Turbinella pyrum

espécie de molusco

Turbinella pyrum (denominada, em inglês, indian chank ou great indian chank)[2][7] é uma espécie de molusco gastrópode marinho do oceano Índico, pertencente à família Turbinellidae[1][8], originalmente classificada por Carolus Linnaeus, em 1767; como Voluta pyrum (no gênero Voluta), em sua obra Systema Naturae.[1] Esta é a espécie-tipo do gênero Turbinella Lamarck, 1799.[4]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTurbinella pyrum
Uma fotografia em preto e branco com a vista inferior da concha de T. pyrum. Espécime coletado em Sri Lanka, da coleção do Museu de História Natural de Leiden.
Uma fotografia em preto e branco com a vista inferior da concha de T. pyrum. Espécime coletado em Sri Lanka, da coleção do Museu de História Natural de Leiden.
Cinco vistas da concha de T. pyrum (Linnaeus, 1767)[1], encontrada no oceano Índico. Espécimes com espiral sinistrogira, deste molusco, são raras e consideradas sagradas na Índia, pela mitologia hindu.[2][3] Esta é a espécie-tipo do seu gênero.[4]
Cinco vistas da concha de T. pyrum (Linnaeus, 1767)[1], encontrada no oceano Índico. Espécimes com espiral sinistrogira, deste molusco, são raras e consideradas sagradas na Índia, pela mitologia hindu.[2][3] Esta é a espécie-tipo do seu gênero.[4]
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Mollusca
Classe:Gastropoda
Subclasse:Caenogastropoda
Ordem:Neogastropoda
Superfamília:Turbinelloidea
Família:Turbinellidae
Subfamília:Turbinellinae
Género:Turbinella
Lamarck, 1799[4]
Espécie:T. pyrum
Nome binomial
Turbinella pyrum
(Linnaeus, 1767)[1]
Distribuição geográfica
A região indo-malaia é o habitat da espécie T. pyrum, nas costas do Paquistão, Índia e Sri Lanka.[5]
Sinónimos
Voluta pyrum Linnaeus, 1767
Xancus pyrum (Linnaeus, 1767)
Volema curtangniona Röding, 1798
Buccinella caerulea Perry, 1811
(WoRMS)[1]
Vista de uma concha de T. pyrum, usada como instrumento de sopro, na Índia. A superstição costuma olhar para o sankha, sua denominação no hinduísmo, como um amuleto contra os poderes do mal.[6]

Descrição da concha e hábitos

Conchas pesadas, quando desenvolvidas, de coloração branca ou creme, podendo apresentar pintas em marrom; geralmente entre 12 a 14 centímetros de comprimento, podendo chegar aos 20; com espiral moderadamente baixa e volta final globosa, lábio externo fino, canal sifonal destacado e columela dotada de pregas visíveis. Possuem opérculo córneo e um perióstraco castanho, lhes recobrindo, em vida. Ás vezes suas protoconchas se destacam, no topo da espiral, que pode se apresentar bem aplainada.[2][5][7][9]

É encontrada em águas da zona nerítica até os quase 30 metros de profundidade.[5] Os animais da família Turbinellidae são predadores.[10]

Distribuição geográfica

A região indo-malaia é o habitat da espécie T. pyrum, nas costas índicas do Paquistão, Índia e Sri Lanka.[5]

Hinduísmo

Conhecidas por sankha, em sânscrito[6], ou pantchdjanya[11], estas conchas possuem grande valor no hinduísmo, dando-se um significado mais especial ainda aos seus raros exemplares sinistrogiros.[12] Conta-se que, no início dos tempos, um demônio roubara os Vedas, para escondê-los no mar, dentro de uma concha. Então o deus Vixnu teve sua primeira reencarnação na forma de um peixe, para recuperar a concha com os textos. Desde então ela se converteu em um dos equipamentos do deus, usada como instrumento de sopro para a guerra.[3][13] A superstição costuma olhar para o sankha como um amuleto contra os poderes do mal. Os primeiros relatos de seu uso estão no Ramáiana e no Mahabharata.[6]

Ligações externas

Referências