Coreanos

grupo étnico originário da Península Coreana e Manchúria

Os coreanos (em coreano: 한국인) são um grupo étnico originário da Península Coreana e Manchúria.[11]

Coreanos
한국인
Bandeira da unificação coreana
Mapa da diáspora coreana ao redor do mundo.
População total

80 000 000 (est.)[1]

Regiões com população significativa
 Coreia do Sul50 062 000 (2009 est.)[2]
 Coreia do Norte24 051 218 (2009 est.)[3]
 China2 336 771[4]
 Estados Unidos2 102 283[4][5]
 Japão904 512[4]
 Canadá223 322[4]
 Rússia222 027[4][6]
 Austrália203 633[4]
 Uzbequistão175 939[4]
 Filipinas115 400[4]
 Cazaquistão103 952[4]
 Vietnã88 120[4]
 Dinamarca15 000[4]
 Brasil50 000[4]
 Reino Unido45 295[4]
 Tailândia40 370[4]
 Ucrânia35 000[7]
 Indonésia31 760[4]
 Alemanha31 248[4]
 Nova Zelândia30 792[4]
 Argentina22 024[4]
 Quirguistão19 420[4]
 França14 738[4]
 Malásia14 580[4]
 Singapura13 509[4]
 Hong Kong13 288[8]
 México12 072[4]
 Guatemala9 921[4]
 Índia8 337[4]
 Suécia7 000[4]
 Paraguai5 229[4]
Línguas
coreana
Religiões

Maioria:
IrreligiãoMinorias:
Cristianismo BudismoXamanismo

Cheondoísmo[9][10]

Etimologia

Os sul-coreanos chamam a si próprios de Hanguk-in (Coreano: 한국인; Hanja: 韓國人) ou simplesmente Han-in (Coreano:한인; Hanja: 韓人; em tradução literal "pessoas grandes") ou como Hanguk-saram (Coreano: 한국 사람).

Os norte-coreanos se denominam Chosŏn-in (Coreano: 조선인) ou Chosŏn-saram (Coreano: 조선 사람).

Origens

Estudos linguísticos e arqueológicos

Os coreanos são descendentes dos povos da Ásia Oriental.

Evidências arqueológicas sugerem que os ancestrais dos coreanos eram migrantes da Manchúria e sul da Sibéria que migraram e se fixaram na Península Coreana em sucessivos deslocamentos do Neolítico à Idade do Bronze.[12][13][14] Ao migrarem para o extremo sul da península, por volta de três mil anos atrás, os coreanos acabaram por expulsar os povos falantes de línguas japônicas para o arquipélago japonês (originando o povo japonês moderno) e os que permaneceram na Coreia acabaram por ser assimilados à língua e cultura coreana.[15][16]

O mesmo modelo de sepultura é um indicativo de quem tenha vivido ali. A maior concentração de dolmen no mundo está na Península Coreana. Estima-se que existam cerca de 35.000 dolmens, aproximadamente 40% do total encontrado no mundo. Dolmens semelhantes podem ser encontrados fora da Coreia, nomeadamente na Manchúria, Shandong e Kyushu, mas ainda é incerto o porquê dessa cultura florescer de forma tão intensa apenas na Península Coreana, em comparação ao Nordeste da Ásia.

Estudos genéticos

Estudos do polimorfismos no cromossomo Y humano produziram evidências de que o povo coreano possui uma longa história como um grupo étnico endogâmico com sucessivos deslocamentos de pessoas para a península e três Haplogrupos maiores do cromossoma Y.[17]

Diferenças regionais

Existem diferenças regionais, culturais e políticas entre os coreanos, assim como ocorrem entre outras etnias.

Na Coreia do Sul, a mais importante diferença regional é entre a região Yeongnam, que engloba as províncias de Gyeongsangbuk-do e Gyeongsangnam-do à sudeste e a região Honam, abrangendo as províncias Jeollabuk-do e Jeollanam-do à sudoeste. Essa rivalidade regional remonta aos Período dos Três Reinos que durou do século IV ao século VII, onde os reinos de Goguryeo, Baekje e Silla lutaram pelo controle da península.

Observadores notaram que são raros os casamentos inter-regionais desde que as duas áreas foram separadas. A partir de 1990, uma nova estrada de quatro pistas foi concluída em 1984 entre Gwangju e Daegu, as capitais de Jeollanam-do e Gyeongsangbuk-do, teve um pequeno sucesso na integração entre as duas áreas.

A elite política da Coreia do Sul, incluindo os presidentes Park Chung-hee, Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo são, na sua maioria, da região de Yeongnam. Como resultado, a região possui uma atenção especial de recursos do governo para o desenvolvimento, em contraste com a região de Honam, que permaneceu predominantemente rural e com menor desenvolvimento.

Cultura

As Coreias do Norte e do Sul possuem uma herança em comum; porém, devido à divisão da Coreia desde 1945, resultaram em algumas divergências na cultura moderna.

A sociedade coreana é muito homogênea, já que 98% dos seus habitantes são etnicamente coreanos. Ainda que continue sendo mínima, a população de habitantes não coreanos tem aumentado.[18]

Língua

Ver artigos principais: Língua coreana e Hangul

A língua das pessoas coreanas é a Língua coreana, que utiliza o Hangul como sistema de escrita principal. Existem cerca de 78 milhões de pessoas que falam o coreano ao redor do mundo.[19]

Religião

Em 2005, quase metade da população sul-coreana expressou que não tinha preferência religiosa.[20] Dos restantes, a maioria são cristãos e budistas; a população em 2010 era dividida em: 43,1% cristã (18,3% protestantes, 10,9% católicos e 13,9% de outras denominações cristãs) e 22,8% eram budistas.[21][22] Outras religiões praticadas no país incluem o islã e vários outros novos movimentos religiosos, como o jeungismo, o daesunismo, o cheondoísmo e o budismo won.

O budismo foi introduzido na Coreia no ano 372 d.C. por missionários chineses.[23] Segundo o censo nacional de 2005, no país existiam mais de dez milhões de budistas.[22]

O islã conta com pouco mais de trinta mil seguidores nativos, além de mais de cem mil estrangeiros provenientes de países muçulmanos,[24] especialmente do Paquistão e do Bangladesh.[25]

Ver também

Referências

Bibliografia

  • 서의식 and 강봉룡. 뿌리 깊은 한국사, 샘이 깊은 이야기: 고조선, 삼국, ISBN 89-8133-536-2
  • Barnes, Gina. The Rise of Civilization in East Asia: the Archaeology of China, Korea and Japan, ISBN 0-500-27974-8