Idade do Cobre

período da idade dos metais

Idade do Cobre, ou Calcolítico (do grego Χαλκός, transl. khalkos, "cobre" + λίθος, transl. líthos, "pedra"), é um dos períodos da proto-história, situado cronologicamente entre o Neolítico e a Idade do Bronze (aproximadamente 3300 a 1200 a.C.). O termo também pode ser utilizado para denominar algumas sociedades que apresentaram manifestações culturais diferenciadas durante este período.

História
Pré-históriaIdade da Pedra

Paleolítico

Paleolítico Inferiorc. 3,3 milhões - c. 300.000 a.C.
Paleolítico Médioc. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Paleolítico Superiorc. 30.000 - c. 10.000 a.C.
Mesolíticoc. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico

c. 10.000 - c. 3.000 a.C.
Idade dos MetaisIdade do Cobrec. 3.300 - c. 1.200 a.C.
Idade do Bronzec. 3.300 - c. 700 a.C.
Idade do Ferroc. 1.200 a.C. - c. 1.000 d.C.
Idade AntigaAntiguidade Orientalc. 4.000 - c. 500 a.C.
Antiguidade Clássicac. 800 a.C. - 476 d.C.
Antiguidade Tardiac. 284 d.C. - c. 750
Idade MédiaAlta Idade Média476 - c. 1000
Baixa Idade MédiaIdade Média Plenac. 1000 - c. 1300
Idade Média Tardiac. 1300 - 1453
Idade Moderna1453 - 1789
Idade Contemporânea1789 - hoje

O bronze é uma liga metálica composta de cobre e estanho. Antes de se generalizar o uso do bronze, o cobre era o metal mais utilizado, tendo esse período sido chamado de calcolítico. Há quem não aceite[quem?] esta designação, argumentando que a fundição de cobre não é mais do que o bronze natural. Mesmo assim, a denominação é aceita, pois diferencia os períodos nos quais o bronze era forjado naturalmente da era em que o bronze começou a ser forjado artificialmente e com o recurso do estanho. O sítio arqueológico de Belovode, na montanha Rudnik, na Sérvia, contém a mais antiga evidência segura no mundo de cobre fundido, datado de c. 5000 a.C.[1][2]

Fatores históricos e sociais que deram origem à Idade do Cobre

O desenvolvimento da economia durante o Neolítico levou ao desenvolvimento desigual das capacidades de produção e aumentou o regionalismo e variabilidade dos grupos humanos, transformando o mundo em um mosaico de diferentes tradições.

Quando os animais começam a ser usados para tração e transporte e não apenas para alimento inicia-se a Revolução neolítica. ficando então aberto o caminho para um conjunto de inovações tecnológicas, tais como o arado, a roda, o carro de bois, o uso do cavalo para montar e, por último, a metalurgia. Estas mudanças refletem-se sobre o desenvolvimento agrícola, o comércio à distância e o contato entre os diversos povos e as suas culturas.

O excesso de alimentos permite o aparecimento de trabalhos especializados e possibilitam a diversidade dos ofícios que vão progressivamente afastando do trabalho rural, formando uma teia social cada vez mais complexa e uma nova hierarquia de direitos sobre a propriedade e a estratificação de estatutos políticos e religiosos.

Desse modo o controle dos territórios e dos minérios moldou as relações dos grupos humanos entre si, levando ao aumento da tensão entre os grupos, o que leva a um comportamento guerreiro que assegura a ordem das coisas.

Na Península Ibérica

A navegação marítima, que provém do leste do mar Mediterrâneo e das ilhas do Egeu, possibilita o contato entre o extremo oeste e o leste da Europa, abrindo a via dos contatos económicos e culturais que contribuem para a definição da Idade do Cobre.

Os rios são usados como vias de comunicação, e o uso de irrigação artificial, permite aumentar a produtividade de territórios com solos pobres, causando as comunidades restringirem-se a um espaço, aumentando assim a identidade de cada grupo, bem como as suas rivalidades e, com elas, a necessidade de defesa.

Deste modo usa-se largamente o arco e flecha e constroem-se muralhas com torres e bastiões redondos, uma arquitetura de combate encontrada em o mundo mediterrânico.

Em Portugal

Dentre exemplos típicos desta Idade do Cobre espalhados por inúmeras povoações por todo o sudoeste ibérico, na Área Metropolitana de Lisboa destacam-se, entre outros:

Bibliografia

Ver também

Referências