Saltar para o conteúdo

Creative Commons

Esta é uma versão em áudio do artigo. Clique aqui para ouvi-lo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre a organização. Para as licenças publicadas pela organização, veja Licenças Creative Commons.
Creative Commons
Creative Commons
FundadoresLawrence Lessig
Tipoorganização não governamental
Fundada2001
MatrizMountain View, California, Estados Unidos
Pessoas-chaveCatherine Casserly, CEO
FocoExpansão de direitos de autor flexível e "razoável"
MétodoLicenças Creative Commons
Sítiohttp://creativecommons.org/

Creative Commons é uma organização não governamental sem fins lucrativos localizada em Mountain View, na California, voltada a expandir a quantidade de obras criativas disponíveis, através de suas licenças que permitem a cópia e compartilhamento com menos restrições que o tradicional todos direitos reservados. Para esse fim, a organização criou diversas licenças, conhecidas como licenças Creative Commons.A organização foi fundada em 2001 por Larry Lessig, Hal Abelson, e Eric Eldred[1] com apoio do Centro de Domínio Público. O primeiro conjunto de licenças copyright foi lançado em dezembro de 2002.[2] Creative Commons é governado por um conselho de diretores e um conselho técnico. Joi Ito é atualmente o coordenador do conselho e CEO.[3] Creative Commons tem sido abraçada por muitos criadores de conteúdo, pois permite controle sobre a maneira como sua propriedade intelectual será compartilhada. Alguns criticam a ideia acusando-a de não ser suficientemente abrangente.

Finalidade das licenças Creative Commonseditar código-fonte

As licenças Creative Commons foram idealizadas para permitir a padronização de declarações de vontade no tocante ao licenciamento e distribuição de conteúdos culturais em geral (textos, músicas, imagens, filmes e outros), de modo a facilitar seu compartilhamento e recombinação, sob a égide de uma filosofia copyleft.

As licenças criadas pela organização permitem que detentores de copyright (isto é, autores de conteúdos ou detentores de direitos sobre estes) possam abdicar em favor do público de alguns dos seus direitos inerentes às suas criações, ainda que retenham outros desses direitos. Isso pode ser operacionalizado por meio de um sortimento de módulos-padrão de licenças, que resultam em licenças prontas para serem agregadas aos conteúdos que se deseje licenciar.

Os módulos oferecidos podem resultar em licenças que vão desde uma abdicação quase total, pelo licenciante, dos seus direitos patrimoniais, até opções mais restritivas, que vedam a possibilidade de criação de obras derivadas ou o uso comercial dos materiais licenciados.

História do projetoeditar código-fonte

A filosofia inerente às licenças Creative Commons encontra antecedentes na Open Publication License (OPL), na GNU General Public License (GPL) e na GNU Free Documentation License (GFDL). A GFDL foi criada precipuamente para o licenciamento de documentação de projetos de software, mas passou também a ser utilizada em outros projetos (como a Wikipedia).

As licenças Creative Commons, no entanto, diferenciam-se de tais iniciativas por não incluírem necessariamente dentre os direitos disponibilizados ao público (conforme o tipo de licença que se esteja a tratar) a possibilidade de manipulação do conteúdo por meio de código aberto. Tais licenças, nestas hipóteses, acabam permitindo unicamente a livre manipulação, distribuição, compartilhamento e replicação destes conteúdos.

O projeto Creative Commons foi lançado oficialmente em 2001. Lawrence Lessig, professor da Universidade de Stanford, fundador e presidente da Creative Commons, começou a organização como um método adicional de conseguir os objetivos do seu caso no Supremo tribunal, Eldred v. Ashcroft.

A primeira proposta de licenças Creative Commons[4] foi publicada em 16 de Dezembro de 2002.

O projeto foi premiado com o Golden Nica Award[5] no Prix Ars Electronica[6] na categoria "Net Vision" em 2004.

Em maio de 2009 a Wikipédia passou a ser licenciada duplamente pelo Creative Commons e pela GFDL[7]No Dia 29 de Janeiro de 2010, Lawrence Lessig e Ronaldo Lemos lançou no Brasil a versão 3.0 das licenças na Campus Party Brasil.[8]

Outras informações relevanteseditar código-fonte

A entidade disponibiliza ainda metadados RDF/XML, que descrevem as licenças de forma a tornar mais fácil localizar e processar em rede obras licenciadas pelo padrão da entidade.

