Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo

Linha do sistema ferroviário de São Paulo, Brasil

A Linha 10–Turquesa da CPTM compreende o trecho da rede metropolitana definida entre as estações Jundiaí[2]Rio Grande da Serra. Até março de 2008, denominava-se Linha D–Bege.[3]


     Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo

Linha 10-Turquesa da CPTM
Dados gerais
Nome antigoNoroeste-Sudeste (1975-1994)

Linha D - Bege (1994-2008)

TipoTrem suburbano
SistemaTrem Metropolitano de São Paulo
Local de operaçãoGrande São Paulo
Região do Grande ABC
TerminaisInício: Estação Brás
Fim: Rio Grande da Serra
Estações13 estações
Operação
ProprietárioGoverno do Estado de São Paulo
Operador CPTM
Armazém(ns) / pátiosPátio Brás
Pátio Jundiaí
Material circulante

Anteriores

  • Budd-Mafersa série 1100
  • Budd-Mafersa série 1400
  • Budd-Mafersa série 1600
  • Mafersa série 1700
  • Siemens série 3000
  • CAF série 7000
  • CAF série 7500
Histórico
Abertura oficial16 de fevereiro de 1867 (157 anos)
Operadoras
antecessoras
RFFSA (1975-1984)

CBTU (1984-1994)

Dados técnicos
Comprimento da linha100,7 km (62,6 mi)
Bitola1 600 mm (5 ft 3 in)
Eletrificação3 kV DC catenária
Velocidade de operação60 km/h (37 mph)
Mapa

sentido Jundiaí
sentido Amador Bueno
Palmeiras–Barra Funda[1]
Luz
Brás
Pátio Brás
sentido Calmon Viana
sentido Estudantes
Juventus-Mooca
Ipiranga
Tamanduateí
Córrego dos Meninos
Complexo Pref. Luís Tortorello
São Caetano
Viad. Independência
Utinga
Prefeito Saladino
Santo André
Córrego Guarará
Pirelli
Av. Manoel da Nóbrega
Capuava
Mauá
Guapituba
Ribeirão Pires
Travessia de pedestres
Ribeirão Pires
Rio Grande
R. Guilherme Pinto Monteiro
Rio Grande da Serra
Estrada do Rio Claro
Campo Grande
Paranapiacaba
EF-364 sentido Santos
Serviços especiais
Luz
Brás
Tamanduateí
São Caetano
Santo André

Legenda

Expresso Linha 10+
Expresso Linha 10

É a linha mais longa da CPTM e de toda a rede metro-ferroviária de São Paulo, com 100,7 quilômetros de extensão (da Estação Rio Grande da Serra até Jundiaí).[4] É também a única linha da CPTM que possui estações fora da Região Metropolitana de São Paulo (as estações Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e Botujuru, que ficam na Aglomeração Urbana de Jundiaí). O trecho da linha entre as cidades de Jundiaí e Rio Grande da Serra, corresponde ao trecho ferroviário mais antigo do estado que ainda se encontra em operação, já que a linha pertencia à São Paulo Railway, posteriormente Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a primeira ferrovia do estado.

Histórico

A linha foi construída pela extinta São Paulo Railway (SPR), posteriormente Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ), tendo sido inaugurada em 16 de fevereiro de 1867. A linha é considerada "um dos marcos iniciais do desenvolvimento da cidade de São Paulo".[5] No início do século 20, graças à construção de várias estações intermediárias entre as originais da SPR, iniciou-se a circulação de trens de subúrbio, inicialmente entre Pirituba e Mauá. Na década de 1940, a linha seria eletrificada, mas continuou a prestar serviços com carros de madeira puxados por locomotivas até 1957, quando a Santos–Jundiaí adquiriu os primeiros TUEs da antiga série 101 (posteriormente Série 1100 da CPTM).

Em 1975, a linha passaria a ser administrada diretamente pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que desde 1957 tinha a Santos–Jundiaí como uma de suas subsidiárias. Em 1984, passou para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que herdou todo o serviço de trens metropolitanos da Rede, serviço este que seria estadualizado em 1994, passando para as mãos da recém-fundada CPTM, a partir disso, a Linha Noroeste-Sudeste foi dividida em duas partes, Linha 7 Rubi (Antiga Linha A Marrom) entre Luz/Brás e Jundiaí, e Linha 10 Turquesa (Antiga Linha D Bege) entre Luz/Brás e Rio Grande da Serra, as duas linhas operaram de forma independente até 2021, quando foram reunificadas.

