Canato da Mongólia

canato na Mongólia Exterior de 1911–1924


O Canato da Mongólia ou Mongólia Autônoma[2][3] ou Mongólia de Bogd Cã[4] foi o período entre 1911 a 1924, com um interregno entre 1919 e 1920, durante o qual a Mongólia foi um canato independente sob a forma de governo teocrático.

Mongólia
Монгол улс

Canato da Mongólia

1911 – 1924
 

FlagBrasão
BandeiraBrasão
Hino nacional
Зуун лангийн жороо луус (Séculos de Povo de Rebanhos de Prata)


Localização de Canato de Bogd
Localização de Canato de Bogd
Mongolia em 1914
ContinenteÁsia
RegiãoÁsia Central
PaísMongólia
CapitalNiislel Khüree (moderno Ulã Bator)
Língua oficialMongol
ReligiãoBudismo
Governomonarquia absoluta, teocrática[1]
 • 1911 - 1924Bogd Cã
Primeiro-ministro
 • 1912 - 1919Shirindambyn Namnansüren
 • 1919-1920Gonchigjalzangiin Badamdorj
Período históricoSéculo XX
 • 29 de dezembro de 1911Mongólia Exterior declara sua independência da Dinastia Qing
 • 7 de junho de 1915Tratado de Kyakhta (1915)
 • 23 de novembro de 1919Revogação do acordo com a República da China, posterior ocupação e abolição da autonomia da Mongólia pela República da China
 • Outubro de 1920Invasão de Roman Ungern von Sternberg
 • 11 de junho de 1921Estabelecimento do governo revolucionário popular
 • 26 de novembro de 1924Estabelecimento da República Popular
MoedaDólar mongol

Em 29 de dezembro de 1911, os Khalkhas da Mongólia Exterior declararam sua independência da Dinastia Chingue, e instalaram um líder teocrático, o 8ª Jebtsundamba Khutuktu, como Bogd Cã ou "Santo Imperador".[5] Isto marcou o início do período do Canato de Bogd[6] ou Mongólia Teocrática.[7]

Três correntes históricas trabalharam durante este período. A primeira foi a dos mongóis que se esforçaram para formar um estado independente e teocrático que abraçaria a Mongólia Interior, Barga (também conhecido como Hulunbuir), e Tannu Uriankhai ("pan-Mongólia"). A segunda foi a determinação da Rússia czarista para atingir um duplo objetivo de estabelecer a sua própria esfera de influência no país, mas, ao mesmo tempo garantir a autonomia da Mongólia, não uma independência, dentro do Estado chinês. O terceiro foi o último sucesso dos chineses com a eliminação da autonomia e restauração da soberania do país.

Revolução Nacional Mongol de Libertação de 1911

Em 2 de fevereiro de 1913, o Canato de Bogd enviou cavalarias mongóis para libertar a Mongólia Meridional da China. A Rússia se recusou a vender armas para o Canato de Bogd e o czar russo Nicolau II chamou-o como "O Imperialismo Mongol". 10.000 cavaleiros da Mongóis e sul-mongóis libertaram quase todo o sul da Mongólia, no entanto, o Exército mongol recuou devido à falta de armas em 1914. A Mongólia perderia o seu território do sul, em 1915.

Referências