Capela Sistina

Notória capela nos Museus do Vaticano mais conhecida pelo teto pintado por Michelangelo no século XVI

A Capela Sistina (em latim: Sacellum Sixtinum; em italiano: Cappella Sistina), dedicada a Maria Assunta ao Céu[1], é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade-Estado do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Rafael, Perugino e Sandro Botticelli[2].

Capela Sistina
Capela Sistina
Interior e nave da Capela Sistina
Tipo
Estilo dominanteClássico
ArquitetoBaccio Pontelli
Início da construção1473
Fim da construção1481
ReligiãoCatolicismo
DioceseDiocese de Roma
Ano de consagração15 de agosto de 1483 (540 anos)
WebsitePágina oficial
Altura
  • 21 metro
Geografia
País Vaticano
Coordenadas41° 54' 11" N 12° 27' 16" E

A capela, erigida por Giovannino de Dolci[3], tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482, e em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção[4].

Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido[5].

A Capela Sistina é o espaço onde os cardeais se reúnem para escolher um novo papa, após uma renúncia ou morte, quando acontece uma "votação secreta" para a eleição do novo pontífice, e que acontece praticamente da mesma maneira desde o Século XIII[5].

Contexto histórico

Ver artigo principal: Renascimento

A virada do Quattrocento para o Cinquecento foi um dos momentos mais marcantes para a história da arte ocidental. A Itália, com epicentro em Florença, deu ao mundo uma tal gama de geniais artistas que parece milagrosa. "Não há como explicar a existência do gênio. É preferível apreciá-lo", diz Gombrich,[6] tentando entender por que tantos grandes mestres nasceram no mesmo período.

Sisto IV, por Melozzo da Forlì.

A Capela Sistina é um dos locais mais propícios para aquilatar a dimensão desta explosão criativa. Para a sua feitura concorreram os maiores nomes de que dispunha a Itália no momento.

Sisto IV, como parte da política que empreendia para o restabelecimento do prestígio e fortalecimento do papado, convocou a Roma os maiores artistas da Itália. Florença era o centro de excelência até então. De lá e da Úmbria vieram os maiores nomes, fato que deslocaria para Roma a capitalidade cultural, que atingiria o zênite algumas décadas depois, com a eleição de Júlio II para ocupar a Cátedra de São Pedro.Para a história da cultura o significado do projeto e construção da Sistina é imenso, juntamente com as demais obras encomendadas por Sisto IV. Não somente porque marca o deslocamento da capitalidade cultural para Roma, mas por se tratar do ciclo pictórico de maior relevo da Itália no final do século XV, "constituindo além disso um documento inapreciável para observar as virtudes e os limites da pintura do Quattrocento".[7]

Com exceção de Ghirlandaio, os pintores que nela assinalaram seus talentos avançam com a sua obra no século seguinte e os gênios que mudaram os rumos da pintura no período estão todos estreitamente relacionados com eles: Ghirlandaio fora mestre de Michelangelo; Rafael aprendiz de Perugino; e pelo atelier de Verrocchio passaram Leonardo, Perugino e Botticelli.

Mais que um liame entre o Quattrocento e o Cinquecento, esta geração de artistas "representa um ponto final, a constatação de uma crise. Algo que ficará manifesto pelo fato de que tanto Leonardo como Michelangelo construíram em boa medida suas respectivas linguagens sobre a negação da deles".[7]

Arquitetura e decoração

Baccio Pontelli foi o autor do projeto arquitetônico para a construção da capela. Este florentino era um dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística que Sisto IV efetuava em Roma, tendo realizado dezenas de obras públicas[8].

Vista externa da Capela Sistina do alto da Basílica de São Pedro.
A Criação de Adão de Michelangelo.

No projeto, construído com a supervisão de Giovannino de Dolci entre 1473 e 1484, emprestaram seus dons: Perugino, Botticelli, Ghirlandaio, Rosselli, Signorelli, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Bartolomeo della Gatta, Rafael e outros. Coroando este festival, alguns anos depois, um dos maiores gênios artísticos de todos os tempos: Michelangelo Buonarroti.

As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma é retangular medindo 40,93 m de longitude, 13,41 m de largura e 20,70 m de altura. Os numerosos artistas vestiram o seu interior, esculpindo e pintando as suas paredes, transformando-a em um estupendo e célebre lugar conhecido em todo o mundo pelas maravilhosas obras de arte que encerra[8].

Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalharam Mino de Fiesole, Giovanni Dalmata e Andrea Bregno, divide a capela em duas partes desiguais. Os mesmos artistas levaram a cabo a construção do coro.

Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam três níveis:

  • o primeiro nível, junto ao chão em mármore - que, em alguns setores, apresenta o característico marchetado cosmatesco - simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna, está o coro;
  • o intermediário é onde figuram os afrescos, narrando os episódios da vida de Cristo e de Moisés. A cronologia inicia-se a partir da parede do altar, onde se encontravam, antes da feitura do Juízo Final de Michelangelo, as primeiras cenas e um retábulo de Perugino representando a Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a capela;
  • o nível mais alto, onde estão as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram alocadas as imagens dos primeiros papas.

Afrescos

Ver artigo principal: Teto da Capela Sistina

Afrescos inspirados em cenas do Antigo e do Novo Testamento decoram as paredes laterais, assim como o teto.

A Entrega das Chaves a São Pedro - Perugino.

Precisamente, na parede esquerda, a partir do altar, estão as cenas do Antigo Testamento a representar:

  • 1 – Moisés a caminho do Egito e a circuncisão de seus filhos, obra de Pinturicchio;
  • 2 – Cenas da Vida de Moisés, de Botticelli;
  • 3 – Passagem do Mar Vermelho, de Cosimo Rosselli;
  • 4 – Moisés no Monte Sinai e a Adoração do Bezerro de Ouro, de Rosselli;
  • 5 – A Punição de Korah, Natan e Abiram, de Botticelli;
  • 6 – A Morte de Moisés, de Lucas Signorelli.

Na parte direita, também a partir do altar, as cenas do Novo Testamento:

  • 1 – O Batismo de Jesus, de Pinturicchio;
  • 2 – Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, de Botticelli;
  • 3 – Vocação dos Apóstolos, de Ghirlandaio;
  • 4 – Sermão da Montanha, de Rosselli;
  • 5 – A Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino;
  • 6 – A Última Ceia, de Rosselli.

Entre as janelas, seis de cada lado, figuram 24 retratos de papas, pintados por Botticelli, Ghirlandaio e Fra Diamante. Na abóbada estão os famosos afrescos de Michelangelo, pintados entre 1508 e 1512. O mesmo artista realizaria entre os anos de 1535 e 1541, na parede do altar, o Juízo Final.

Rafael realizou uma série de tapeçarias que, em ocasiões especiais, vestem as paredes.

Ver artigo principal: Cartões de Rafael

As cenas de Botticelli

Botticelli, o talentoso discípulo de Filippino Lippi, exercia seu ofício em Florença. Chamado a Roma por Sisto IV para a decoração da capela, ali executou entre 1481 e 1482 alguns afrescos: A Punição de Korah, Dathan e Abiram; Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso e Cenas da Vida de Moisés[9].

Cenas da Vida de Moisés, afresco medindo 348 cm x 558 cm, é a obra mais complexa. Botticelli teve que se empenhar para entrelaçar os diversos episódios que ali figuram numa narrativa bem articulada.[10] O quadro tem certas irregularidades. É mais apreciado em virtude de detalhes isolados do que pelo conjunto. Os episódios estão narrados no Livro do Êxodo, capítulos II, III e XIII.

A Punição de Korah, medindo 348,5 cm x 570 cm, é a representação da narrativa contida no Livro dos Números, capítulo XVI, onde Korah, subleva 250 000 hebreus contra a autoridade de Moisés e de seu irmão Aarão.

Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, medindo 345,5 cm x 555 cm, ilustra as três tentações de Cristo no deserto e a cura do leproso narradas no Evangelho de Mateus, capítulos IV e VIII. No centro do quadro vê-se o edifício do Hospital do Santo Espírito mandado construir por Sisto IV.

O teto da Capela Sistina (Michelangelo)

Ver artigo principal: Teto da Capela Sistina
Vista do teto da Capela Sistina, projetada por Michelangelo

Na realização desta grandiloquente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho de Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu do Papa. Mas dedicou-se à tarefa e o fez com tanta maestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

Diagrama.

É difícil acreditar que tenha sido obra de um só homem, pois dispensara os assistentes que havia contratado inicialmente, insatisfeito com a produção destes, e que o mesmo ainda encontraria forças para retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.

A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço entremeado por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gênesis. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:

Assim como ocorre com parte da obra de Leonardo da Vinci, Benjamin Blech e Roy Doliner sugerem no seu livro Segredos da Capela Sistina que Michelangelo teria usado de criptografia para inscrever mensagens atacando o papado. O artista teria usado seus conhecimentos dos textos judaicos e cabalísticos, antagônicos à doutrina cristã estabelecida, para transmitir em sua pintura aquilo em que verdadeiramente acreditava.[11]

O Juízo Final (Michelangelo)

Ver artigo principal: Juízo Final
O Juízo Final.

