Tumiritinga

município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais

Tumiritinga é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e está situado a cerca de 380 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de 500,073 km², sendo que 0,3 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2019 era de 6 732 habitantes.

Tumiritinga
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Tumiritinga
Bandeira
Brasão de armas de Tumiritinga
Brasão de armas
Hino
Gentílicotumiritinguense[1]
Localização
Localização de Tumiritinga em Minas Gerais
Localização de Tumiritinga em Minas Gerais
Localização de Tumiritinga em Minas Gerais
Tumiritinga está localizado em: Brasil
Tumiritinga
Localização de Tumiritinga no Brasil
Mapa
Mapa de Tumiritinga
Coordenadas18° 58' 44" S 41° 38' 42" O
PaísBrasil
Unidade federativaMinas Gerais
Municípios limítrofesNorte: Governador Valadares;
Noroeste: Alpercata;
Oeste: Capitão Andrade e Itanhomi;
Sul: Conselheiro Pena;
Leste: Galileia.
Distância até a capital381 km
História
Fundação27 de dezembro de 1948[2]
Administração
Distritos
Prefeito(a)Nilson Guimarães (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1]500,073 km²
População total (estatísticas IBGE/2019[1])6 732 hab.
Densidade13,5 hab./km²
Climatropical quente semiúmido (Aw)
Altitude140 m
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
CEP35125-000 a 35129-999[4]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5])0,626 médio
PIB (IBGE/2016[6])R$ 50 569,40 mil
PIB per capita (IBGE/2016[6])R$ 7 542,04
Sítiotumiritinga.mg.gov.br (Prefeitura)
camaratumiritinga.mg.gov.br (Câmara)

A sede tem uma temperatura média anual de 22,7 °C e na vegetação original do município predomina a Mata Atlântica. Com 68% da população vivendo na zona urbana, Tumiritinga contava, em 2009, com quatro estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,626, considerando como médio em relação ao estado.

O povoamento do município teve início no começo do século XX, com as obras de locação da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e da primeira estação ferroviária da cidade. A localidade se desenvolveu principalmente à base do comércio, tendo se tornado distrito de Tarumirim em 1938 e emancipado em 1948, instalando-se em 19 de março de 1949.

Situa-se em Tumiritinga uma das principais praias de água doce da região, a Praia do Jaó, às margens do rio Doce, cujo conjunto paisagístico abrange pontos como uma área de eventos com 5 mil m², uma área de preservação ambiental e a Praça Silvio Perez. Na praia é realizado um dos maiores carnavais do entorno da cidade, o Carnajaó, que em algumas edições atrai milhares de pessoas em seus dias de festa.

História

Até por volta de 1910, a área do atual município de Tumiritinga era uma fazenda pertencente ao coronel Xandoca. Nesta ocasião, é construída a primeira estação ferroviária da localidade, atendida pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Os trabalhadores da ferrovia se fixaram nas proximidades, cujo lugar que recebeu o nome de Parada da Cachoeirinha, dando início ao povoamento. O antigo nome se deve à existência de uma pequena queda no rio Doce. Pouco tempo depois, o desenvolvimento do comércio começou atrair famílias oriundas de Queiroga (atual Itanhomi).[7]

O lugar pertencia ao município de Tarumirim. Dado o crescimento populacional e econômico, pela lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foi criado o distrito de Cachoeirinha, que passou a se denominar Tumiritinga pela lei estadual nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943. Foi emancipado pela lei estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948, sendo instalado em 1949. A lei nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953, criou o único distrito do município, São Geraldo de Tumiritinga.[2]

Geografia

A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 500,073 km²,[1] sendo que 0,3682 km² constituem a zona urbana.[8] Situa-se a 18º°58'45" de latitude sul e 41°38'43" de longitude oeste e está a uma distância de 381 quilômetros a leste da capital mineira. Seus municípios limítrofes são Governador Valadares, a norte; Alpercata, a noroeste; Capitão Andrade e Itanhomi, a oeste; Conselheiro Pena, a sul; e Galileia, a leste.[9]

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[10] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Governador Valadares.[11] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Governador Valadares, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[12]

Relevo, hidrografia e meio ambiente

O relevo do município de Tumiritinga é predominantemente plano. Em aproximadamente 40% do território tumiritinguense há o predomínio de lugares aplainados, enquanto que cerca de 30% é coberto por mares de morros e terrenos montanhosos e os 30% restantes são terras montanhosas.[9] A altitude máxima encontra-se na Serra Queiroguinha, que chega aos 560 metros, enquanto que a altitude mínima está na foz do rio Caratinga no rio Doce, com 187 metros. Já o ponto central da cidade está a 140,61 m.[9] Os rios Doce, Caratinga e Preto e o ribeirão Traíras são os principais cursos hídricos que passam por Tumiritinga, fazendo parte da bacia do rio Doce. O rio Doce, inclusive, banha a zona urbana.[9][13]

