Real (moeda brasileira)

moeda oficial da República Federativa do Brasil

O Real, (ISO 4217: BRL, abreviado como R$[4]) oficialmente Real Brasileiro, é a moeda corrente oficial do Brasil.[5] Após sucessivas trocas monetárias, o Brasil adotou o real em 1 de julho de 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu uma moeda estável para o país. Foi implantado no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, depois eleito presidente da República. Quando o Real foi lançado, em 1 de julho, o ministro da Fazenda já era Rubens Ricupero, uma vez que FHC já tinha saído para desincompatibilizar-se e ter o direito de se candidatar a Presidente da República.

Real
Dados
Código ISO 4217BRL
Usado Brasil
Inflação4,82% novembro de 2023)[1]
Sub-unidade

1100: centavos
SímboloR$
PluralReais
MoedasR$ 0,01 (inativa, com curso legal),[2] R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50, R$ 1,00
NotasR$ 1 (inativa, com curso legal),[3] R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100, R$ 200
Banco centralBanco Central do Brasil
www.bcb.gov.br
FabricanteCasa da Moeda do Brasil
www.casadamoeda.gov.br

O real é a 16.ª moeda mais negociada no mundo, é a segunda mais negociada na América Latina e quarta mais negociada nas Américas.[6] Estima-se que hoje existam mais de oito milhões de moedas perdidas do real.[7] O real é a moeda oficial brasileira, porém, o Banco Central do Brasil permite circulação de moedas privadas e moedas sociais no país, emitidas por bancos comunitários, desde que estas circulem apenas localmente e, sejam lastreadas pela moeda oficial.[8] Portanto, para cada moeda privada/social emitida, o banco comunitário emissor deve possuir R$ 1,00 em caixa.[8]

No dia 2 de setembro de 2020, entrou em circulação a nova cédula, no valor de R$ 200,00, a qual é de maior valor em circulação. A justificativa para tal valor foi o chamado "entesouramento" de dinheiro em espécie feito pelas pessoas durante a pandemia de COVID-19, ou seja, menor circulação de cédulas.[9][10]

História

Surgido de uma conjuntura de descontrole da inflação que gerava instabilidade econômica, pretendia-se uma moeda mais forte e merecedora de mais confiança do que suas predecessoras, filhas de outros planos econômicos que não vingaram. O nome escolhido, "real", coincide com o nome da primeira moeda do Brasil (plural: réis), moeda essa utilizada pelo império de Portugal em todas as suas colônias.

Diferentemente das moedas que haviam circulado anteriormente, o real não traz na sua nota personalidades da história nacional, mas sim animais da fauna brasileira. A explicação é a que famílias das pessoas homenageadas nas notas, como a de Mário de Andrade, já haviam reclamado das homenagens.[11] Além disso, como a moeda precisava ser cunhada rapidamente, e não havia tempo hábil para negociar com as famílias, optou-se pela solução mais rápida: os animais.[11] Diversas opções foram pensadas, tais como a piranha, o tucunaré, o lambari e o lobo-guará.[11] Por fim, foram escolhidos o beija-flor, garça, arara, onça-pintada e a garoupa.

O Real fora concebido em três fases, a partir de meados de 1993: primeiro, um plano de ajuste fiscal, com o Plano de Ação Imediata (PAI) e, posteriormente, o Fundo Social de Emergência (FSE), que, além de desvincular obrigações da União para com os demais entes da Federação, previstas na Constituição de 1988, desejava, segundo as palavras do governo, criar um dispositivo que financiasse programas sociais (daí origina-se o nome do fundo); segundo, a criação da Unidade Real de Valor (URV), que tinha como papel servir apenas como unidade de conta, enquanto o Cruzeiro Real permanecia em circulação, como unidade de valor e meio de pagamento; e, por último, a partir de 1º de julho de 1994, entra em operação a moeda Real, que, finalmente, substituiria o Cruzeiro Real nas suas duas funções remanescentes.[12][13]

A moeda foi criada pela Medida Provisória que instituiu o Plano Real, inicialmente em regime cambial fixo em relação a um conjunto de moedas liderado pelo dólar dos Estados Unidos. Isto significava que o real tinha um teto e um piso previamente definido para que o valor da moeda flutuasse. Caso a cotação chegasse ao teto, o Governo se comprometia a vender dólares e forçar queda de cotação. O inverso acontecia quando a cotação atingia o piso. Contudo, surpreendendo muitos, o real valorizou-se logo após ser lançado. Depois de um curto período de valorização no final de 1994 e início de 1995, quando real chegou a valer 1,20 USD (câmbio comercial, 31 de março de 1995), o controle do Banco Central resultou numa desvalorização gradual da moeda, de 1 R$ : 1 USD em 1995 para cerca de 1,2 : 1 no final de 1998.[14]