Implicações legaiseditar código-fonte

Originalmente, as principais licenças Creative Commons foram redigidas levando em consideração o modelo legal norte-americano (derivado do common law). A partir da versão 3.0, as licenças passaram a ser redigidas de acordo com a legislação internacional sobre direitos autorais, como as Convenções de Berna e Roma. Isso faz com que possam se integrar facilmente às legislações dos países que participam dessas convenções, como é o caso do Brasil.

Ainda que se considere que as licenças são meros contratos-padrão entre o autor e o público, usar tais modelos sem levar em consideração as leis locais poderia tornar as licenças inutilizáveis. Por essa razão, a entidade desenvolveu o projeto iCommons (International Commons), visando uniformizar a redação das licenças por ela disponibilizadas, de acordo com as especificidades normativas de cada país.

No Brasil, as licenças já se encontram traduzidas e totalmente adaptadas à legislação brasileira. O projeto Creative Commons é representado no Brasil pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

O Ministério da Cultura do Brasil incorporou, em 2003, a licença Creative Commons em suas políticas e projetos, com o objetivo de possibilitar maior circulação das obras criadas sob o patrocínio do governo federal. A Ministra Ana de Hollanda, que assumiu a pasta da Cultura em janeiro de 2011, retirou o selo da licença do site do ministério sob a alegação de que a legislação de direito autoral do país já contempla a liberação de conteúdo. A atitude da ministra tem gerado grande polêmica no País sobre a necessidade e a pertinência dessas licenças criativas alternativas.[9][10]

Em Portugal, as licenças estão também adaptadas à legislação portuguesa, sendo o projeto de adaptação capitaneado pela Universidade Católica Portuguesa, UMIC e INTELI.

Atualmente, as licenças Creative Commons já foram adaptadas às legislações nacionais de mais de 30 países, tais como França, Alemanha, Itália, Espanha e outros.

Tipos de licençaeditar código-fonte

Ver artigo principal: Licenças Creative Commons

Há sete grandes licenças da Creative Commons:[11]

SímboloDescriçãoSiglaCultura do remixPermissão de uso comercialDefinição de Obras Culturais LivresOpen Definition
CC0 iconLibera conteúdo globalmente sem restriçõesCC0SimSimSimSim
CC-BY iconAtribuiçãoBYSimSimSimSim
CC-BY-SA iconAtribuição + CompartilhaIgualBY-SASimSimSimSim
CC-by-NC iconAtribuição +NãoComercialBY-NCSimNãoNãoNão
CC-BY-ND iconAtribuição +SemDerivaçõesBY-NDNãoSimNãoNão
CC-BY-NC-SA iconAtribuição + NãoComercial + CompartilhaIgualBY-NC-SASimNãoNãoNão
CC-BY-NC-ND iconAtribuição + NãoComercial + SemDerivaçõesBY-NC-NDNãoNãoNãoNão

Projetos e obras que utilizam as licenças Creative Commonseditar código-fonte

Desde o lançamento do projeto, o crescimento do catálogo de obras audiovisuais e textuais licenciados por um ou outro tipo de licença Creative Commons, foi exponencial. Alguns dos mais conhecidos projetos licenciados com as licenças CC incluem, exemplificativamente:

Ver tambémeditar código-fonte

Referências

Ligações externaseditar código-fonte

Ouça o artigo (info)

noicon
Este áudio foi criado a partir da revisão datada de 7 de julho de 2008 e pode não refletir mudanças posteriores ao artigo (ajuda).
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
WikiquoteCitações no Wikiquote
WikisourceTextos originais no Wikisource
CommonsImagens e media no Commons
WikiversidadeCursos na Wikiversidade
🔥 Top keywords: Main PageSpecial:SearchIndian Premier LeagueWikipedia:Featured picturesPornhubUEFA Champions League2024 Indian Premier LeagueFallout (American TV series)Jontay PorterXXXTentacionAmar Singh ChamkilaFallout (series)Cloud seedingReal Madrid CFCleopatraRama NavamiRichard GaddDeaths in 2024Civil War (film)Shōgun (2024 miniseries)2024 Indian general electionJennifer PanO. J. SimpsonElla PurnellBaby ReindeerCaitlin ClarkLaverne CoxXXX (film series)Facebook2023–24 UEFA Champions LeagueYouTubeCandidates Tournament 2024InstagramList of European Cup and UEFA Champions League finalsJude BellinghamMichael Porter Jr.Andriy LuninCarlo AncelottiBade Miyan Chote Miyan (2024 film)