Kyriákos Mitsotákis

Primeiro-ministro da Grécia

Kyriákos Mitsotákis (em grego Κυριάκος Μητσοτάκης; Atenas, 4 de março de 1968) é um político grego, primeiro-ministro da Grécia desde 2019 e, desde 2016, presidente do partido Nova Democracia, de centro-direita. É membro do Parlamento Helénico pelo círculo de Atenas B desde 2004 e foi, de 2013 a 2015, ministro da Reforma Administrativa e da Governação Eletrónica no governo de Antónis Samáras. Foi eleito líder da Nova Democracia, derrotando, por uma estreita vantagem, Vangelis Meimarakis, em 10 de janeiro de 2016.[1]

Kyriákos Mitsotákis
Κυριάκος Μητσοτάκης
Kyriákos Mitsotákis
Mitsotákis em 2021
20.º primeiro-ministro da Grécia
Período26 de junho de 2023 – presente
PresidenteKaterina Sakellaropoulou
Antecessor(a)Ioannis Sarmas
18.º primeiro-ministro da Grécia
Período8 de julho de 2019 – 24 de maio de 2023
PresidenteProkopis Pavlopoulos
Katerina Sakellaropoulou
Antecessor(a)Aléxis Tsípras
Sucessor(a)Ioannis Sarmas
Líder da Oposição grega
Período11 de janeiro de 2016
a 8 de julho de 2019
Antecessor(a)Ioannis Plakiotakis
Sucessor(a)Aléxis Tsípras
Presidente do Nova Democracia
Período11 de janeiro de 2016
a atualidade
Antecessor(a)Ioannis Plakiotakis (interino)
Ministro da Reforma Administrativa e da Governação Eletrónica
Período24 de junho de 2013
a 27 de janeiro de 2015
Antecessor(a)Antonis Manitakis
Sucessor(a)Nikos Voutsis (Interior e Reconstrução Administrativa)
Dados pessoais
Nascimento4 de março de 1968 (56 anos)
Atenas, Grécia
ProgenitoresMãe: Marika Giannoukou
Pai: Konstantínos Mitsotákis
Alma materUniversidade Harvard (BA, MBA)
Universidade Stanford (MA)
CônjugeMareva Grabowski
Filhos(as)3
PartidoNova Democracia
ProfissãoSociólogo, economista, cientista político

Durante seu mandato como primeiro-ministro, Mitsotakis foi elogiado por sua postura pró-Europa e governança tecnocrata,[2] a forma como ele gerenciou a Pandemia de COVID-19,[3][4] sua política migratória,[5] e sua gestão da economia grega, com a Grécia sendo nomeada o melhor desempenho econômico para 2022 pelo The Economist.[6] Isso ocorreu principalmente porque a Grécia, em 2022, foi capaz de reembolsar antes do previsto 2,7 bilhões de euros (US$ 2,87 bilhões) de empréstimos devidos aos países da Zona do Euro, referentes ao primeiro resgate da que recebeu durante a crise que atravessava havia uma década.[7] Contudo, Mitsotakis recebeu também duras críticas devido a um retrocesso democrático e um aumento da corrupção,[8] com uma drástica[9] deterioração da liberdade de imprensa[10][11] e violação de direitos humanos,[12][13] com sua reputação sendo prejudicada pelo escândalo de corrupção na empresa Novartis[14][15] e um outro escândalo de escutas telefônicas de 2022.[16]

Após as eleições legislativas gregas de maio de 2023, no qual nenhum partido obteve a maioria e nenhum governo de coalizão foi formado por nenhum dos partidos elegíveis, Mitsotakis convocou outra eleição antecipada em junho. Em 24 de maio de 2023, conforme exigido pela constituição da Grécia, a presidente Katerina Sakellaropoulou nomeou Ioannis Sarmas como primeiro-ministro interino durante este intervalo.[17] Um mês depois, Mitsotákis liderou seu partido à maioria nas eleições de junho de 2023, sendo empossado como primeiro-ministro recebendo a ordem de formar um governo do presidente.[18]

Primeiros anos

Kyriákos nasceu em Atenas, filho do ex-primeiro-ministro grego Konstantínos Mitsotákis com sua esposa Maríka, enquanto sua família se encontrava em prisão domiciliar sob a ditadura dos coronéis.[19] Sua família vinha de longa tradição política, Konstantínos sendo sobrinho-neto do ex-primeiro-ministro Elefthérios Venizélos, cujo filho Sofoklís também fora primeiro-ministro.[20] Posteriormente, Mitsotákis descreveu sua experiência como prisão política.[19]

Sua família escapou da prisão domiciliar com a ajuda do político turco İhsan Sabri Çağlayangil, vivendo na Turquia e em Paris antes de retornar para a Grécia redemocratizada em 1974.[21] Formou-se no Colégio de Atenas em 1986 e graduou-se summa cum laude na Universidade de Harvard em 1990 em sociologia, posteriormente conseguindo um mestrado em relações internacionais na Universidade de Stanford em 1993 e um MBA em Harvard em 1995.[22]

Eleição de 2019

Mitsotákis obteve 39% dos votos nas eleições de 2019. Faz campanha sobre questões nacionalistas, criticando o acordo de Prespa sobre o nome da Macedónia e criticando as políticas de acolhimento de refugiados. Em particular, ele conseguiu dialogar com o curral eleitoral do Aurora Dourada.[23]

Referências