Por vezes, na estação das chuvas, os mananciais que cortam o município, principalmente o rio Doce,[14] sofrem com a elevação de seus níveis, provocando enchentes em suas margens, o que exige a existência de um sistema de alerta contra enchentes eficaz. A cidade foi uma das mais afetadas pelas enchentes de 1979, que atingiram vários municípios do leste mineiro banhados pelo rio Doce e seus afluentes. Atualmente existe uma série de estações pluviométricas e fluviométricas instaladas em Tumiritinga, que são administradas pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e que visam a alertar a população de uma possível enchente.[15]

A vegetação predominante no município é a Mata Atlântica, sendo que os principais problemas ambientais presentes, segundo a prefeitura em 2010, eram o assoreamento de corpos d'água e as queimadas. A cidade conta, entretanto, com Conselho Municipal de Meio Ambiente, criado em 2005 e de caráter paritário.[16]

Clima

Maiores acumulados diários de chuva registrados
em Tumiritinga por meses
MêsAcumuladoDataMêsAcumuladoData
Janeiro140 mm29/01/2013Julho25,9 mm13/07/1990
Fevereiro73,6 mm26/02/1999Agosto38,9 mm26/08/1984
Março178,7 mm16/03/1979Setembro56,8 mm30/09/2003
Abril69 mm16/04/1980Outubro88,9 mm21/10/1984
Maio71,5 mm10/05/2010Novembro151,2 mm30/11/1997
Junho68,4 mm13/06/2009Dezembro142,1 mm18/12/2013
Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)[17]

O clima tumiritinguense é caracterizado, segundo o IBGE, como tropical quente semiúmido (tipo Aw segundo Köppen),[18] tendo temperatura média anual de 22,7 °C com invernos secos e amenos e verões chuvosos e com temperaturas elevadas.[19][20] O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 24,9 °C, sendo a média máxima de 30,2 °C e a mínima de 19,7 °C. E o mês mais frio, julho, de 19,8 °C, sendo 26,2 °C e 13,4 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.[21]

A precipitação média anual é de 1 240,8 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 12,3 mm. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 225 mm.[21] Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 30 °C, especialmente entre julho e setembro. Em julho de 2012, por exemplo, a precipitação de chuva em Tumiritinga não passou dos 0 mm.[22] Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso também são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural da cidade, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar.[16][23]

Segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), desde 1974 o maior acumulado de chuva registrado em 24 horas em Tumiritinga foi de 178,7 mm no dia 16 de março de 1979.[24] Outros grandes acumulados foram de 152,1 mm em 30 de novembro de 1997,[25] 142,1 mm em 18 de dezembro de 2013[26] e 140 mm em 29 de janeiro de 2013.[27] De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Tumiritinga é o 658º colocado no ranking de ocorrências de descargas elétricas no estado de Minas Gerais, com uma média anual de 2,179 raios por quilômetro quadrado.[28]

Demografia

Crescimento populacional
CensoPop.
19708 343
19805 848−29,9%
19915 412−7,5%
20005 8317,7%
20106 2937,9%
Est. 20196 732
Fonte: Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
(IBGE)[29]

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 6 293 habitantes.[30] Segundo o censo daquele ano, 3 198 habitantes eram homens e 3 095 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 4 323 habitantes viviam na zona urbana e 1 970 na zona rural.[30] Da população total em 2010, 1 778 habitantes (28,25%) tinham menos de 15 anos de idade, 3 927 habitantes (62,40%) tinham de 15 a 64 anos e 588 pessoas (9,34%) possuíam mais de 65 anos, sendo que a esperança de vida ao nascer era de 74,6 anos e a taxa de fecundidade total por mulher era de 2,4.[31]

Em 2010, segundo dados do censo do IBGE daquele ano, a população tumiritinguense era composta por 1 555 brancos (24,71%); 745 negros (11,84%); 113 amarelos (1,80%); 3 876 pardos (61,59%) e quatro indígenas (0,06%).[32] Considerando-se a região de nascimento, quatro eram nascidos na Região Norte (0,07%), 101 na Região Nordeste (1,61%), 6 130 no Sudeste (97,41%) e 17 no Centro-Oeste (0,28%). 5 834 habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (92,71%) e, desse total, 3 344 eram nascidos em Tumiritinga (53,13%).[33] Entre os 459 naturais de outras unidades da federação, Espírito Santo era o estado com maior presença, com 146 pessoas (2,32%), seguido por São Paulo, com 95 residentes (1,51%), e pelo Rio de Janeiro, com 55 habitantes residentes no município (0,87%).[34]