A parede do altar foi destinada a conservar a maior pintura na qual Michelangelo dedicou, desde 1534, todo seu engenho e força: o Juízo Final.

O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os primeiros retratos de papas; a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da vida de Moisés. Uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e os afrescos das duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os ancestrais de Cristo.

A grandiosidade da personalidade do grande mestre se revela aqui, com toda sua potência, devido sobretudo à concepção e a força de realização da obra.

Aqui, o "Pai do Barroco", como querem alguns, já desnuda de forma marcante os novos rumos que o artista imprimira em sua arte. A liberdade em relação aos cânones anteriores,[12] da chamada Alta Renascença, manifesta-se na rigorosa maneira com que trata a figura humana.[13] O que o levaria a ser chamado o terribile por seus contemporâneos.[14]

Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos.

A ressurreição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a composição.

A polémica do restauro

No último quartel do século XX, obras empreendidas no teto da Capela Sistina no intuito de recuperar o brilho original do tempo de Michelangelo foram motivo de inúmeras controvérsias.[15][16]

Restauros vinham sendo feitos ao longo dos anos, e desde a década de 1960 já se trabalhava nos frescos mais antigos. O projeto mais audacioso, a cargo do restaurador Gianluigi Colalucci, iniciou-se em 1979 com a limpeza da parede do altar: o Juízo Final, de Michelangelo.

Durante este período a capela esteve fechada ao público que visita o Museu do Vaticano - cerca de três milhões de visitantes por ano - só voltando a ser reaberta em 8 de abril de 1994.[17]

Conclaves

Os Conclaves que foram realizados na Capela Sistina

ConclaveDatasDuraçãoCardeal EleitoPapa
Conclave de 149206/08-10/084 diasRodrigo BorgiaAlexandre VI
Conclave de setembro de 150316/08-16/0931 diasFrancesco Todeschini PiccolominiPio III
Conclave de outubro de 150331/10-01/111 diaGiuliano della RovereJúlio II, O.F.M.
Conclave de 151304/03-19/0315 diasGiovanni di Lorenzo de' MediciLeão X
Conclave de 1521-152227/12/1521-09/01/152213 diasAdriano Floriszoon BoeyensAdriano VI
Conclave de 152301/10-19/1149 diasGiulio di Giuliano de' MediciClemente VII
Conclave de 153411/10-13/102 diasAlessandro FarnesePaulo III
Conclave de 1549-155025/11-07/02/155074 diasGiovanni Maria Ciocchi Del MonteJúlio III
Conclave de abril de 155505/04-07/042 diasMarcelo CerviniMarcelo II
Conclave de maio de 155515/05-23/058 diasGian Petro CarafaPaulo IV, C.R.
Conclave de 155905/09-26/12112 diasGiovanni Angelo MediciPio IV
Conclave de 1565-156620/12/1565-07/01/156618 diasMichele GhislieriSão Pio V, O.P.
Conclave de 157212/05-13/051 diaUgo BoncompagniGregório XIII
Conclave de 158521/04-24/043 diasFelice PerettiSixto V, O.F.M.Conv.
Conclave de setembro de 159007/09-15/098 diasGiovanni Battista CastagnaUrbano VII
Conclave do outono de 159008/10-05/1258 diasNiccolò SfrondratiGregório XIV
Conclave de 159127/10-03/117 diasGiovanni Antonio FacchinettiInocêncio IX
Conclave de 159210/01-30/0120 diasIppolito AldobrandiniClemente VIII
Conclave de março de 160514/0301/0418 diasAlessandro Ottaviano de' MediciLeão XI
Conclave de maio de 160508/0516/058 diasCamilo BorghesePaulo V
Conclave de 162108/0209/021 diaAlessandro LudoviciGregório XV
Conclave de 162319/0706/0818 diasMaffeo BarberiniUrbano VIII
Conclave de 164409/0815/0937 diasGiovanni Battista PamphiljInocêncio X
Conclave de 165518/0107/0479 diasFabio ChigiAlexandre VII
Conclave de 166702/0620/0618 diasGuilio RospigliosiClemente IX
Conclave de 1669-167020/12/166929/04/1670130 diasEmilio AltieriClemente X
Conclave de 167602/0821/0950 diasBenedetto OdescalchiBeato Inocêncio XI
Conclave de 168923/0806/1044 diasPietro Voti OttoboniAlexandre VIII
Conclave de 169112/0221/07159 diasAntonio PignatelliInocêncio XII
Conclave de 170009/1023/1145 diasGiovanni Francesco AlbaniClemente XI
Conclave de 172131/0308/0538 diasMichelangelo dei ContiInocêncio XIII
Conclave de 172420/0329/0570 diasPietro Francesco OrsiniBento XIII, O.P.
Conclave de 173005/0307/0433 diasLorenzo CorsiniClemente XII
Conclave de 174018/0217/08181 diasProspero Lorenzo LambertiniBento XIV
Conclave de 175815/05-06/0752 diasCarlo della Torre RezzonicoClemente XIII
Conclave de 176915/0219/0593 diasGiovanni Vicenzo Antonio GanganelliClemente XIV, O.F.M.Conv.
Conclave de 1774-177505/10/177415/02/1775133 diasGiovanni Angelo BrachiPio VI
Conclave de 182302/0928/0926 diasAnnibale Sermattei della GengaLeão XII
Conclave de 182924/0231/0335 diasFrancesco Severino CastiglionePio VIII
Conclave de 1830-183114/12/183002/02/183150 diasBartolomeu Albert CappellariGregório XVI, O.S.B. Cam.
Conclave de 184614/0616/062 diasGiovanni Maria Mastai-FerrettiBeato Pio IX, O.F.S., A.S.C.
Conclave de 187818/0220/022 diasGioacchino Vicenzo Raffaele Luigi PecciLeão XIII, O.F.S.
Conclave de 190331/0704/084 diasGiuseppe Melchiorre SartoSão Pio X, O.F.S.
Conclave de 191431/0803/093 diasGiacomo della ChiesaBento XV, O.F.S.
Conclave de 192202/0206/024 diasAchille RattiPio XI, O.F.S.
Conclave de 193901/0302/031 diaEugenio PacelliPio XII, O.P.
Conclave de 195825/1028/103 diasAngelo Giuseppe RoncalliSão João XXIII, O.F.S.
Conclave de 196319/0621/062 diasGiovanni Battista MontiniSão Paulo VI, O.F.S.
Conclave de agosto de 197825/0826/081 diaAlbino LucianiJoão Paulo I
Conclave de outubro de 197814/1016/102 diasKarol Józef WojtyłaSão João Paulo II
Conclave de 200518/0419/041 diaJoseph Alois RatzingerBento XVI
Conclave de 201312/0313/031 diaJorge Mario BergoglioFrancisco, S.J.