A linha contava com uma extensão operacional entre Rio Grande da Serra e Paranapiacaba, passando pela Estação Campo Grande. Antes de ser desativada, contava com quatro horários (dois de Rio Grande da Serra para Paranapiacaba e dois de Paranapiacaba para Rio Grande da Serra) com trens muito antigos e depredados com raras vezes de um trem da Linha 10 fazendo o trajeto Rio Grande da Serra e Paranapiacaba, passando pela estação Campo Grande. A extensão chegou ao fim em 2001, por falta de passageiros. Neste mesmo ano, houve um breve prolongamento do percurso até a Estação Barra Funda.[6]

Até 2011 a linha percorria o trecho entre as estações Luz e Rio Grande da Serra. Com a inauguração da Estação Tamanduateí da Linha 2 do Metrô de São Paulo em 21 de setembro de 2010, em 2011, para melhorias operacionais da Linha 7 (Rubi) (Na Estação Luz, os embarques e os desembarques foram separados em duas plataformas, se utilizando a plataforma antes utilizada pela Linha 10), segundo a CPTM, a linha foi encurtada para o Brás, obrigando os passageiros que se deslocam para o centro a fazerem baldeação para a linha 11 (Coral) da CPTM ou linha 3 (Vermelha) do Metrô. A mudança gerou reclamações dos usuários da Linha 10.[7]

A inauguração das estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2–Verde do Metrô, a Linha 10 da CPTM serviu de alça entre passageiros que se deslocam da Zona Sudeste de São Paulo para o Centro da cidade com mais praticidade, possibilitando o acesso, através da Linha 2, à Linha 1 e 4 do Metrô.

Percurso

Mapa da Linha 7/10.

As Linhas 7 e 10 atendem a circulação entre as estações Rio Grande da Serra e Jundiaí,[8] passando pelos municípios de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Caetano do Sul, São Paulo (Zonas Sudeste, Central, Oeste, Norte), Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista — estas duas últimas já fora da Região Metropolitana de São Paulo.  

No serviço parador, o intervalo entre trens no período da manhã é de 10 minutos das 4 às 4h45, 5 minutos das 4h45 às 9h15 e após as 9h15 sobe para 8 minutos até o início do pico vespertino e noturno às 16h15, quando volta para o patamar de 5 minutos[9], o que se traduz em ofertas de aproximadamente 15 mil lugares/hora/sentido das 4 às 4h45, 30 mil lugares/hora/sentido das 4h45 às 9h15 e 17,5 mil lugares/hora/sentido das 9h15 às 16h15. Se houvesse redução para 3 minutos nos horários de pico, haveria ganho de 20 mil lugares/hora/sentido na oferta, totalizando 50 mil lugares/hora/sentido, algo que potencialmente poderia ser obtido com a instalação da sinalização CBTC (a Linha 10 espera, até o final de 2018, já operar com o sistema CBTC, necessário em vista de um aumento do número de usuários diários em todo o trecho de 260 mil para cerca de 500 mil pessoas, possibilitando ainda a redução do tempo de percurso entre Brás e Mauá, dos atuais 46 minutos para entorno de 20 minutos[carece de fontes?]).

Serviços expressos

O Expresso Linha 10[10] é um trem semiexpresso da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos para a integração direta da região do ABC Paulista a estação Tamanduateí.[11] A linha usa o trilho central da já existente Linha 10, com paradas apenas na estação Tamanduateí, onde há integração com a Linha 2–Verde do Metrô e uma em cada município servido pela linha (Santo André e São Caetano do Sul). Estima-se que a velocidade média dos trens seja de cerca de 60 km/h. Trata-se de uma linha expressa de trem com intervalos entre trens de 30 minutos no horário e sentido de pico, da Estação Prefeito Celso Daniel - Santo André (no ABC) até a Estação Tamanduateí (bairro da cidade de São Paulo), com parada intermediária na Estação São Caetano do Sul - Prefeito Walter Braido, funcionando de segunda a sexta-feira, em horários específicos.[12]

