Ubatã

município do Estado da Bahia, Brasil
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Ubatã é um município brasileiro do estado da Bahia, Nordeste, localizado na microrregião de Ilhéus-Itabuna e na mesorregião do Sul Baiano. De acordo com o Censo 2022 do IBGE, sua população é de 16 111 habitantes, e com densidade demográfica de 90.69 hab./km².[7]

Ubatã
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Ubatã
Bandeira
Brasão de armas de Ubatã
Brasão de armas
Hino
Gentílicoubatense
Localização
Localização de Ubatã na Bahia
Localização de Ubatã na Bahia
Localização de Ubatã na Bahia
Ubatã está localizado em: Brasil
Ubatã
Localização de Ubatã no Brasil
Mapa
Mapa de Ubatã
Coordenadas14° 12' 50" S 39° 31' 22" O
PaísBrasil
Unidade federativaBahia
Municípios limítrofesBarra do Rocha, Ibirapitanga, Gongogi, Ibirataia
Distância até a capital367 k km
História
Fundação26 de setembro de 1953 (70 anos)
Administração
Prefeito(a)Vinicus do Vale de Souza[1] (PSB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2]177,643 km²
População total (Censo de 2022) [3]16 111 hab.
 • Posição(BA: 213º· (NE: 774°· (BR: 2099º) (2022)[4]
Densidade90,7 hab./km²
Clima20°C a 30°C
Altitude109 m
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5])0,593 baixo
PIB (IBGE/2008[6])R$ 84 367,969 mil
PIB per capita (IBGE/2008[6])R$ 3 250,92
Sítiohttps://www.ubata.ba.gov.br/ (Prefeitura)
Praça do Churrascão
Praça Isaac Menezes


História

O município de Ubatã teve sua ocupação iniciada em 1909, com a fundação do povoamento Dois Irmãos, em território de Orojó, distrito do município de Camamu, com a chegada de Severiano José Costa, Antônio Rebouças, João Teles, Manoel Eloi, Vicente Ferreira, Francisco Mendes Santos, João Cruz e Euzébio Lima.[8]

Em 1918, o povoamento Dois Irmãos, ainda integrado a Camamu, foi elevado a Distrito de Paz. Já em 1932, seu nome foi alterado para São Sebastião com a nova configuração de integração pelo Município de Maraú, porém no ano seguinte, em 1933, retornou ao domínio de Camamu. Ainda nesse mesmo ano, por força do Decreto Estadual n° 8.729, Dois Irmãos desmembrou-se do Distrito de Orojó, passando a ser anexada à jurisdição da cidade de Rio Novo, atual Ipiaú, e assim, ganhando seu próximo nome, Alfredo Martins. Pelo Decreto Estadual n° 141 de 1943, retificado pelo Decreto n° 12.978 de 1944, após o nome Alfredo Martins, o distrito denominou-se Ubatã.[8]

A partir de então, o distrito entrou no cenário político elegendo o Aníbal Azevedo, primeiro vereador, e depois Sandoval Alcântara, com o cargo de presidente da Câmara de Rio Novo. Devido à licença do prefeito Dr. Pedro Caetano, a Câmara elegeu Sandoval Alcântara para assumir a Prefeitura entre os anos 1949 e 1951, contribuindo com a primeira rua calçada de Ubatã e com a instalação de iluminação a lampião.

Com a expansão político-social e comercial de Ubatã, houve um enorme desejo de separação do município de Rio Novo. Assim, a união de alguns emancipadores como Flávio Gonçalves Dias, Auto Marques, Osmar Oliveira, Leônidas Pereira de Oliveira (Nidinho), Hamilton Fernandes Mota e Hermiro Ribeiro, resultou na entrada da carta de emancipação com o apoio dos deputados Moutinho Dourado, Nelson David Ribeiro e Aloísio de Castro.

Em 12 de dezembro de 1952, por força do Decreto Estadual, o pedido de emancipação foi aprovado pelo governador da Bahia, Régis Pacheco. Porém, o processo foi dificultado pelo município de Ipiaú ao apelar pela sentença.

Em contrapartida, Sandoval Alcântara foi nomeado pelo grupo emancipatório como representante da comunidade, viajando até a capital federal da época, Rio de Janeiro, a fim de derrubar o apelo da sentença no Tribunal Superior.