Em janeiro de 1999, entretanto, a crise financeira decorrida da crise financeira asiática em 1997, da quebra da Rússia em 1998, e da crise financeira argentina, levou o Banco Central do Brasil a abandonar o modelo de câmbio semifixo e a deixar o câmbio flutuar livremente. A súbita desvalorização do real no início de 1999, de 1,2 : 1 para quase 2,0 : 1 marcou o fim da absoluta previsibilidade do câmbio.[15] Entre 1999 e 2003 o câmbio evoluiu de maneira irregular mas geralmente no sentido de desvalorização, atingindo a cotação mínima de 3,9 R$ : 1 USD no final de 2002. Em seguida a tendência geral se inverteu, e em 2006 o câmbio havia retornado ao patamar de 2,2 : 1. Desde essa época o câmbio flutuou ao redor de 2 reais para 1 dólar até meados de 2015.[14][16] Em 28 de julho de 2023, a divisa atingia o valor de R$ 5,72, utilizando-se da cotação PTAX.[17]

Plano Real

Moeda de 1 real comemorativa de 25 anos do Plano Real, que trouxe estabilidade para a economia brasileira após anos de hiperinflação.
Frente de uma cédula de cem reais, lançada em 1994.

Plano Real[18] foi um programa brasileiro com o objetivo de estabilização e reformas econômicas, iniciado em 27 de fevereiro de 1994 com a publicação da medida provisória número 434, implantado no governo Itamar Franco. Tal medida provisória instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu regras de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia, e determinou o lançamento de uma nova moeda, o real.[19]

O programa foi a mais ampla medida econômica já realizada no Brasil e tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava o país. Utilizou-se de diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, época do lançamento da nova moeda. A idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.[20]

O presidente Itamar Franco autorizou que os trabalhos se dessem de maneira irrestrita e na máxima extensão necessária para o êxito do plano, o que tornou o Ministro da Fazenda no homem mais forte e poderoso de seu governo, e o candidato natural à sua sucessão. Assim, Fernando Henrique, que estivera à frente do Ministério entre maio de 1993 e março de 1994, elegeu-se Presidente do Brasil em outubro do mesmo ano.[20]

Segundo o economista brasileiro João Sayad, o sucesso político dos planos de estabilização, em especial o do Plano Real, o único de longa duração, pode ser atribuído à volta de uma ordem econômica e não à simples extinção do "imposto inflacionário".[21] Mostrou-se um dos mais eficazes da história, reduzindo a inflação (objetivo principal), ampliando o poder de compra da população, e remodelando os setores econômicos nacionais.

Notas

Primeira família

A cédula de um real deixou de ser produzida no final de 2005, entretanto continua em circulação. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda.[22]

As cédulas de 2 e 20 reais foram lançadas em 2001 e 2002 respectivamente, para segundo o Banco Central gastar menos da produção de notas, ampliar as variedades de cédulas e facilitar o troco. Antes disso apenas circulavam no Brasil apenas as cédulas nos valores de R$ 1,00, R$ 5,00, R$ 10,00, R$ 50,00 e R$ 100,00.

Vale ressaltar que todas as cédulas da 1ª Família do Real continuam valendo, sendo substituídas gradualmente pelas suas versões mais recentes.

AnversoReversoValorDescriçãoPeríodo de Produção
1 realFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Beija-flor.
Dimensões: 140 x 65 mm.
1994-2005[23]
2 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Tartaruga de pente.
Dimensões: 140 x 65 mm.
2001-2013
5 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Garça
Dimensões: 140 x 65 mm.
1994-2013
10 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Arara
Dimensões: 140 x 65 mm.
1994-2012[24]
20 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Mico-leão-dourado
Dimensões: 140 x 65 mm.
2002-2012[24]
50 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Onça pintada
Dimensões: 140 x 65 mm.
1994-2010
100 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Garoupa
Dimensões: 140 x 65 mm.
1994-2010

