
O Que Você Quer Saber de Verdade
(2011)
Cronologia de Arnaldo Antunes
Já É
(2015)
RSTUVXZ
(2018)
Cronologia de Carlinhos Brown
Artefireaccua - Incinerando o Inferno
(2016)
Semelhantes
(2017)
Singles de Tribalistas
  1. "Aliança"
    Lançamento: 10 de agosto de 2017
  2. "Diáspora"
    Lançamento: 10 de agosto de 2017
  3. "Um Só"
    Lançamento: 10 de agosto de 2017
  4. "Fora da Memória"
    Lançamento: 10 de agosto de 2017

Tribalistas é o segundo álbum de estúdio do supergrupo brasileiro Tribalistas, formado por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. No Brasil, o seu lançamento ocorreu em 25 de agosto de 2017, após quinze anos do sucesso do álbum de estreia.[1]

Antecedenteseditar código-fonte

Em 2002, os parceiros de longa data Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown se juntam e formam o supergrupo Tribalistas. O primeiro álbum, contendo treze faixas inéditas, foi lançado no fim do ano, tendo seu lançamento internacional somente no ano seguinte, em 2003. O disco logo foi consagrado um sucesso da música popular brasileira, alcançando a primeira posição nas paradas musicais e um disco de diamante pela venda de 1,5 milhão de cópias somente no Brasil, sem divulgação e entrevistas cedidas pelos integrantes.[2]

Apesar do trio ter se reunido ao vivo em poucas e raras ocasiões, em 2003, o trio recebeu cinco indicações ao Grammy Latino ganhando o prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro[3] e a faixa "Velha Infância" foi a faixa mais tocada na década de 2000, enquanto "Já Sei Namorar" ficou em 20º lugar.

Em 2013, os Tribalistas lançam o single "Joga Arroz", em apoio da aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A canção esteve no site da da campanha Casamento Civil Igualitário, promovida pelo deputado Jean Wyllys, e também não foi promovida em TV e rádios.[4]

Ao londo de 2016, Monte, Antunes e Brown realizam duas fugas com todos os três presentes para Salvador, na Bahia, onde compuseram de duas a três canções por dia. Dessas reuniões, o trio realizou aproximadamente 20 composições, no total.[5]

Mais tarde, em novembro do mesmo ano, Marisa surpreendeu ao convidar Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown para cantar "Velha Infância", "Já Sei Namorar" e "Passe Em Casa" em seu show realizado na Concha Acústica de Salvador, fazendo com que a mídia especulasse um possível retorno dos Tribalistas, que nunca chegaram a realizar uma turnê juntos.[6]

Lançamento e Divulgaçãoeditar código-fonte

Ver artigo principal: Tribalistas Tour

Após diversas especulações entre o público e os meios de comunicação, Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown anunciam o tão aguardado retorno em uma transmissão ao vivo, sem anúncio prévio, que ocorreu simultaneamente no Facebook dos três. No vídeo, o trio antecipou quatro das dez faixas que estarão presentes no segundo álbum de estúdio, são elas: "Diáspora", "Aliança", "Um Só" e "Fora da Memória", que logo alcançaram as primeiras posições das paradas assim que disponibilizadas.

Além dos três principais, o grupo ainda anunciou novas parcerias com Pedro Baby e Pretinho da Serrinha em duas faixas. Também foi confirmado um DVD, filmado durante as gravações do segundo disco entre os meses de março e abril de 2017, e o "Especial Tribalistas", um programa que apresenta as canções inéditas do trio, exibido no dia 31 de agosto na Rede Globo.[7] Após a exibição do especial, todas as músicas do álbum emplacaram nas paradas da iTunes Store e o disco alcançou as primeiras posição de diversos países da América do Sul e Europa.

O álbum também ganhou um hand album, encarte digital exclusivo que traz as canções, vídeos, cifras, fichas técnicas e fotos do trio durante as gravações do disco, fruto de uma parceria com o Facebook e o principal serviço de streaming Spotify.

Em 24 de agosto, o grupo anuncia em suas redes sociais a capa do álbum e a lista com seis faixas restantes, além dos primeiros singles divulgados. O disco foi disponibilizado em todas as plataformas digitais no dia seguinte, em 25 de agosto, alcançando a 1ª posição da iTunes Store no Brasil, a 2 ª em Portugal, a 5ª na Argentina e no Chile, a 6ª na Colômbia e a 14ª na Espanha, além de outras posições em países como Itália, França e Bélgica.[8] Além disso, o clipe de "Ânima" alcançou 2ª posição no Brasil e a faixa "Os Peixinhos", com participação de Carminho, a 39ª posição em Portugal. Com o sucesso do mais novo lançamento, o álbum Tribalistas, de 2002, também voltou às paradas, subindo para a 8ª posição no Brasil.

