Presidente do Afeganistão

O Presidente da República Islâmica do Afeganistão é o mais alto cargo do poder executivo do Afeganistão e comandante em chefe das Forças Armadas do Afeganistão. Após o então presidente Ashraf Ghani, vencedor das eleições de 2019, fugir para o exílio em 15 de agosto de 2021, após a queda de Cabul para o Talibã, a posição de presidente segue vaga e sob disputa.[1]

Presidente do Afeganistão
Presidente do Afeganistão
Bandeira presidencial do Afeganistão
No cargo
Cargo extinto
ResidênciaArg, Cabul
Duração5 anos (com limite de dois mandatos consecutivos)
Criado em17 de julho de 1973
Primeiro titularMohammed Daoud Khan
Sucessãopor sufrágio universal
Websitehttps://president.gov.af/en

O cargo de presidente do Afeganistão foi criado em 1973, sendo Mohammed Daoud Khan o primeiro ocupante do cargo, logo após um golpe de Estado contra o xá Maomé Zair Xá. O presidencialismo durou até 1992, quando uma guerra civil estourou no país e a nação se converteu no Estado Islâmico do Afeganistão, que mais tarde seria reconhecido como Emirado Islâmico do Afeganistão, governado pelo Talibã. Após a queda do governo liderado pelo Talibã, em 2001, a república foi restaurada.

O Presidente afegão é eleito com mais de 50% dos votos expressos pelos eleitores, por sufrágio universal.

Processo de elegibilidade

O processo de elegibilidade do Presidente afegão (também aplicado aos vice-presidentes) é regido pelos artigos 61 e 62 da Constituição afegã:[2]

  • Possuir exclusivamente cidadania afegã e ser filho de afegãos;
  • Ser muçulmano;
  • Deve ter a idade igual ou superior a quarenta anos;
  • Não deve ter sido condenado por crimes contra a humanidade, ato criminoso ou privação de direitos civis por tribunal.

Deveres

Os deveres do Presidente são determinados pelo artigo 64 da Constituição, os principais deveres são:[2]

  • Supervisionar a implementação da Constituição;
  • Declarar guerra e paz com o autorização da Assembleia Nacional;
  • Tomar as decisões necessárias para defender a integridade territorial e preservar a independência;
  • Inaugurar as sessões da Assembleia Nacional.
  • Aceitar as renúncias de vice-presidentes da República;
  • Nomear os Ministros, o Procurador-Geral, o Chefe do Banco Central, o Diretor de Segurança Nacional, podendo destituí-los ou aceitar sua renúncia;
  • Nomear os juízes do Supremo Tribunal;
  • Nomear, aposentar e aceitar a demissão e demissão de juízes, oficiais das forças armadas, polícia, segurança nacional e funcionários de alto escalão, de *acordo com as disposições da lei;
  • Nomear embaixadores afegãos e aceitar credenciais de embaixadores ou representantes estrangeiros;
  • Sancionar leis, bem como decretos judiciais;

Vice-presidência

O Afeganistão possui dois vice-presidentes, ambos nomeados pelo Presidente. O artigo 67 da Constituição determina que em caso de renúncia, impeachment ou morte do Presidente, bem como doença incurável que impeça o desempenho das funções, o primeiro vice-presidente assumirá as autoridades e funções do Presidente. Na ausência do primeiro vice-presidente, o segundo vice-presidente deverá assumir tais funções.[2]

Presidentes do Afeganistão

Os Presidentes da República Islâmica do Afeganistão, que foi estabelecida em 2004:

Situação atual

Após a ofensiva de verão do Talibã em 2021 e a queda de Cabul em agosto, o ex-presidente Ashraf Ghani partiu para o exílio, inicialmente no Tajiquistão em 15 de agosto de 2021.[3][4] Após a fuga de Ghani do país, o Talibã ocupou o palácio presidencial.[3] Dois dias mais tarde, o ex-vice presidente Amrullah Saleh se declarou o presidente.[5] O atual Emir do Talibã, Hibatullah Akhundzada, seria o de facto líder do país após a queda de Cabul.

Ver também

Referências

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