Segunda família

No dia 3 de fevereiro de 2010, o Banco Central anunciou que lançaria a segunda família das notas do real. As cédulas passaram a ter tamanhos diferentes, aumentando de acordo com o seu valor, além de novos elementos de segurança e marcas táteis em relevo. As mudanças, segundo o Banco Central, ocorreram para deixar o real uma moeda mais forte e segura, preparando-a para demanda de uso internacional, devido ao fortalecimento da economia brasileira.[25][26] A moeda começou a ser fabricada pela Casa da Moeda em agosto de 2010. As notas de R$ 50,00 e de R$ 100,00 começaram a circular no dia 13 de dezembro de 2010. As notas de R$ 20,00 e R$ 10,00, entraram em circulação a partir de 23 de julho de 2012, e as de R$ 5,00 e R$ 2,00 em 29 de julho de 2013.[27][28][29] Em 29 de julho de 2020, o Banco Central anunciou o lançamento da nota de duzentos reais, com a escolha do lobo-guará para estampa do verso; a nova nota foi apresentada pelo BC no dia 2 de setembro do mesmo ano.[30]

AnversoReversoValorDescriçãoCirculação
2 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Tartaruga de pente
Dimensões: 121 x 65 mm.
2013–atual[31]
5 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Garça
Dimensões: 128 x 65 mm.
2013–atual[31]
10 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Arara
Dimensões: 135 x 65 mm.
2012–atual
20 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Mico-leão-dourado
Dimensões: 142 x 65 mm.
2012–atual
50 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Onça pintada
Dimensões: 149 x 70 mm.
2010–atual
100 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Garoupa
Dimensões: 156 x 70 mm.
2010–atual
200 reaisFrente: Efígie da República, interpretada como uma escultura.
Verso: Lobo-guará
Dimensões: 142 x 65 mm.
2020–atual[32]

Cédula comemorativa

Em 24 de abril de 2000 foi lançada uma cédula comemorativa de 10 reais, contendo a efígie de Pedro Álvares Cabral, o mapa "Terra Brasilis", um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha e uma rosa dos ventos, além de cinco naus da expedição de Cabral, elementos decorativos de azulejos portugueses, linhas sinuosas e representações da Cruz da Ordem de Cristo, todos temas alusivos ao Descobrimento do Brasil.[33]

AnversoReversoValorAnoMaterialDescrição
10 reais2000Polímero (plástico)Frente: Efígie de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil.
Reverso: Versão estilizada do mapa do Brasil, com quadros ressaltando a pluralidade étnica e cultural do país.

Moedas

Segunda família de moedas do real

Estão em circulação duas famílias de moedas do real, a primeira emitida de 1994 a 1997 é toda em aço inoxidável e a segunda é composta de tipos diferenciados de metal e acabamento para facilitar a identificação.

Após a adoção do real, na tentativa de se facilitar o troco, foi colocada em circulação no dia 30 de setembro de 1994 a moeda de 25 centavos, então inédita no Brasil, uma vez que nos padrões anteriores a moeda intermediária entre os valores de 10 e 50 centavos tinha o valor de 20 centavos.

Uma das curiosidades desta moeda e que a destaca das demais é o fato dela ter um campo heptagonal inscrito na circunferência da moeda, além do anverso o valor sobre uma alegoria em ondas e reverso com a efígie representativa da República, ladeada pela inscrição "BRASIL".

Na parte inferior, há o ano de cunhagem.

Primeira família

A primeira família é composta de um anverso-padrão, contendo o valor entre ramos de louro estilizados e o ano da cunhagem. O reverso possui a Efígie da República ao lado de ramo de louros. Abaixo da alegoria há o dístico "BRASIL", presente em todas as moedas desde o século XVII.

Todas as moedas continuam em circulação, exceto as de um real de aço inoxidável, que foram retiradas em 23 de dezembro de 2003 devido a alto índice de falsificações.

CaraCoroaValorDescrição
1 centavoMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição "BRASIL".
Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos "centavo" e o correspondente ao ano de cunhagem.
Obs.: A moeda de um centavo deixou de ser fabricada pela Casa da Moeda do Brasil em dezembro de 2004][35][36]
5 centavosMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição "BRASIL".
Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos "centavos" e o correspondente ao ano de cunhagem.
10 centavosMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição "BRASIL".
Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos "centavos" e o correspondente ao ano de cunhagem.

Obs.: Há uma edição comemorativa do 50 anos da FAO para esta moeda

25 centavosMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: No centro, a efígie representativa da República, ladeada pela inscrição "BRASIL". Na parte inferior, dístico correspondente ao ano de cunhagem.
Reverso: Linhas sinuosas de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido do dístico "centavos".
Obs.: Há uma edição comemorativa do 50 anos da FAO para esta moeda.

50 centavosMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição "BRASIL".
Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos "centavos" e o correspondente ao ano de cunhagem.
1 realMetal: Aço inoxidável[34] (borda lisa).
Anverso: À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição "BRASIL".
Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos "real" e o correspondente ao ano de cunhagem. Obs.: Essa moeda saiu de circulação em 23 de dezembro de 2003.[37]

Segunda família

A segunda família teve o desenho escolhido pela população em concurso realizado pelo Banco Central e foi concebida pela Casa da Moeda do Brasil. Todas as moedas estão em circulação.

