Sukhoi Su-57
O Sukhoi Su-57 (em russo: Сухой Су-57; Designações da OTAN: Felon)[8] é um caça bimotor stealth multiúso desenvolvido pela empresa russa Sukhoi.[9] É um produto do programa PAK FA (em russo: ПАК ФА, em russo: Перспективный авиационный комплекс фронтовой авиации, transl. Perspektivnyy Aviatsionnyy Kompleks Frontovoy Aviatsii), que foi iniciado em 1999 como uma alternativa mais moderna e acessível ao projeto MFI (Mikoyan 1.44/1.42). A designação interna da Sukhoi para a aeronave é T-50. O Su-57 é a primeira aeronave no serviço militar russo projetada com tecnologia furtiva e destina-se a ser a base para uma família de aeronaves de combate furtivas.
Sukhoi Su-57 | |
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Descrição | |
Tipo / Missão | Caça de superioridade aérea / Avião furtivo multimissão |
País de origem | Rússia |
Fabricante | Sukhoi (KnAAPO) |
Período de produção | 2009–presente |
Quantidade produzida | 32 (10 de teste[1] e 22 de série[2]) |
Primeiro voo em | 29 de janeiro de 2010[3][4][5] |
Introduzido em | 25 de dezembro de 2020 (data da primeira aeronave operacional em serviço militar; primeiro regimento operacional Su-57 deve ser equipado até 2025) |
Tripulação | 1 |
Especificações | |
Dimensões | |
Comprimento | 19,8 m (65,0 ft) |
Envergadura | 13,95 m (45,8 ft) |
Altura | 4,74 m (15,6 ft) |
Área das asas | 78,8 m² (848 ft²) |
Alongamento | 2.5 |
Peso(s) | |
Peso vazio | 18 000 kg (39 700 lb) |
Peso carregado | 29 270 kg (64 500 lb) |
Peso máx. de decolagem | 35 000 kg (77 200 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 2 x turbofans vetorados de pós-combustão NPO Saturn izdeliye 117 (AL-41F1) (protótipos e estágio inicial de produção), izdeliye 30 para o aparelho final Empuxo: |
Performance | |
Velocidade máxima | 2 600 km/h (1 400 kn) |
Velocidade de cruzeiro | 1 700 km/h (918 kn) |
Velocidade máx. em Mach | 2,12 Ma |
Alcance bélico | 3 500 km (2 170 mi) |
Alcance (MTOW) | 5 500 km (3 420 mi) |
Teto máximo | 20 000 m (65 600 ft) |
Aviônica | |
Tipo(s) de radar(es) | Sistema de Rádio Eletrônico Integrado Multifuncional Sh121 (en: MIRES) Sistema eletro-optico 101KS Atoll |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | 1 x canhão de 30 mm (1,18 in) 9A1-4071K (GSh-301) |
Mísseis | |
Notas | |
Dados de: Aviation News,[nota 1] Aviation Week[6] e Air International[7] |
Um caça multifuncional capaz de combate aéreo, bem como ataque terrestre e marítimo, o Su-57 incorpora furtividade, supermanobrabilidade, supercruzeiro, aviônicos integrados e substancial capacidade de carga útil interna.[10] Esta aeronave deverá substituir o MiG-29 e o Su-27 no serviço militar russo e também poderá ser comercializado para exportação. O primeiro protótipo de aeronave voou em 2010, mas o programa passaria por um desenvolvimento prolongado devido a vários problemas estruturais e técnicos que surgiram durante os testes, incluindo a destruição da primeira aeronave de produção em um acidente antes de sua entrega. Após repetidos atrasos, o primeiro Su-57 entrou em serviço com as Forças Aeroespaciais da Rússia (VKS) em dezembro de 2020.[11] Espera-se que o caça tenha uma vida útil de até 35 anos.[12]
Características gerais (estimativa)
- Tripulação: 1 piloto
- Comprimento: 27,0 m (72 pés 2 pol)
- Envergadura: 14,2 m (46 pés 7 pol)
- Altura: 6,05 m (19 pés 10 pol)
- Área da asa: 78,8 m² (848 pés²)
- Peso vazio: 18.500 quilogramas (40.786 libras)
- Peso carregado: 34.000 quilogramas (57.320 libras)
- Carga útil: 9.500 quilogramas (20.535 libras)
- Peso de decolagem máximo: 37.000 quilogramas (81.571 libras)
- Motores: 2× Saturn-Lyulka AL-41F turbofan para os protótipos e produção inicial; Izdeliye 30 para produção do aparelho final.
- Empuxo seco: 9.493 kgf / 93,1 kN - 10.911 kgf / 107 kN cada um.
- Empuxo com pós-combustão: 14.500 kgf / 143 kN - 17.947 kgf / 176 kN cada um.