Mais tarde, em 28 de março de 2018, Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown anunciam oficialmente, depois de diversos pedidos de fãs e rumores da mídia, a Tribalistas Tour 2018, primeira turnê conjunta do trio, que percorrerá grandes estádios e arenas em dez capitais brasileiras, entre elas Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Belém, Curitiba, Brasília e, por fim, Belo Horizonte, num total de apenas dez apresentações.[9]

Capa e encarteeditar código-fonte

CD e DVDeditar código-fonte

A capa do CD e DVD Tribalistas apresenta uma arte de Luiz Zerbini — um dos mais aclamados artistas contemporâneos e multimídia brasileiros e amigo de Monte, Antunes e Brown, por quem foi convidado após uma visita ao estúdio — que acompanhou o dia a dia das gravações do disco, criando e produzindo ilustrações ao vivo enquanto as faixas eram produzidas e gravadas.[10] Os desenhos realizados por Zerbini fazem parte do encarte do disco sob o projeto gráfico de Lêka Coutinho e Fabiano Feroli.

Hand Albumeditar código-fonte

Com os novos lançamentos, os Tribalistas optaram por ir além dos tradicionais formatos de discos e inauguraram uma plataforma musical em parceria com o Facebook e o Spotify, chamada Hand Album (álbum de mão, em tradução livre), uma espécie de encarte digital. A ferramenta — que traz letras, cifras, fotos, vídeos, músicas e a ficha técnica de cada faixa — foi feita a partir de um pedido de Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown para dar um outro significado ao consumo de música digital. O trio é o primeiro grupo do mundo a testá-la, visto que seu público abrange mais de 52 países fazendo com que o recurso ultrapasse os âmbitos nacionais.

A plataforma foi desenvolvida por brasileiros, a partir de uma maratona de programação no Rio de Janeiro e testes de protótipos até alcançar uma linguagem fácil para o público, e finalizada por profissionais dos Estados Unidos e Europa.[11]

Lista de faixaseditar código-fonte

N.ºTítuloCompositor(es)Duração
1. "Diáspora"  Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte 4:04
2. "Um Só"  Antunes, Brown, Monte, Brás Antunes 3:19
3. "Fora da Memória"  Antunes, Brown, Monte, Pedro Baby, Pretinho da Serrinha 3:53
4. "Aliança"  Antunes, Brown, Monte, Baby, Serrinha 3:57
5. "Trabalivre"  Antunes, Brown, Monte, Carminho 3:43
6. "Baião do Mundo"  Antunes, Brown, Monte 3:17
7. "Ânima"  Antunes, Brown, Monte, Cezar Mendes 3:54
8. "Feliz e Saudável"  Antunes, Brown, Monte 2:50
9. "Lutar e Vencer"  Antunes, Brown, Monte 2:54
10. "Os Peixinhos" (com participação de Carminho)Antunes, Brown, Monte, Carminho 4:27
Duração total:
38:45

Recepçãoeditar código-fonte

Crítica profissionaleditar código-fonte

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
FonteAvaliação
Zero Hora3 de 5 estrelas.[12]
Folha de S.Paulo2 de 5 estrelas.[13]
Helder MaldonadoDesfavorável[14]
O Estado de S. PauloFavorável[15]
O GloboRegular[16]
Hoje em DiaDesfavorável[17]

Tribalistas recebeu de críticas mistas a negativas da imprensa, que o considerou um trabalho inferior à estreia do trio ou, em alguns casos, simplesmente desnecessário.

Escrevendo para o jornal Zero Hora, Alexandre Lucchese expressou descrença de que o álbum repita o sucesso comercial de seu antecessor, para evitar risco de tragédia. Apontou o tom político e apartidário como evidência do amadurecimento da banda, chamou o título de "preguiçoso" e elogiou a faixa "Um Só", embora a tenha considerado uma repetição de "Tribalistas", do primeiro disco. Concluiu sua análise dizendo que "o álbum dificilmente cria estranhamento ou repulsa, embora também seja pouco provável que gere grande empatia – euforia já seria pedir demais".[12]