O anverso segue um padrão comum a todas as moedas, composto do valor e alegoria estilizada em alusão à Bandeira Nacional. Abaixo, em baixo relevo, é indicado o ano da cunhagem.

CaraCoroaValorDescrição
1 centavoMetal: Aço revestido com cobre (borda lisa).[38]
Reverso: Pedro Álvares Cabral, navegador português responsável pelo descobrimento do Brasil, e caravela portuguesa.
Obs.: A moeda de um centavo deixou de ser fabricada pela Casa da Moeda do Brasil em dezembro de 2004.[35][36]
5 centavosMetal: Aço revestido com cobre (borda lisa).[38]
Reverso: Tiradentes, triângulo representando a bandeira do movimento que viria a ser conhecido como Inconfidência Mineira, atual bandeira do estado de Minas Gerais.
10 centavosMetal: Aço revestido com bronze (borda serrilhada).[38]
Reverso: Imperador D. Pedro I reproduzindo o fato histórico do Grito do Ipiranga, marco oficial da Independência do Brasil, baseado na pintura a óleo de Pedro Américo.
25 centavosMetal: Aço revestido com bronze (borda serrilhada).[38]
Reverso: Marechal Deodoro da Fonseca, 1º Presidente do Brasil, e Armas Nacionais da República Federativa do Brasil.
50 centavosMetal: 1998–2001: Cuproníquel;[38] 2002–: Aço inoxidável[38] (ambas com inscrição na borda "ORDEM E PROGRESSO").
Reverso: Barão do Rio Branco, diplomata responsável pela definição das fronteiras do Brasil, e alegoria representando seu feito.
1 realMetal: 1998–2001: cuproníquel (núcleo) e alpaca (anel);[38] 2002–: aço inoxidável (núcleo) e aço revestido de bronze (anel) [38](ambas com serrilha intermitente na borda).[38]
Reverso: Efígie da República, interpretada como uma escultura, alegorias marajoaras e dístico "BRASIL".

Moedas comemorativas

O real possui várias emissões de moedas comemorativas. Elas se dividem em dois tipos, de circulação comum e especiais em estojo, voltada para colecionadores.

ImagemValorAnoMetalAcabamentoTema
2 reais1994Prata 925Proof300 anos da Casa da Moeda
4 reais1994Prata 925ProofTetracampeonato de Futebol
20 reais1994Ouro 900ProofTetracampeonato de Futebol
3 reais1995Prata 925Proof30 anos do Banco Central do Brasil
10 centavos1995Aço inoxidávelCirculação comum50 anos da FAO
25 centavos1995Aço inoxidávelCirculação comum50 anos da FAO
2 reais1995Prata 925ProofHomenagem a Ayrton Senna
20 reais1995Ouro 900ProofHomenagem a Ayrton Senna
3 reais1997Prata 925ProofCentenário da Cidade de Belo Horizonte
1 real1998Alpaca e
cuproníquel (bimetálica)
Circulação comum50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
5 reais2000Prata 999Proof500 anos do descobrimento do Brasil
20 reais2000Ouro 900Proof500 anos do descobrimento do Brasil
1 real2002[39]Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)[39]
Circulação comum[39]Centenário de Juscelino Kubitschek[39]
2 reais2002Prata 999ProofCentenário de Juscelino Kubitschek
20 reais2002Ouro 900ProofCentenário de Juscelino Kubitschek
5 reais2002Prata 999ProofPentacampeonato Mundial de Futebol
20 reais2002Ouro 900ProofPentacampeonato Mundial de Futebol
2 reais2002Prata 999ProofCentenário de Carlos Drummond de Andrade
20 reais2002Ouro 900ProofCentenário de Carlos Drummond de Andrade
2 reais2003Prata] 925ProofCentenário de Ary Barroso
20 reais2003Ouro 900ProofCentenário de Ary Barroso
2 reais2003Prata 925ProofCentenário de Candido Portinari
2 reais2004Prata 925ProofCentenário da FIFA
20 reais2004Ouro 900ProofCentenário da FIFA
1 real2005[40]Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)[40]
Circulação comum[40]40 anos do Banco Central do Brasil[40]
2 reais2006Prata 925Proof100 anos do voo do 14-bis
2 reais2007CuproníquelProofXV edição dos Jogos Pan-Americanos
5 reais2007Prata 925ProofXV edição dos Jogos Pan-Americanos
5 reais2008Prata 925/1000Proof200 da chegada da Família Real ao Brasil
2 reais2008CuproníquelProof100 anos da imigração japonesa no Brasil
5 reais2010Prata 925/1 000ProofCopa do Mundo da África do Sul
5 reais[41]2010[41]Prata 925/1 000[41]Proof[41]50 anos da inauguração de Brasília[41]
5 reais2011Prata 925/1 000Proof300 anos da cidade de Ouro Preto
5 reais2012Prata 925/1 000ProofEntrega da Bandeira Olímpica
1 real2012Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)
Circulação comumEntrega da Bandeira Olímpica
5 reais2012Prata 999/1 000ProofAno Internacional das Cooperativas
5 reais2012Prata 925/1 000ProofGoiás - Patrimônio da Humanidade - UNESCO
1 Real2014Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)
Circulação comumJogos Olímpicos de Verão de 2016
1 Real2015Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)
Circulação comumJogos Paralímpicos de Verão de 2016
5 Reais2014Prata 925/1 000ProofJogos Olímpicos de Verão de 2016
10 Reais2014Ouro 900/1 000ProofJogos Olímpicos de Verão de 2016
1 Real2015Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)[40]
Circulação comum[40]50 anos do Banco Central do Brasil[40]