Anatomia humana nos afrescos

Nas últimas décadas, médicos de diferentes áreas têm defendido a tese que, entre os afrescos, Michelangelo retratou órgãos humanos disfarçados entre as figuras. Em 1990, Frank Lynn Meshberger publicou um artigo no Journal of the American Medical Association, indicando a semelhança entre a cena A Criação de Adão a um corte do cérebro humano. Em 2000, o nefrologista Garabed Ekynoyan identificou um rim direito no manto da figura de Deus em A Separação das Águas da Terra. Em 2004, o médico Gilson Barreto e o químico Marcelo de Oliveira publicaram o livro A Arte Secreta de Michelangelo identificando um órgão diferente em cada uma das 38 cenas do afresco.[18]

Referências

Fontes

  • GILSON, Barreto e OLIVEIRA, Marcelo G. - Arte Secreta de Michelangelo - Uma Aula de Anatomia na Capela Sistina Editora ARX, 2004.
  • ARGAN, G. C. e FACIOLO, Maurizio. Guia de História da Arte. Lisboa: Estampa, 1992.
  • DURANT, Will. História da Civilização. São Paulo: CEN, 1957, vol. XII e XIII.
  • GOMBRICH, E. H.. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
  • HAUSER, Arnold. Maneirismo. São Paulo: Perspectiva, 1993.
  • HISTÓRIA GERAL DA ARTE. Pintura I. Madrid: Ediciones del Prado, 1995.
  • LARROUSSE DICIONARY of PAINTERS. Córdoba: Hamlyn
  • LEICHT, Hermann. História Universal da Arte. São Paulo: Melhoramentos, 1967, cap. 20 e 21.
  • ROMA y VATICANO. – Guia Ilustrado Kodak, s.d.
  • WADIA, Bettina. BOTTICELLI. Coleção Biblioteca de Arte. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1987.
  • WÖLFFLIN, Heinrich. Renascença e Barroco. São Paulo: Perspectiva, 2000.

Ligações externas

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