Dessa forma, em 26 de setembro de 1953, a Carta foi promulgada, dando a Ubatã a categoria de cidade. Até ocorrer a sua primeira eleição, Arnaldo Azevedo foi nomeado interventor, e em 15 de novembro de 1953, Sandoval Fernandes Alcântara foi eleito o primeiro prefeito, e Adroaldo Fernandes Alcântara, o presidente da Câmara de vereadores de Ubatã.[9]

Prefeitura Municipal de Ubatã

Prefeitos a partir de 15 de novembro de 1953

Fonte:[10]

  1. Sandoval Fernandes Alcântara
  2. Osmar Fernandes de Oliveira
  3. Hamilton Fernandes Mota
  4. Jalmiro Rocha e Silva
  5. Sandoval Alcântara
  6. Almir Clementino Muniz
  7. Androsil Rocha e Silva
  8. Almenisio Braga Lopes
  9. Androsil Rocha e Silva( Cassado)
  10. Gleide José de Santana (Vice-prefeito empossado)
  11. Edson Neves da Silva
  12. Almenisio Braga Lopes
  13. Adailton Ramos Magalhães
  14. Adailton Ramos Magalhães (Reeleito e afastado)
  15. Agilson Santos Muniz (Vice-prefeito empossado)
  16. Agilson Santos Muniz (Eleito em 2008 e cassado em 2010)
  17. Edson Neves da Silva (assumiu após cassação de Agilson Santos Muniz e foi afastado)
  18. Rita de Cássia Alves Mascarenhas (Presidente da câmara - assumiu a vaga de Edson Neves)
  19. Siméia Queiroz de Souza
  20. Siméia Queiroz de Souza ( Reeleita )
  21. Vinícius do Vale de Souza "Tinho"

Curiosidades

Conta-se que Manoel de Hermógenes foi o primeiro a chegar às margens do Rio de Contas com quatro foices, quatro facões, quatro pás, quatro enxadas, um barril de pólvora, um de chumbo e um saco de sal, dando todo o material à um comerciante do distrito de Orojó, chamado José Antônio Fernandes, por interesses comerciais. Após pouco tempo de assentamento, Manoel de Hermógenes pegou estrada. Por volta de 1909, Severiano Costa e seu irmão (nome desconhecido) chegaram para desbravar a mata, originando assim, o primeiro nome do povoado, Dois Irmãos. Eram comerciantes e produtores de farinha de mandioca, além de serem os pioneiros na plantação de roças de cacau.[9]

Geografia

O Município de Ubatã apresenta como coordenadas 14°12’50’’S de latitude, 39°31’22’’W de longitude,[11] ocupando uma área territorial de 177.643 km2. Está localizado a 348 km da capital baiana e a 1.378 km da capital federal,[12] e têm como cidades limites Barra do Rocha, Gongogi, Ibirapitanga e Ibirataia.

Clima

O clima em Ubatã é um clima tropical, com uma temperatura média de 23.7°C e variação de 4.1°C ao longo do ano. A pluviosidade média anual é de 971 mm, sendo maior no verão do que no inverno.

Setembro é o mês mais seco do ano, com precipitação de 55 mm. E Novembro, o mês de maior precipitação com uma média de 112 mm. Já em relação ao mais quente é o mês de Março, e o mais frio, Julho, com temperaturas médias de 25.2°C e 21.1°C respectivamente.[13]

Território e Ambiente

Ubatã está localizado no Território de Identidade Médio Rio de Contas, e seu principal bioma é a Mata Atlântica.

Em 2011, foi registrado pelo Projeto GeografAR, dados indicando que o município de Ubatã é uma das cinco comunidades pesqueiras artesanais do território Rio de Contas. Além disso, há uma significativa concentração de estabelecimentos de agricultura familiar. Em relação à pecuária extensiva, a cidade apresenta cerca de 2.844 cabeças de gado, não sendo muito expressivo nesse quesito.[14]

Economia

De acordo com os dados estatísticos do ano de 2018, o salário médio mensal dos trabalhadores formais era de 1.5 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 7.3%. E apresenta um PIB per capita de 7.204,87.[7]

O município de Ubatã tem como principal setor econômico o setor agrícola. O cultivo de cacau é predominante na economia, porém, em comparação com as últimas décadas, sua produção foi reduzida devido a ocorrência dos fungos nos cacauais – chamada vassoura de bruxa.[9]

O segmento agroindustrial do município tem uma participação relevante na produção de polpas de frutas. Ubatã conta com duas importantes fábricas, Santa Rosa e Nutricau. A primeira existente há mais de 30 anos, a segunda atuante desde 1983, e ambas contribuem economicamente para a cidade, sendo de grande referência regional.[15] A Santa Rosa, por exemplo, aparece no ranking das 100 maiores empresas de frutas na Bahia.[16]

Educação

A educação escolar em Ubatã apresenta como dados 94.5% de taxa de escolarização na faixa entre 6 e 14 anos de idade.[7] Apresenta 17 instituições públicas de ensino vinculadas à pré-escola, 22 ao fundamental, e 1 no médio. De acordo com o IDEB, em 2019 a nota dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública foi 4.0, e a nota dos anos finais foi 2.9, ambas, além de não atingir a meta determinada, tiveram queda.[17]

Referências

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