Guerra do Kosovo

conflito armado no Kosovo em 1998–1999

O termo Guerra do Kosovo ou Conflito do Kosovo é usualmente empregado para descrever dois conflitos armados e seguidos na província sérvia.

Guerra de Kosovo
Dissolução da Iugoslávia;
Conflito sérvio-albanês;
Guerras iugoslavas
Data26 de Fevereiro de 1998 – 10 de Junho de 1999[1]
LocalKosovo, Sérvia, República Federal da Iugoslávia
DesfechoTratado de Kumanovo
Retirada militar da Iugoslávia
Sérvia mantêm soberania
Administração temporária das Nações Unidas
Revolução Bulldozer (2000)
Beligerantes
Exército de Libertação do Kosovo
FARK
Apoiado por:
Albânia Albânia[2]

Forças da OTAN:
 Estados Unidos
 Reino Unido
 Alemanha
 França
 Itália
 Canadá
Portugal Portugal
Espanha
 Dinamarca
 Noruega[3]
 Turquia[4]
 Países Baixos
 Bélgica
e outras forças aéreas, marítimas e terrestres da OTAN
KFOR
Sérvia e Montenegro República Federal da Iugoslávia
Comandantes
Adem Jashari
Sylejman Selimi
Agim Çeku
Tahir Zemaj (FARK)
Wesley Clark
Javier Solana
Sérvia e Montenegro Slobodan Milošević
Dragoljub Ojdanić
Vlastimir Đorđević
Sreten Lukić
Nebojša Pavković
Vladimir Lazarević
Goran Radosavljević
Forças
9 000-40 000 (1999)[5]
5 000-30 000 (1998)[6]
30 000 (2003)[7]
3 000 FARK (1999)[8]
80 aviões da OTAN[9]
97 000 tropas (1998)[10]
80 000 milicianos (1998)[10]
Baixas
1998-2005:
4 000 a 12 000 mortos[7]
200 000 deslocados[7]
+ 1 700 militares mortos em combate com o ELK
+ 1 200 mortos por forças aéreas e navais da OTAN

Estes conflitos foram:

História

Antecedentes

Mapa de Kosovo.

A tensão entre separatistas de origem albanesa e o governo central da Iugoslávia, liderado pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao longo de 1998. Guerrilheiros do Exército de Libertação do Kosovo(ELK)[12] intensificaram as suas acções contra alvos sérvios e passaram a controlar partes da província. A reação de Belgrado despertou preocupação na comunidade internacional, como suspeitas de atrocidades por parte do exército Iugoslavo.

Reunião na França

Ver artigo principal: Conferência de Rambouillet

Apesar de Milosevic ter decretado cessar-fogo em dezembro daquele ano, a violência continuou. Um grupo de contacto entre sérvios, líderes da comunidade albanesa em Kosovo e representantes das principais potências mundiais foi formado para negociar um acordo de paz que colocasse fim aos conflitos entre os guerrilheiros do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan Milosevic. O tratado previa a autonomia de Kosovo, a retirada das forças sérvias da província e a presença de tropas de paz, sob o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte, para monitorar o acordo caso ele entrasse em vigor.

A reunião realizada em fevereiro de 1999, na região no castelo de Rambouillet, na França, fracassou.[13] Os diplomatas sérvios aceitavam conceder autonomia ao Kosovo,[14] mas essa fora rejeitada pelos independentistas albaneses.[15] Inversamente, os sérvios recusavam a presença da OTAN no território, a qual era desejada pelos albaneses.[16]

Início da guerra da OTAN contra Belgrado

Após fracassar as negociações de paz sobre o conflito separatista, a Otan atacou a Iugoslávia em 24 de março 1999,[17][18] dando início à Guerra do Kosovo. A Otan exigia que Milosevic aceitasse as bases do acordo de paz de Rambouillet.[19] A ofensiva começa com ataques a alvos militares, mas a estratégia ampliou ações contra estúdios de televisão, pontes, fábricas e o sistema de electricidade da Sérvia.

Fim da guerra

Prédio do Exército destruído na "Operação Força Aliada".

Após 79 dias de bombardeios, em 3 de Junho de 1999, os líderes ocidentais e Milosevic chegaram a acordo para o fim da guerra: as tropas sérvias iriam retirar-se e permitir o estacionamento de uma força internacional de paz no Kosovo.[20] Em 10 de Junho, a cúpula militar da Iugoslávia assinou o acordo para encerrar o conflito.[21][22]

Após a entrada das tropas da OTAN em Kosovo, foi instaurado um governo provisório, sob tutela da ONU. A maioria dos soldados do exército iugoslavo deixou a província, e ao mesmo tempo em que refugiados de origem albanesa iniciaram retorno ao território,[23] cerca de 200 mil sérvios fugiram para a Sérvia[24] por temerem represálias.[25]

Ver também

Referências

Ligações externas