Provérbio

Um provérbio (em latim: proverbium) é um ditado simples, concreto, tradicional, que expressa uma verdade baseada no senso comum ou experiência. Provérbios são frequentemente metafóricos.

"Quem vai pôr o sino no gato?" (provérbio do inglês), vem do final de uma história

Alguns provérbios existem em mais de um idioma porque as pessoas os emprestam de línguas e culturas semelhantes às deles. No Ocidente, a Bíblia (incluindo, mas não se limitando ao Livro dos Provérbios) e o latim medieval (auxiliado pelo trabalho de Erasmo) desempenharam um papel considerável na distribuição de provérbios. Nem todos os provérbios bíblicos, no entanto, foram distribuídos na mesma medida: um estudioso reuniu evidências para mostrar que as culturas em que a Bíblia é o grande livro espiritual contêm entre trezentos e quinhentos provérbios que derivam da Bíblia"[1] enquanto outro acadêmico mostra que, dos 106 provérbios mais comuns e generalizadas em toda a Europa, onze são da Bíblia.[2] No entanto, quase toda cultura tem seus próprios provérbios únicos.

Definições

John Russell (c. 1850) observou poeticamente que um "provérbio é a sagacidade de um e a sabedoria de muitos".[3] Mas dar a palavra "provérbio" o tipo de definição que os teóricos precisam provou ser uma tarefa difícil. Archer Taylor afirmou que "uma qualidade incomunicável nos diz que determinada sentença é proverbial e que outra não é. Assim, nenhuma definição nos permitirá identificar positivamente uma sentença como proverbial."[4]

De maneira mais construtiva, Mieder propôs a seguinte definição: "Um provérbio é uma frase curta e geralmente conhecida de um povo que contém sabedoria, verdade, moral e visões tradicionais de forma metafórica, fixa e memorizável e transmitida de geração em geração".[5] Com base nos provérbios persas, Zolfaghari e Ameri propõem a seguinte definição: "Um provérbio é uma sentença curta, que é bem conhecida e às vezes rítmica, incluindo conselhos, temas sábios e experiências étnicas, compreendendo símile, metáfora ou ironia que é bem conhecida entre as pessoas pela sua redação fluente, pela sua clareza de expressão, simplicidade, expansividade e generalidade e é usado com ou sem mudança".[6]

História

Provérbios vêm de uma variedade de fontes. Algumas são, de fato, o resultado de pessoas que pensam e elaboram linguagem, como alguns provérbios de Confúcio, Platão, Baltasar Gracián, etc. Outros são tirados de fontes tão diversas como poesia,[7] histórias,[8] músicas, comerciais, anúncios, filmes, literatura, etc.[9] Alguns dos bem conhecidos ditos de Jesus, Shakespeare e outros se tornaram provérbios, embora fossem originais na época de sua criação, e muitos desses ditos não eram vistos como provérbios quando foram inventados pela primeira vez.

Muitos provérbios também são baseados em histórias, muitas vezes o fim de uma história. Por exemplo, o provérbio (conhecido em países quee falam inglês) foi retirada do final da fábula de Esopo chamada A Reunião Geral dos Ratos[10] Relata que uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim, um rato jovem levantou-se e deu a ideia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas, o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se do seu canto e falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem iria pendurar a sineta no pescoço do gato?[11]

Referências

Ligações externas