Guadalupe

departamento ultramarino da França no Caribe
 Nota: Para outros significados, veja Guadalupe (desambiguação).

Guadalupe (em francês: Guadeloupe) é um departamento ultramarino da República Francesa nas Caraíbas (Caribe), constituído pela "ilha de Guadalupe", que é na realidade composta por duas ilhas, Basse-Terre e Grande-Terre, e ilhas próximas.


Guadalupe
Guadeloupe
Bandeira de Guadalupe
Brasão de armas de Guadaulpe
Brasão de armas de Guadaulpe
BandeiraBrasão
Hino nacional: A Marselhesa
noicon
Gentílico: guadalupense[1]

Localização de Guadalupe
Localização de Guadalupe

CapitalBasse-Terre
Cidade mais populosaPointe-à-Pitre
Língua oficialFrancês
• Presidente do Conselho RegionalAry Chalus
StatusDepartamento de ultramar 
• País França 
Área 
  • Total1628,4 km² (n/a.º)
População 
  • Estimativa para 2014403 750 hab. (n/a.º)
 • Censo 2006{{{população_censo}}} hab. 
 • Densidade250 hab./km² 
PIB (base PPC)
 • TotalUS$ 7,685 bilhões (n/a.º)
 • Per capitaUS$ 17 400 (83.º)
IDH (2016)0,850 (28.º) – muito alto
MoedaEuro
Fuso horário-4
Cód. Internet.gp
Cód. telef.+590

As fronteiras fazem-se, por mar, com a Dominica, a sul, com Monserrate a noroeste e com Antígua e Barbuda a norte.

Sua capital é Basse-Terre, sendo que a capital económica é Pointe-à-Pitre, onde se encontra a maioria do comércio, bem como o Port Autonome de la Guadeloupe.

Tem estatuto de região administrativa, assim como Martinica, Reunião, Maiote e Guiana Francesa.

Origem do nome

Seu nome atual foi dado por Cristóvão Colombo, que chamou-a de ilha de Santa Maria de Guadalupe, em 1493, em honra à Virgem Maria, venerada na cidade espanhola de Guadalupe, na Estremadura.

História

Ver artigo principal: História de Guadalupe

A ilha de Guadalupe foi descoberta por Cristóvão Colombo em 14 de novembro de 1493. Tornou-se colónia francesa em 1635.

A Revolução Francesa de 1789 trouxe o caos à ilha. Sob a nova lei revolucionária, pessoas de cor livres tinham direito a direitos iguais. Aproveitando a situação política anárquica, a Grã-Bretanha invadiu Guadalupe em 1794, à qual os franceses responderam enviando soldados liderados por Victor Hughes, que retomaram as terras e aboliram a escravidão.[2] No Reinado do Terror que se seguiu, mais de 1 000 colonos foram mortos.[3]

Em 1802, o Primeiro Império Francês restabeleceu o governo e a escravidão pré-revolucionárias, provocando uma rebelião de escravos liderada por Louis Delgrès.[2] As autoridades francesas responderam rapidamente, culminando na Batalha de Matouba em 28 de maio de 1802. Percebendo que não tinham chance de sucesso, Delgrès e seus seguidores cometeram suicídio em massa ao explodir deliberadamente suas lojas de pólvora.[4][5] Em 1810, os britânicos novamente tomaram a ilha, entregando-a à Suécia em 1813.[6] No Tratado de Paris no ano seguinte, a Suécia cedeu Guadalupe à França, dando origem ao Fundo de Guadalupe. Em 1816, o Tratado de Viena reconheceu definitivamente o controle francês de Guadalupe.[2]

É um departamento ultramarino francês desde 1946.

Política

A política de Guadalupe é organizada como a da França. Os prefeitos são eleitos pelo voto do povo, que também podem votar em vereadores e conselheiros regionais. Estes serão os deputados que irão representá-los na França e levar as queixas até o Chefe de Estado. A prefeitura do departamento fica em Basse-Terre.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Guadalupe
Imagem de satélite do grupo principal de Guadalupe
Localização das ilhas de Guadalupe

O território de Guadalupe é constituído por um grupo de ilhas:

A capital deste departamento ultramarino e região francesa, Basse-Terre, encontra-se no sul da ilha de Basse-Terre, no sopé do vulcão activo La Grande Soufrière.

Economia

Ver artigo principal: Economia de Guadalupe

A economia de Guadalupe vem tendo uma forte perda ultimamente. Isso ocorre pela taxa de desemprego (27% da força de trabalho) e pela sobreposição das importações pelas exportações (6% em 1996).

A agricultura é o motor da economia de Guadalupe. A cana-de-açúcar é o principal produto junto com a banana, Mas estes cultivos estão em crise. O cultivo de frutos e hortaliças não conseguem satisfazer as necessidades de 400 000 habitantes a cada ano, e Guadalupe tem de importar mais de dez mil toneladas de frutas e legumes anualmente.

O turismo parece ser o único setor da economia de Guadalupe a dar bons resultados. Em 2007 o fluxo de carros, navios, cruzeiros e hóspedes em hotéis aumentou positivamente. A maioria dos turistas é de origem francesa, italiana e belga.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia de Guadalupe

Em 1 de Janeiro de 2006, estimou-se que população de Guadalupe estava em 400 736 habitantes, enquanto que em 1999, Guadalupe tinha 386 566 habitantes. Nos últimos sete anos, o crescimento populacional foi de aproximadamente 3,67%.

A densidade populacional em 2006 era de 246 habitantes por km², e mais de um terço do território do arquipélago é dedicado à agricultura. As zonas montanhosas não são habitáveis e espaço para a habitação é escasso.

Cerca de 72% da população de Guadalupe são afro-caribenhos e pardos, 14% são indo-caribenhos, 9% têm origem europeia, 2% da população têm origem asiática, sendo uma significativa parcela de origem árabe. Hispânicos e outros representam cerca de 3% da população.

A língua oficial é o francês, e praticamente toda a população, exceto os recém-chegados da França metropolitana, também fala o crioulo antilhano (crioulo de Guadalupe).[7]

Cultura

A música de Guadalupe tem origem dos escravos do arquipélago. É uma música simples, tocado com um instrumento de percussão chamado "Gwo-Ka". Embora haja significativa mescla de culturas no arquipélago, a população é predominantemente católica.

Transportes

O território é servido pelo Aeroporto Internacional de Pointe-à-Pitre.

Referências

Ligações externas

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