Desempenho
- Velocidade máxima: Mach 2,60 na altura (2.600 km/h)
- limites de carga G: +10 a +11 pés/s² de m/s² de g (+98,1 a +107,9, +321,7 a +353,9)
- Velocidade do cruzeiro: 1.700 km/h
- Alcance: 4.000 a 5.500 quilômetros (2.485 a 3.418 milhas)
- Teto de serviço: 20.000 m (65.617 pés)
- Taxa da subida: 350 m/s (68.898 pés/min)
- Carregamento da asa: 470 kg/m² (96,3 libra/pés²)
- Empuxo/peso: 0,84 (sem pós combustão)
- Empuxo/peso mínimo com pós combustão: 1,19
- Exigência do comprimento da pista de decolagem: 350 m (1.148 pés)
- Resistência: 3,3 horas (198 min)
Armamento
- 1 canhão interno de 30 milímetros (provavelmente um GSh-30-1) e quatro pontos duros em baías internas centrais, sendo dois lado a lado na frente, e mais dois lado a lado mais atrás.
Aviônicos
- Radar: N050(?)BRLSAESA/ PESA (realce de IRBIS-E) em SU-35
- Freqüência: 3 milímetros (0.118 pol)
- Diâmetro: 0.7 m (2 pés 4 pol)
- Alvos: 32 seguidos, 8 acoplados
- Escala: 400 quilômetros (248 milhas)
- Epr: 3 m² (32.3 ft²) em 160 quilômetros (99.4 milhas)
- RCS: 0,01 m² em 90 quilômetros (55 milhas)
- Azimute: +/−70°, +90/−50°
- Potência: 5.300 W
- Peso: 65 a 80 quilogramas (143 a 176 libras)
Guerra da Ucrânia
Em junho de 2022 foi noticiado que a Rússia teria feito uso de caças Su-57 contra alvos de defesa antiaérea na Ucrânia. Foi supostamente empregado com êxito uma esquadrilha composta por pelo menos quatro caças Su-57, interligados a uma rede de informações unificada. O emprego destes caças teria como objetivo a destruição de infraestrutura de defesa antiaérea em território ucraniano.[13]
Em 19 de outubro de 2022, o general Sergey Surovikin, comandante de todas as Forças Armadas Russas na Ucrânia, afirmou que o Su-57 foi usado tanto em funções de combate ar-ar quanto ar-solo durante a guerra na Ucrânia e que marcou vitórias em ambas as funções.[14] Posteriormente, algumas fontes russas afirmaram que um Su-57 abateu um Su-27 ucraniano com um míssil R-37.[15] No entanto, nenhuma evidência para essas alegações surgiu. Ainda não existem muitos caças Su-57 em operação e seu custo de fabricação e de operação tornaria a aeronave inviável no curto prazo para uso extensivo, segundo algumas autoridades ocidentais.[16][17] Em 2022, os russos teriam apenas três destas aeronaves no seu serviço ativo.[18]
Operadores
Lista de países que operaram ou assinaram contrato de compra do Sukhoi Su-57.
Brasil no projeto PAK-FA T-50
Algumas notícias vinculadas na internet deram a entender que o Governo brasileiro haveria assinado com a Rússia um acordo para a construção conjunta de uma aeronave de combate de 5ª geração, que deveria ser desenvolvida pelas empresas Sukhoi russa, Hindustan Aeronautics Limited indiana e Embraer brasileira. O acordo também previa que as empresas brasileiras Embraer e a Avibras seriam as responsáveis pela montagem dos caças no Brasil.
A viagem do presidente russo Dmitri Medvedev ao Brasil em 25 de novembro de 2008 não resultou na assinatura de nenhum acordo relacionado ao projeto.[22] O Comandante da Força Aérea brasileira, Juniti Saito, justificou: "Não quero denegrir a imagem do Sukhoi, mas o projeto não se encaixou nas nossas necessidades."[22] A Força Aérea brasileira alegou que a exclusão dos aviões da Sukhoi ocorreram pela falta de comprometimento em repassar tecnologia. Contudo, o Itamaraty e fontes russas alegaram o contrário, que a venda dos aviões Su-35 para o Projeto FX-2 não só resultaria na transferência de tecnologia, como também incluiria o Brasil no desenvolvimento do projeto PAK-FA.[23]
Em outubro de 2013, uma delegação russa voltou ao Brasil para tentar fechar um acordo para retomar o projeto do PAK-FA no Brasil nos moldes antigos. Aparentemente isso foi motivado pela aproximação do Brasil com as empresas bélicas da Rússia, e o recente escândalo de espionagem de empresas brasileiras pelos norte-americanos. Fontes asseguram que, como não mais se poderia alterar a licitação de caças FX-2, que concluiu pela vitória do caça Saab JAS 39 Gripen NG, não seria retomado tal acordo com os russos sobre o T-50.[24]