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Tumiritinga é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo que seu valor é de 0,626 (o 3561º maior do Brasil). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,482, o valor do índice de longevidade é de 0,827 e o de renda é de 0,615.[5] De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 47,8% e em 2010, 76,3% da população vivia acima da linha de pobreza, 15,5% encontrava-se na linha da pobreza e 8,1% estava abaixo[35] e o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,46, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[36] A participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 50,3%, ou seja, 11 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 4,6%.[35]

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população de Tumiritinga está composta por: 3 631 católicos (57,70%), 1 884 evangélicos (29,94%), 598 pessoas sem religião (9,50%), 18 espíritas (0,28%) e 2,58% estão divididas entre outras religiões.[37]

Política e administração

A administração municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo. O Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários. O Poder Legislativo, por sua vez, é constituído pela câmara municipal, composta por nove vereadores.[38] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[39]

Em complementação ao processo Legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade, entre os quais dos direitos da criança e do adolescente, que foi criado em 2009,[40] e o conselho tutelar.[41] Tumiritinga se rege por sua lei orgânica, que foi promulgada em 19 de março de 1990,[42] e é termo da Comarca de Conselheiro Pena, do Poder Judiciário estadual, de primeira entrância, juntamente com os municípios de Alvarenga, Cuparaque e Goiabeira.[43] O município possuía, em fevereiro de 2017, 5 598 eleitores, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa 0,036% do eleitorado mineiro.[44]

Economia

No Produto Interno Bruto (PIB) de Tumiritinga, destacam-se a agropecuária e a área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2011, o PIB do município era de R$ 40 329 mil.[45] 1 317 mil reais eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes e o PIB per capita era de R$ 6 372,11.[45] Em 2010, 57,41% da população maior de 18 anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa de desocupação era de 8,52%.[31]

Salários juntamente com outras remunerações somavam 3,947 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,4 salários mínimos. Havia 88 unidades locais e 86 empresas atuantes.[46] Segundo o IBGE, 75,39% das residências sobreviviam com menos de salário mínimo mensal por morador (1 583 domicílios), 16,27% sobreviviam com entre um e três salários mínimos para cada pessoa (320 domicílios), 1,45% recebiam entre três e cinco salários (29 domicílios), 0,97% tinham rendimento mensal acima de cinco salários mínimos (19 domicílios) e 5,90% não tinham rendimento (116 domicílios).[47]

Setor primário
Produção de cana-de-açúcar, milho e mandioca (2011)[48]
ProdutoÁrea colhida (hectares)Produção (tonelada)
Cana-de-açúcar302 400
Milho350609
Mandioca31341

A pecuária e a agricultura representam o segundo setor mais relevante na economia de Tumiritinga. Em 2011, de todo o PIB da cidade, 7 705 mil reais era o valor adicionado bruto da agropecuária,[45] enquanto que em 2010, 32,58% da população economicamente ativa do município estava ocupada no setor.[31] Segundo o IBGE, em 2011 o município possuía um rebanho de 21 asininos, 29 361 bovinos, 400 caprinos, 1 700 equinos, 330 muares, 180 ovinos, 2 850 suínos e 28 585 aves, entre estas 11 500 galinhas, 11 mil galos, frangos e pintinhos e 85 codornas.[49] Neste mesmo ano a cidade produziu 5 519 mil litros de leite de 5 510 vacas, 62 mil dúzias de ovos de galinha, mil dúzias de ovos de codorna e 2 500 quilos de mel de abelha.[49]

Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (2 400 toneladas produzidas e 30 hectares cultivados), o milho (609 toneladas e 350 hectares) e a mandioca (341 toneladas e 31 hectares), além do arroz e do feijão.[48] Já na lavoura permanente se destacam a banana (140 toneladas produzidas e 19 hectares cultivados) e a manga (90 toneladas produzidas e 10 hectares cultivados).[50]

