Batalha de Marawi
A Batalha de Marawi (também conhecida como Crise de Marawi) foi um combate armado que estava acontecendo na cidade de Marawi, em Mindanau, entre forças do governo das Filipinas e militantes dos grupos islamitas salafitas Abu Sayyaf e Maute, que são organizações terroristas filiadas ao grupo Estado Islâmico (EI). A violência na cidade começou em 23 de maio de 2017[19][20] e demorou cinco meses para que a região fosse libertada por completo pelas forças do governo central filipino.[21][22]
Batalha de Marawi | |||
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Conflito Moro e Guerra ao Terror | |||
Um prédio em Marawi em chamas após um bombardeio da força aérea filipina. A localização de Marawi, em Lanao del Sur, na ilha de Mindanau. | |||
Data | 23 de maio – 23 de outubro de 2017 | ||
Local | Marawi, Lanao del Sur, Região Autônoma de Mindanau Filipinas | ||
Desfecho | Vitória decisiva do governo filipino[1]
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Unidades | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Civis: 125 mortos[16] 180 000 evacuados[17] 84 760 deslocados a força de suas casas[18] |
A batalha
O sul das Filipinas, especialmente Mindanau, é onde fica a maioria da população muçulmana filipina. A região sofre com movimentos extremistas por décadas. Frequentemente, o governo filipino ordena operações militares em regiões sob controle ou sob forte influência dos islamitas para tentar sufocar os movimentos terroristas.[19]
Ao fim de maio de 2017, o exército filipino lançou uma grande operação para capturar Isnilon Hapilon, o líder da organização terrorista Abu Sayyaf, após receberem denúncias de que ele estaria na cidade de Marawi para se encontrar com a liderança do grupo Maute.[23][24] Combates violentos começaram quando os homens de Hapilon abriram fogo contra soldados e policiais, recebendo apoio de outros grupos terroristas filiados a organização Estado Islâmico do Iraque e do Levante.[25]
Guerrilheiros islamitas, a maioria afiliados ao grupo Maute, atacaram os militares e ocuparam vários prédios na cidade de Marawi, incluindo a prefeitura, a universidade local, um hospital e um presídio.[25] Eles também tomaram o controle de diversas ruas e atearam fogo em uma igreja cristã e em várias escolas e instalações universitárias.[23][26] A Catedral de Marawi também foi atacada, com muitos fiéis sendo feitos reféns.[27]
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, respondeu a escalada da violência declarando lei marcial em Mindanau por 60 dias (o máximo de tempo permitido pela constituição). Forças de segurança adicionais também foram enviadas para a região, especialmente para Marawi, intensificando os combates.[28] Postos de controle foram colocados nas ruas e dezenas de indivíduos foram presos. No final, após cinco meses de luta, pelo menos 1 300 pessoas (incluindo 160 policiais ou soldados e mais de 900 terroristas) foram mortas.[29]
Ao fim de maio, o governo filipino afirmou que pelo menos 90% de Marawi já havia sido reconquistada. Batalhas intensas, especialmente no centro da cidade, ainda eram reportadas no começo de junho.[30][31] Segundo o comando das forças de segurança filipinas, os líderes do notório Grupo Maute (os irmãos Omar e Abdullah Maute) foram mortos em um tiroteio com soldados do exército em 10 de junho.[8] Em agosto de 2017, boa parte do centro de Marawi já havia sido recapturado por tropas do governo filipino, incluindo a Grande Mesquita da cidade.[32]
Em julho, o líder do Estado Islâmico nas Filipinas, Isnilon Hapilon, teria se refugiado em alguma mesquita de Marawi para evitar a captura. Nos próximos dois meses, o exército filipino iniciou uma série de operações de limpeza para destruir os últimos focos de resistência dos terroristas, recuperando prédios estratégicos (como a delegacia central e a principal mesquita da região) e importantes pontes.[33] Em 16 de outubro, o governo das Filipinas anunciou que Isnilon Hapilon havia sido morto durante um tiroteio entre soldados e jihadistas. Sua morte foi saudada como um grande golpe para os movimentos islamitas filipinos.[34]
Foi somente em 23 de outubro de 2017, após cinco meses de intensos combates e centenas de mortos, que o governo filipino declarou oficialmente que a cidade havia sido libertada, com as últimas posições dos jihadistas sendo superadas, encerrando assim a luta.[21]