Xfce

Ambiente de trabalho para sistemas Linux

Xfce (pronunciado como quatro letras individuais)[4] é um ambiente de trabalho gráfico livre, executado sobre o sistema de janelas X em sistemas Unix, seus derivados e Linux. O Xfce pretende ser rápido e leve, enquanto ainda é visualmente atraente e fácil de usar e incorpora a filosofia UNIX tradicional de modularidade e reutilização.

Xfce
Logótipo
Xfce
Captura de tela
Xfce
Janelas de configuração do Xfce 4.10
AutorOlivier Fourdan
DesenvolvedorVários colaboradores[1]
Lançamento1996 (27–28 anos)
Versão estável4.18[2][3] (15 de dezembro de 2022; há 16 meses)
Sistema operacionalMulti plataforma
Gênero(s)Ambiente gráfico
LicençaGPL, LGPL e Licença BSD
Página oficialwww.xfce.org

Consiste em pacotes separados que juntos fornecem todas as funções do ambiente de trabalho, mas podem ser selecionadas em subconjuntos para atender às necessidades e preferências dos usuários. Outra prioridade da Xfce é a adesão aos padrões, especificamente aqueles definidos no freedesktop.org.[5]

Características

O projeto foi fundado por Olivier Fourdan e é atualmente desenvolvido por vários colaboradores.

Assim como GNOME 2, o Xfce utilizava a biblioteca GTK+2 para fazer a interface com o usuário, o que os tornam ligeiramente parecidos. A partir da versão 4.14, o Xfce usa o GTK+ 3.[6]

A atual versão, 4.16, é modular e reutilizável como as anteriores. É composto por diversos componentes que combinados fornecem um ambiente de trabalho completo podendo funcionar em hardware com poucos recursos.[7]

Ele usa o gerenciador de janelas Xfwm. Sua configuração é inteiramente orientada por mouse, com os arquivos de configuração escondidos do usuário casual. O Xfce não possui nenhuma animação de área de trabalho, mas o Xfwm é compatível com a composição.[8]

Devido à sua modularidade, os componentes podem não ser usados todos em conjunto e podem ser combinados com outros ambientes. É possível usar aplicações do GNOME ou KDE, sem instalar esses ambientes. No caso de aplicações GNOME, por usarem as mesma bibliotecas, a integração é boa.

O projeto tem vindo a afirmar-se como plataforma de desenvolvimento. É possível desenvolver aplicações em C/C++, Python e Perl recorrendo às bibliotecas oferecidas pelo ambiente.

História

Em 1997, Olivier Fourdan cria a primeira versão do Xfce, que era uma painel feito com um toolkit chamado XForms e que deu origem ao seu nome, que significava XForms Common Environment, mas posteriormente o Xfce foi reescrito e não usa mais o XForms, mesmo assim o acrônimo Xfce continuou sendo usado, agora sem nenhum significado específico.[9]

Em 1998, ele lança a versão 2.0, adicionando a Xfwm, o gerenciador de janelas do Xfce.

Olivier tenta incluir Xfce no Red Hat Linux, mas não pôde, devido à licença proprietária, na época, do XForms. Então, na versão 3.0, Xfce é reescrito em GTK+, um toolkit popular utilizado no GIMP. A partir da versão 3.0, a licença do Xfce passa a ser GPL.[10]

Em 2003, Xfce 4.0 é lançado, adicionando suporte ao GTK+ 2.[11]

Em fevereiro de 2015 o Xfce 4.12 é lançado adicionando suporte ao GTK+ 3.[12]

Em agosto de 2019 o Xfce 4.14 é lançado.[6]

Em dezembro de 2020 o Xfce 4.16 é lançado.[13]

Componentes do Xfce

Tela da versão 4.4.0 com recursos visuais avançados do gerenciador Xfwm

Abaixo, a lista das aplicações que formam o núcleo do ambiente:

  • Xfwm4: o gerenciador de janelas do Xfce;
  • xfce4-session: gestor de sessão, grava as definições de sessão, entrada e saída de sessão e encerramento;
  • xfdesktop: apresenta os ícones no desktop, imagem de fundo e menu de aplicações;
  • xfce4-panel: apresenta os painéis para o menu e lançadores de programas, assim como extensões;
  • xfconf: sistema de cliente-servidor para guardar as definições;
  • xfce4-settings: para alterar as configurações, faz uso do xfconf;
  • Thunar: o gerenciador de arquivos;
  • xfce4-appfinder: localiza aplicações e executa comandos, substitui o xfrun4 das versões anteriores.
Whisker Menu, menu do Xfce

Aplicações opcionais para diversos fins:

  • Mousepad: editor de texto;
  • xfce4-terminal: emulador de terminal;
  • xfce4-mixer: permite alterar o volume do som;
  • Midori: navegador web que usa o WebKit;
  • Orage: calendarização de acontecimentos;
  • Xfburn: gravador de CD e DVD;
  • Ristretto: aplicação para visualizar imagens;
  • Parole: leitor multimédia baseado no Gstreamer.

Bibliotecas do projeto:

  • libxfce4ui: essencial para a interface gráfica;
  • libxfce4util: funções variadas;
  • exo: biblioteca essencial;
  • garcon: biblioteca para o menu segundo o Freedesktop.org.

Requisitos mínimos

O Xfce requer poucos recursos[14]:

DistribuiçãoRAMEspaço livre em disco
Linux Lite[15]768 MB (1 GB recomendados para uso confortável)8 GB (recomendado pelo menos 20 GB)
Linux Mint Xfce[16]1 GB (2 GB recomendados para uso confortável)15 GB (recomendado pelo menos 20 GB)
MX Linux[17]512 MB (2 GB recomendados para uso confortável)5 GB (recomendado pelo menos 10 GB)
Xubuntu[18]512 MB (2 GB recomendado para uso confortável)8 GB (recomendado pelo menos 20 GB)

Distribuições com suporte ao Xfce

Existe um número considerável de distribuições que incluem atualmente o Xfce como seu ambiente gráfico por padrão e muitas outras que o colocam como alternativa aos seus ambientes principais, no total já são cerca de 100 distribuições com Xfce.[19][20] Algumas distribuições que incluem o Xfce como o ambiente de trabalho automaticamente:

Galeria

Ver também

Referências

Ligações externas