Marco Aurélio Canônico foi mais crítico ao álbum, o qual chamou de "menos criativo, menos inspirado, menos necessário". Disse que o som parecido dos dois discos pode ser visto tanto como "identidade" quanto como "sinal de fadiga criativa". Por outro lado, considerou que as faixas assinadas somente pelo grupo funcionam melhor que as parcerias. Encerrou sua análise afirmando que "nos tempos cínicos e belicosos que seguem, os Tribalistas parecem deslocados com seu espírito paz e amor –talvez justamente por isso sejam necessários. Mas seu novo trabalho mostra um trio que não é apenas menor do que a soma de suas partes isoladas, mas do que já foi".[13]

Em seu blog no portal R7, Helder Maldonado disse que o álbum "se arrasta em músicas com arranjos pouco inspirados e letras engajadas ideologicamente". Para ele, o álbum não consegue repetir a "elegância" da estreia e é "quase hermético e demasiadamente focado na introspecção". Além disso, para ele, a participação de outros músicos descaracterizou o projeto. Por fim, disse que "talvez os Tribalistas quisessem mesmo inovar e lançar algo completamente diferente do disco que os consagrou. E conseguiram. E mudar é saudável. O problema é que nem sempre é para melhor."[14]

Escrevendo para O Globo, Bernardo Araujo considerou que o álbum vem "sem crise, mas sem grandes sacadas, tampouco" e que "os fãs de carteirinha do trio vão, mais uma vez, se esbaldar, mas os Tribalistas, mais uma vez, dão a impressão de divertir-se mais do que o público". Falando especificamente sobre a abertura "Diáspora", considerou como "azar" que ela fosse lançada no mesmo dia que "As Caravanas", de Chico Buarque (canção que lida com assunto semelhante).[16]

No Hoje em Dia, Lucas Buzatti afirmou que o álbum "tropeça ao tentar repetir o feito [do disco anterior] com fórmulas manjadas e temas batidos". Elogiou faixas como "Diáspora", "Fora da Memória" e "Trabalivre", mas criticou "Um Só", "Aliança", "Baião do Mundo" e "Ânima", reservando comentários mornos para "Feliz e Saudável", "Lutar e Vencer" e "Peixinhos". Concluiu seu texto dizendo que "Tribalistas empaca no mais do mesmo. Se por um lado o trio finca o pé na assinatura, por outro explana uma previsibilidade frustrante para quem espera pelo novo."[17]

Adriana Del Ré, d'O Estado de S. Paulo, foi na contramão das outras críticas. Para ela, a volta preservando o "DNA 'tribalístico'" foi um "alento" e reunir-se sem fazê-lo não faria sentido. Por outro lado, constatou uma mudança nas letras, que foram de "uma certa inocência" no disco de 2002 para "uma postura mais politizada" no lançamento de 2017.[15]

Desempenho nas tabelas musicaiseditar código-fonte

Tabela musical (2017)Melhor
posição
 Estados Unidos (Billboard World Albums)[18]13

Trilhas sonoraseditar código-fonte

Prêmios e indicaçõeseditar código-fonte

AnoCerimôniaCategoriaResultado
2018A2IM Libera Awards 2018Best World AlbumIndicado
Prêmio da Música BrasileiraProjeto Visual
Melhor Grupo de Pop/Rock/Reggae/Hip-hop/Funk
19th Annual Latin Grammy AwardsMelhor Canção em Língua Portuguesa - "Aliança"Indicado

Créditoseditar código-fonte

De acordo com a ficha técnica do disco, todo o processo de elaboração de Tribalistas atribui os seguintes créditos:[19]

Gestão
  • Monte Criação e Produção Ltda. (Phonomotor): gravadora, proprietária de direitos autorais/direitos autorais fonográficos
  • Rosa Celeste (Universal Music Publishing Group): gravadora, proprietária de direitos autorais/direitos autorais fonográficos
  • Ed. Candyall Music (SLEM): gravadora, proprietária de direitos autorais/direitos autorais fonográficos
  • Universal Music Group: distribuição nacional/internacional
Visuais e imagem
Produção
Instrumentação

Histórico de Lançamentoeditar código-fonte

PaísDataFormato(s)Gravadora
 Brasil1 de maio de 2018LPPolysom
25 de agosto de 2017Phonomotor Records
Universal Music
 ArgentinaDownload digital
 Chile
 Estados Unidos
 Canadá
 México
 Reino Unido
 Irlanda
Portugal Portugal
 França
Espanha
 Itália
 Bélgica
 Alemanha
 Países Baixos
Suíça
 Austrália
 Nova Zelândia
 Japão
 China

Referências

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