Setores secundário e terciário

A indústria, em 2011, era o setor menos relevante para a economia do município. 5 621 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor secundário.[45] A produção industrial ainda é muito incipiente na cidade, mesmo que comece a dar sinais de aprimoramento, sendo resumida principalmente à fabricação de produtos alimentícios, à transformação mineral, à fabricação de cerâmica de revestimento ou pequenas fábricas.[9] Segundo estatísticas do ano de 2010, 0,19% dos trabalhadores de Tumiritinga estavam ocupados no setor industrial extrativo e 8,12% na indústria de transformação.[31]

O comércio está presente em Tumiritinga desde a época do estabelecimento dos primeiros moradores, no começo do século XX, sendo que foi um dos principais fatores para o desenvolvimento econômico e demográfico do município e hoje o setor representa a principal fonte de renda da cidade.[7] Em 2010, 10,65% da população ocupada estava empregada no setor de construção, 0,54% nos setores de utilidade pública, 9,16% no comércio e 36,04% no setor de serviços[31] e em 2011, 25 686 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor terciário.[45]

Infraestrutura

Habitação e criminalidade

No ano de 2010 a cidade tinha 1 967 domicílios particulares permanentes. Desse total, 1 960 eram casas, seis eram apartamentos e um era habitação em casa de vila ou em condomínio. Do total de domicílios, 1 321 são imóveis próprios (1 306 já quitados e 15 em aquisição); 267 foram alugados; 342 foram cedidos (129 cedidos por empregador e 213 cedidos de outra forma) e 37 foram ocupados de outra maneira.[51] Parte dessas residências conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. 1 563 domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água (79,46% do total); 1 864 (94,76%) possuíam banheiros para uso exclusivo das residências; 1 369 (69,59% deles) eram atendidos por algum tipo de serviço de coleta de lixo; e 1 929 (98,06%) possuíam abastecimento de energia elétrica.[51]

Entre 2006 e 2008, houve registro de dois homicídios (ambos ocorridos em 2006),[52] duas mortes por suicídio (uma em 2006 e uma em 2007)[53] e quatro óbitos por acidentes de transito (um em 2006, dois em 2007 e um em 2008).[54]

Saúde e educação

Em 2009, o município possuía quatro estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo todos públicos, pertencentes à rede municipal e integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).[55] Em 2012, 99,3% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia.[56] Em 2011, foram registrados 104 nascidos vivos,[36] sendo que o índice de mortalidade infantil neste ano foi de 9,6 óbitos de crianças menores de cinco anos de idade a cada mil nascidos.[56] Em 2010, 7,15% das mulheres de 10 a 17 anos tiveram filhos (todas acima dos 15 anos) e a taxa de atividade entre meninas de 10 a 14 anos era de 14,99%.[31] 1 619 crianças foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,5% do total estavam desnutridas.[35]

Na área da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Tumiritinga era, no ano de 2011, de 4,3 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 a 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º ano (antiga 4ª série) foi de 5,0 e do 9º ano (antiga 8ª série) foi de 3,7; o valor das escolas públicas de todo o Brasil era de 4,0.[57] Em 2010, 2,52% das crianças com faixa etária entre sete e quatorze anos não estavam cursando o ensino fundamental.[31] A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 27,3% e o percentual de alfabetização de jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos era de 97,0%. A distorção idade-série entre alunos do ensino fundamental, ou seja, com com idade superior à recomendada, era de 11,3% para os anos iniciais e 33,5% nos anos finais e, no ensino médio, a defasagem chegava a 31,7%.[57] Dentre os habitantes de 18 anos ou mais, 30,40% tinham completado o ensino fundamental e 15,13% o ensino médio, sendo que a população tinha em média 8,22 anos esperados de estudo.[31]

Em 2010, de acordo com dados da amostra do censo demográfico, da população total, 2 011 habitantes frequentavam creches e/ou escolas. Desse total, 69 frequentavam creches, 198 estavam no ensino pré-escolar, 192 na classe de alfabetização, 35 na alfabetização de jovens e adultos, 1 000 no ensino fundamental, 233 no ensino médio, 124 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 233 na educação de jovens e adultos do ensino médio, dez na especialização de nível superior, 52 em cursos superiores de graduação e dois doutorado. 3 972 pessoas não frequentavam unidades escolares, sendo que 914 nunca haviam frequentado e 3 368 haviam frequentado alguma vez.[58] O município contava, em 2012, com aproximadamente 1 567 matrículas nas instituições de ensino da cidade.[59] Segundo o IBGE, neste mesmo ano, das seis escolas do ensino fundamental, três pertenciam à rede pública estadual e três à rede pública municipal. Dentre as duas instituições de ensino médio, ambas pertenciam à rede pública estadual.[59]