A partir de 6 de abril de 2019, foi lançado o Expresso Linha 10+, com funcionamento aos sábados, em horários já determinados, entre as estações da Luz e Prefeito Celso Daniel–Santo André, com três partidas em cada sentido e paradas intermediárias nas estações Brás, Tamanduateí e São Caetano do Sul–Prefeito Walter Braido.[13] O trem operante nesse Expresso também roda no trilho central da Linha 10, assim como o Expresso durante os dias da semana. A partir de 10 de fevereiro de 2020, passou a operar o Expresso Educação Linha 10, efetuando a mesma viagem do Expresso Linha 10 em dias úteis, porém entre 22 e 23 horas.[14]

Reunificação (Serviço 710)

A Partir de fevereiro de 2020 a CPTM elaborou um projeto para que esta linha fosse reunificada com a 7–Rubi, projeto que se concretizou em Maio de 2021, com os trens voltando a fazer viagens diretas entre Jundiaí e Rio Grande da Serra, eliminando a necessidade de fazer transferência na Estação Brás, além de alternar as viagens completas com o loop entre Francisco Morato e Mauá.[15]

Estações

SiglaEstaçãoMunicípioComentários
RGSRio Grande da SerraRio Grande da SerraIntegração paga com ônibus para Paranapiacaba via Campo Grande (Viação Ribeirão Pires) e ao EMTU.
RPIRibeirão Pires–Antônio BespalecRibeirão Pires
GPTGuapitubaMauá
MAUMauáAcesso ao Terminal Urbano de Mauá. Também é ponto final de alguns trens.
CPVCapuava
PIRPirelliSanto AndréParada desativada desde 2006, há projetos para a reconstruir.[16] Será substituída pela nova Estação ABC.[17]
SANPrefeito Celso Daniel–Santo AndréIntegração paga com o EMTU e os ônibus municipais de Santo André no terminal leste e oeste e com o Expresso Turístico (Luz-Paranapiacaba) da CPTM. É o ponto final do Expresso linha 10.Chamava-se apenas Santo André até 2007.
PSAPrefeito SaladinoAcesso ao Terminal Rodoviário de Santo André (TERSA).
UTGUtinga
SCSSão Caetano do Sul–Prefeito Walter BraidoSão Caetano do SulAcesso ao Terminal Urbano e Rodoviário de São Caetano do Sul. Integração gratuita com o Expresso linha 10.
TMDTamanduateíSão PauloIntegração gratuita com a linha Verde do Metrô. E também é o ponto final do Expresso linha 10.
IPGIpirangaFuturamente fará integração com a Prata do Metrô.
MOCJuventus–MoocaSe chamava Mooca até 2015.
BASBrásIntegração gratuita com a linha Vermelha do Metrô e as linhas Coral, Safira e (apenas no sentido Palmeiras-Barra Funda) Jade da CPTM.
LUZLuzIntegração gratuita com as linhas Azul, Amarela, e as linhas 7-Rubi, Coral e Jade da CPTM.

MDU = média de passageiros embarcados por dia útil em cada estação, desde o início do ano. Nas estações com duas ou mais linhas o MDU representa a totalidade de passageiros embarcados na estação, sem levar em conta qual linha será utilizada pelo usuário.

Frota

A linha opera com trens das Séries 8500 e 9500, também opera com os trens da Série 2100 no Expresso L10, que opera em horário de pico nas vias centrais. A Linha operou com trens das Séries 7000 e 7500 entre 2018 e 2021. Por conta da concessão das Linhas 8 e 9, a CPTM teve que realizar algumas mudanças em sua frota.[18][19]

Atualmente a frota se encontra assim, o trem da Série 3000 que circulava pelo Expresso L10 hoje em dia esta fora de operação. Os trens das séries 7000 e 7500 que operavam no Serviço 710 foram remanejados para as linhas 8 e 9, com isso os trens da Série 8500 passaram a operar na linha. Já os poucos trens da Série 2100 passaram a operar somente no Expresso L10.[20][21]

Fim do Serviço 710

No dia 29 de fevereiro de 2024, O governador do estado Tarcísio de Freitas realizou o leilão da concessão da linha 7 Rubi integrada ao projeto do novo Trem Intercidades - Eixo Norte, que ligará São Paulo à Campinas passando por diversas cidades do interior do estado. O vencedor do certame foi o consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, formado pelo Grupo Comporte e a chinesa CRRC. A previsão do novo operador assumir a operação da linha é de 18 meses após a assinatura do contrato, diante disso, a linha 10 Turquesa passará a prestar serviços no trajeto Rio Grande da Serra - Luz.

Galeria

Referências

Ligações externas

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