1 Real2019Aço inoxidável (núcleo) e
aço revestido de bronze (anel)
Circulação comumcomemoração dos 25 anos do plano real

Além de moedas comemorativas, a casa da moeda imprimiu até agora uma série comemorativa de cédulas apenas.

Conversão para moedas anteriores

Ver artigo principal: Lista de moedas do Brasil

Para ilustrar a desvalorização da unidade monetária brasileira da época do império até a instituição do real, a lista a seguir apresenta o montante necessário para se obter R$ 1,00 (um real) em cada uma das unidades monetárias instituídas no Brasil se a conversão entre elas ainda fosse possível:[carece de fontes?]

  • Cruzeiro real: CR$ 2 750 (dois mil e setecentos e cinquenta cruzeiros reais)
  • Cruzeiro (1990–1993): Cr$ 2 750 000 (dois milhões e setecentos e cinquenta mil cruzeiros)
  • Cruzado novo: NCz$ 2 750 000 (dois milhões e setecentos e cinquenta mil cruzados novos)
  • Cruzado: Cz$ 2 750 000 000 (dois bilhões e setecentos e cinquenta milhões de cruzados)
  • Cruzeiro (1970–1986): Cr$ 2 750 000 000 000 (dois trilhões e setecentos e cinquenta bilhões de cruzeiros)
  • Cruzeiro novo: NCr$ 2 750 000 000 000 (dois trilhões e setecentos e cinquenta bilhões de cruzeiros novos)
  • Cruzeiro (1942–1967): Cr$ 2 750 000 000 000 000 (dois quatrilhões e setecentos e cinquenta trilhões de cruzeiros)
  • Réis: 2 750 000 000 000 000:000$000 (dois quatrilhões e setecentos e cinquenta trilhões de contos de réis, sendo que 1 conto de réis é igual a 1 milhão de réis)

Precificação de produtos com três dígitos depois da vírgula

O sistema monetário do Real prevê, para depois da vírgula, apenas duas casas de unidade monetária. É por isso que a menor moeda em circulação é a de 1 centavo. Porém, é comum ver alguns produtos aparecem precificados com até três casas de unidade monetária. Ou seja, o milésimo de um real.[42] Por conta disso, se um produto aparecer precificado como R$ 0,045; ele deverá ser lido como quarenta e cinco milésimos de real.[42]

Os únicos produtos que se tem notícia que foram vendidos no país em que o preço era cobrado com três dígitos após a vírgula eram a Gasolina, o Etanol, o Diesel e o GNV.[43] Esta prática era legal, pois estava regulamentada pela Portaria n.° 30, de 6 de julho de 1994, do extinto Departamento Nacional de Combustíveis (DNC).[44] A justificativa estava no fato de as unidades de medida, quando da compra e venda pelo revendedor, serem diferentes (a negociação para a compra é feita em metros cúbicos (m³), enquanto a venda ao consumidor é feita em litros (l)).[43] Manter as três casas decimais neste caso evitava que os postos de gasolina arredondassem o preço para cima, e assim obtivessem lucro em cima essa conversão.[43] Em 7 de maio de 2022, porém, essa portaria foi extinta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com a justificativa de "deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, além de estar alinhado com a expressão numérica da moeda brasileira".[45]

Ver também

Referências

Ligações externas

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