Educação de Tumiritinga em números (2012)[59]
NívelMatrículasDocentesEscolas (total)
Ensino pré-escolar19192
Ensino fundamental1 092716
Ensino médio284372

Comunicação e serviços básicos

O código de área (DDD) de Tumiritinga é 033[60] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) vai de 35125-000 a 35129-999.[4] No dia 10 de novembro de 2008, o município passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com outros municípios com o mesmo DDD. A portabilidade é um serviço que possibilita a troca da operadora sem a necessidade de se trocar o número do aparelho.[61]

A responsável pelo serviço de abastecimento de energia elétrica é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo a empresa, em 2003 havia 2 067 consumidores e foram consumidos 4 089 435 KWh de energia.[9] O serviço de coleta de esgoto é feito pela própria prefeitura, enquanto que o abastecimento de água da cidade é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),[9] sendo que em 2008 havia 1 644 unidades consumidoras e eram distribuídos em média 768 m³ de água tratada por dia.[62]

Transportes

No começo do século XX, o então pequeno povoado, pertencente a Queiroga (atual Itanhomi), passou a ter transporte ferroviário, sendo atendido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), cujas obras de construção deram início ao povoamento da região da atual cidade. A estação ferroviária da localidade foi inaugurada em 18 de outubro de 1909, oferecendo transporte de passageiros com saídas diárias para Belo Horizonte e Vitória ou outras cidades que possuam estações.[63]

A frota municipal no ano de 2012 era de 694 veículos, sendo 287 automóveis, 29 caminhões, 32 caminhonetes, oito caminhonetas, seis micro-ônibus, 301 motocicletas, 12 motonetas, sete ônibus e 12 classificados como outros tipos de veículos.[64] O principal acesso à cidade se dá por meio da LMG-775, que liga a sede à BR-116. A LMG-775 também serve de acesso à LMG-766, que começa em área de Tumiritinga e permite ligação com Itanhomi e Capitão Andrade.[13]

Cultura

Manifestações culturais e instituições

Tumiritinga conta com um conselho de preservação de cultura, criado em 2004 e de caráter consultivo, deliberativo, normativo e fiscalizador, conselho de preservação do patrimônio, criado em 2006 e de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador,[65] e legislação municipal de proteção ao patrimônio cultural.[66] Dentre os espaços culturais, destaca-se a existência de uma biblioteca mantida pelo poder público municipal, um museu e dois estádios ou ginásios poliesportivos, segundo o IBGE em 2005 e 2012.[67][68] Também há existência de grupos artísticos de manifestações tradicionais populares, capoeira e artes plásticas e visuais, de acordo com o IBGE em 2012.[69]

O artesanato é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural tumiritinguense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas em Tumiritinga são o bordado, trabalhos com couro e o mantimento da culinária típica.[70] Os principais eventos do município são o Carnajaó, no período do carnaval, em fevereiro ou março; a Festa do Sagrado Coração de Jesus, realizada anualmente em maio ou junho; e a Festa de Nossa Senhora Aparecida, em outubro.[71] O Carnajaó é um dos principais carnavais da região, sendo organizado na Praia do Jaó, às margens do rio Doce. Em algumas edições é integrado às festividades ou realizado na ocasião do aniversário da cidade e atrai cerca de 40 mil pessoas em cinco dias de festa.[72]

Atrativos

O principal atrativo de Tumiritinga é o Conjunto Paisagístico da Praia do Jaó, onde está situada uma das principais praias de água doce da região, a Praia do Jaó, às margens do rio Doce. Apesar da má qualidade das águas do manancial, com o contato direto com o rio devendo ser evitado,[73] à sua margem há um complexo turístico que inclui uma área de eventos com 5 mil m², uma área de preservação ambiental, a Praça Silvio Perez, um campo de futebol, área de camping com capacidade para aproximadamente 700 barracas, área para churrasco, duchas, quiosques e estacionamento. Em 2011, foi construído um calçadão usado como espaço para caminhada com 600 metros de comprimento sobre um muro de contenção na margem do rio.[72] Esse conjunto paisagístico foi reconhecido como patrimônio cultural pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) em 2006.[74]

Feriados

Em Tumiritinga há dois feriados municipais e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos. Os feriados municipais são o dia do aniversário da cidade, comemorado em 19 de março; e o dia de Corpus Christi, celebrado em maio ou junho.[43] De acordo com a lei federal nº 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais com âmbito religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.[75][76]

Ver também

Referências

Bibliografia

Ligações externas

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