Cerco de Kobanî

Batalha

O Cerco de Kobanî foi uma batalha travada entre as forças do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ou EIIL) e combatentes do curdistão sírio pela cidade de Kobanî e regiões adjacentes. A luta se iniciou em setembro de 2014 quando os militantes do EIIL investiram contra a região, iniciando uma violenta batalha contra as milícias curdas.[22]

Cerco de Kobanî
Conflito no Curdistão sírio, Guerra Civil Síria

O centro da cidade de Kobanî sendo bombardeado por aviões da Coalizão.
Data15 de setembro de 201415 de março de 2015
LocalKobanî, distrito de Alepo, Síria
DesfechoVitória curda
  • Ofensiva do EIIL toma de assalto mais de 350 vilas e pequenas cidades na região de Kobanî;[1]
  • Em outubro de 2014, militantes do Estado Islâmico penetram na cidade e em novembro já controlavam 60% da região;[2]
  • Com ajuda de aviões bombardeiros ocidentais, as tropas curdas e da oposição síria retomam Kobanî em janeiro de 2015[3] e cerca de 50 vilarejos na área em fevereiro;[4]
  • Metade da cidade foi destruída durante os combates;[5]
  • O EIIL ainda controlava várias vilas ao redor de Kobanî,[6] até serem expulsos dessas regiões em abril de 2015;
Beligerantes
Curdistão sírio
Curdos iraquianos
Exército Livre da Síria
Apoio:
Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)
Comandantes
Salih Muslim Muhammad
Mayssa Abdo
Mahmud Berxwedan
Ismet Sheikh Hassan
Meryem Kobani
Abu Laith

Estados Unidos Barack Obama
Masoud Barzani
Abu Omar al-Shishani
Abu Ali al-Anbari
Abu Khattab al-Kurdi[7]
Sheikh Othman al-Nazeh
Sultan al-Safri al-Harbi
Forças
YPG:
1 500 – 2 000 (novembro de 2014)[8]
ELS:
300 (+200 de reforço)[9]
Peshmerga:
160[10]
EIIL: ~ 9 000[11][12]
30 – 50 tanques[13]
Baixas
YPG:
408 – 550 mortos[14]
ELS e Jabhat al-Akrad:
21 – 70 mortos[15]


32 - 46 civis mortos[3]
+ 400 000 refugiados[16]
1 196 – 1 696 mortos (segundo a OSDH)[17]
+ 2 000 mortos[18]
(+ 1 000 nos ataques aéreos, segundo os americanos)[19][20]
3 710 mortos, 16 tanques destruídos e 2 VANTs derrubados (segundo o YPG)[21]
Aviões americanos bombardeando forças do Estado Islãmico perto de Kobanî, em outubro de 2014.

Entre setembro e outubro de 2014, o Estado Islâmico já havia tomado, através de uma série de ofensivas terrestres, boa parte de Kobanî e das regiões vizinhas,[23] criando uma onda de mais de 300 000 refugiados, a maioria correndo para a Turquia. As milícias curdas e seus aliados tentaram manter a cidade,[24] recebendo mais tarde apoio do Exército Livre da Síria (ELS), do Peshmerga iraquiano e do PKK turco.[25] Ainda em setembro, os Estados Unidos e algumas nações árabes (como a Jordânia) iniciaram uma campanha de bombardeios aéreos em apoio aos curdos contra o EIIL.[26] Os bombardeios foram ficando mais intensos até o fim do ano, antes de reduzirem de tamanho.[27]

Após quatro meses de intensos combates, a 27 de janeiro de 2015, as milícias curdas, apoiadas por tropas do Exército Livre Sírio e da Peshmerga, anunciaram que as forças do Estado Islâmico haviam sido expulsas da cidade de Kobanî. Os americanos e países árabes deram apoio inestimável aos defensores da região, dando-lhes armas, além de realizar ataques aéreos esporádicos contra os islamitas. Contudo, militantes do EIIL ainda mantinham forte presença em vários vilarejos pela região.[28][29] Nas semanas seguintes, em áreas rurais ao redor de Kobanî e em vilas periféricas, os curdos continuaram combatendo os guerrilheiros do Estado Islâmico.[30][31] Ao fim de abril, a maioria dos últimos bolsões de resistência dos combatentes do EIIL foram tomados pelos curdos.[32]

Em junho de 2015, o Estado Islâmico atacou a cidade novamente. Cerca de 233 civis e dezenas de combatentes de ambos os lados morreram. Após quatro dias, os curdos expulsaram os islamitas novamente do seu território.[33][34]

Referências