Ataque em Cabul em maio de 2017

O Ataque em Cabul em maio de 2017 ocorreu no dia 31 de maio, quando um caminhão-bomba explodiu em uma área de alta segurança, perto do Palácio Presidencial, de várias embaixadas e edifícios do governo, deixando ao menos 90 mortos e 460 feridos.[2][3][4] A agência de inteligência do Afeganistão alegou que a explosão foi planejada pela Rede Haqqani com a ajuda do ISI do Paquistão.[5][6] Embora nenhum grupo tenha reivindicado a responsabilidade, o Talibã é o principal suspeito, mas negaram o envolvimento e condenaram o ataque.[1][7][8]

Ataque em Cabul em maio de 2017
LocalEmbaixa da Alemanha, Cabul, Afeganistão
Coordenadas34° 31′ 52,9″ N, 69° 10′ 43,8″ L
Data31 de maio de 2017
8:25h (UTC+4:30)
Tipo de ataqueCarro-bomba
Arma(s)Caminhão bomba
Mortes90[1]
Feridos460[1]

Contexto

Cabul é ocupada pelo governo afegão apoiado pela OTAN, embora tanto o Talibã como o Estado islâmico tenham sido capazes de lançar ataques destrutivos sobre a capital nos meses precedentes.[9][10]

Referindo-se ao conflito mais amplo, em abril, os talibãs anunciaram uma nova ofensiva, dizendo que seu principal foco seria as forças estrangeiras.[11] Os Estados Unidos estão considerando enviar tropas adicionais para o Afeganistão para ajudar a estabilizar o país.[12]

Em 30 de maio de 2017, Haji Farid, parente próximo de Gulbuddin Hekmatyar, foi assassinado em Peshawar, no Paquistão, por homens armados desconhecidos. O Talibã negou o envolvimento no assassinato. Hekmatyar e seus seguidores estão contra a presença de estrangeiros no Afeganistão.[13]

Ataque

Um homem-bomba conduziu caminhão limpa-fossa que foi preenchido com 1 500 kg de explosivos e depois os detonou.[14] A explosão ocorreu às 8:25, hora local durante a hora do pico, em uma das áreas mais movimentadas da cidade de Cabul, perto da Praça Zanbaq e da embaixada alemã.[15] Além das embaixadas da Bulgária,França, Índia, Japão, Turquia e Emirados Árabes Unidos, bem como a sede da OTAN, sofreram sérios danos. Mais de 50 veículos foram destruídos ou danificados.[10] A maioria das vítimas eram civis.[10]

A explosão criou uma cratera com cerca de sete metros de profundidade.[16]

Reação

País

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, condenou "fortemente o ataque e o classificou como covarde, por ter sido feito no mês sagrado do Ramadã mirando civis inocentes em seu cotidiano".[17]

Após esse atentado, sendo considerado um dos piores que já aconteceram no país, várias pessoas foram às ruas nessa sexta feira (2) protestar contra o governo afegão, que tem sido incapaz de deter vários ataques que ocasionaram centenas de vítimas nos últimos meses. Eles pediam a renúncia do governo do presidente Ashraf Ghani. Á medida que o protesto ia ficando mais tenso e manifestantes iam entrando em confronto com a tropa de choque, a tropa de choque respondia com gás lacrimogêneo e canhões d'água para impedir que os manifestantes tivessem acesso a rua que leva ao palácio presidencial. A manifestação ocasionou a morte de 4 pessoas e várias ficaram feridas, segundo uma Autoridade de um Hospital de Emergência da cidade.[18]

Internacional

O ministro alemao Sigmar Gabriel descreveu o ataque como "desprezível".[17]

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, condenou o ataque escrevendo pelo Twitter. "Nossos pensamentos estão com as famílias dos falecidos e orações com os feridos".[17]

A chancelaria do Paquistão também condenou o ataque. "Paquistão, sendo a vítima do terrorismo, entende a dor e a agonia que tais incidentes infligem às pessoas e á sociedade."[17]

Referências