As raízes etimológicas do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O filólogo Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência celta (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos fenícios. Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gândavo apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" é derivado de "pau-brasil", designação dada a um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos. Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa "ilha Brasil" no meio do oceano Atlântico, de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa).[26] Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, Império do Brasil e Estados Unidos do Brasil.[27] Os habitantes naturais do Brasil são denominados brasileiros, cujo gentílico é registrado em português a partir de 1706[28] e referia-se inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil.[29]
Estima-se que os primeiros seres humanos tenham ocupado a região que compreende o atual território brasileiro há cerca de 60 mil anos.[31] Quando encontrada pelos europeus em 1500, a América do Sul tinha sua costa oriental habitada por cerca de dois milhões de nativos, do norte ao sul.[32][33]
Os tupis espalhavam-se do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje,[34] sendo a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador,[35] na região denominada Pindorama (da língua tupi "Terra das Palmeiras"),[36] e decorrente da maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava".[35]
As fronteiras entre esses grupos e seus subgrupos, antes da chegada dos europeus, eram demarcadas pelas guerras entre os mesmos, oriundas das diferenças de cultura, língua e costumes.[37] Guerras essas que também envolviam ações bélicas em larga escala, em terra e na água, com a antropofagia ritual sobre os prisioneiros de guerra.[38]
Embora a hereditariedade tivesse algum peso, a liderança era um status mais conquistado ao longo do tempo, do que atribuído em cerimônias e convenções sucessórias.[39]
A escravidão entre os indígenas tinha um significado diferente da escravidão europeia, uma vez que se originava de uma organização socioeconômica diversa, na qual as assimetrias eram traduzidas em relações de parentesco.[40]
Ao final do século XVII, devido à concorrência colonial as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de ouro pelos bandeirantes na década de 1690 abriu um novo ciclo para a economia extrativista da colônia, promovendo uma febre do ouro no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos (como a Guerra dos Emboabas), entre os antigos colonos e os recém-chegados.[61]
Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa concentrou-se tanto em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do Quilombo dos Palmares),[62] como em reprimir todo movimento por autonomia ou independência política (como a Inconfidência Mineira).[63][64]
Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.[68] No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a Revolução Pernambucana de 1817 mostrou.[68] Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[69] D. João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do Reino do Brasil.[70]
A Guerra da Independência do Brasil, iniciada ao longo deste processo, propagou-se pelas regiões norte, nordeste e ao sul na província de Cisplatina.[74] Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824,[75] sendo a independência reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado do Rio de Janeiro.[76]
Durante o período regencial ocorreu uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, a Revolta dos Malês, a Balaiada, a Sabinada e a Revolução Farroupilha, decorrentes do descontentamento das províncias com o poder central e das tensões sociais latentes de uma nação escravocrata e recém-independente.[81] Em meio a esta agitação, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente em 23 de julho de 1840. Porém, somente ao final daquela década, as últimas revoltas do período regencial e outras posteriores, como a Revolução Praieira, foram debeladas e o país pôde voltar a uma relativa estabilidade política interna.[38]
Em 15 de novembro de 1889, desgastada por anos de estagnação econômica, em atrito com a oficialidade do Exército e também com as elites rurais e financeiras (embora por razões diferentes), a monarquia foi derrubada por um golpe militar.[85][86]
Com o início do governo republicano, sendo pouco mais do que uma ditadura militar, a então nova constituição de 1891[27] previa eleições diretas apenas para 1894 e, embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta.[87]
Sob a justificativa de cobrar a implementação das promessas de reformas democráticas em uma nova constituição,[105] em 1932 a oligarquia paulista tentou recuperar o poder através de uma revolução armada[106] e, em 1935, os comunistas se rebelaram na Intentona Comunista,[107] tendo ambos os movimentos sido derrotados. No entanto, a ameaça comunista serviu de pretexto tanto para impedir as eleições previamente estipuladas, como para que Vargas e os militares lançassem mão de outro golpe de Estado em 1937 estabelecendo o Estado Novo, formalizando assim o status ditatorial do regime.[108] Em maio de 1938, houve o Levante Integralista, ainda outra tentativa fracassada de tomada de poder, desta vez por parte dos nacionalistas.[109]
Vários governos provisórios breves sucederam-se após o suicídio de Vargas.[120] Em 1955, através de eleições diretas, Juscelino Kubitschek tornou-se presidente e assumiu uma postura conciliadora em relação à oposição política, o que lhe permitiu governar sem grandes crises.[121] A economia e o setor industrial cresceram consideravelmente,[122] mas sua maior conquista foi a construção da nova capital, Brasília, inaugurada em 1960.[123]
Através da Operação Condor, o governo brasileiro também participou na perseguição internacional a dissidentes sul-americanos em geral.[133] A exemplo de outros regimes ditatoriais na história, o regime militar brasileiro atingiu o auge de sua popularidade num momento de alto crescimento econômico, que ficou conhecido como "milagre econômico", momento este que coincidiu com o auge da repressão.[134]
Lentamente, no entanto, o desgaste natural de anos de poder ditatorial, que não abrandou a repressão mesmo após a derrota da guerrilha de esquerda,[135][136] somado à inabilidade em lidar com as crises econômicas do período, o crescimento da oposição política nas eleições regionais[137] e ainda as pressões populares, tornou inevitável a abertura política do regime que, por seu lado, foi conduzida pelos generais Geisel e Golbery.[138] Com a promulgação da Lei da Anistia em 1979, o Brasil lentamente iniciou a volta à democracia, que se completaria na década de 1980.[139]
Do novo ministério nomeado por Itamar, com integrantes de praticamente todos os partidos que aprovaram o impeachment de Collor.[146] destacou-se Fernando Henrique Cardoso (FHC), como ministro da Fazenda e coordenador do bem-sucedido Plano Real,[147][c] que trouxe estabilidade para a economia brasileira, após décadas de inúmeros planos econômicos de governos anteriores que haviam fracassado na tentativa de controlar a hiperinflação.[145] Em consequência, FHC foi eleito presidente na eleição presidencial de 1994 e novamente em 1998.[148] A transição pacífica de poder para seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2002 e reeleito em 2006, mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua muito procurada estabilidade política.[149]
Em maio de 2021, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que concorreria a um terceiro mandato na eleição presidencial de 2022, contra Bolsonaro.[160] No dia 2 de outubro, na votação do primeiro turno, Lula ficou em primeiro lugar com apoio de 48,43% do eleitorado, classificando-se para o segundo turno com Bolsonaro, que recebeu 43,20% dos votos. No segundo turno, Lula recebeu 50,90% dos votos contra 49,10% de Bolsonaro, o resultado mais acirrado da história das eleições presidenciais brasileiras.[161] Lula recebeu o maior número de votos em uma eleição brasileira, se tornou o primeiro presidente do Brasil eleito para três mandatos, o primeiro desde Getúlio Vargas a servir em mandatos não consecutivos e também o primeiro candidato a vencer um presidente em exercício.[162][163]
O clima equatorial caracteriza grande parte do norte do Brasil. Não existe uma estação seca real, mas existem algumas variações no período do ano em que mais chove.[169] Temperaturas médias de 25 °C,[171] com mais variação de temperatura significativa entre a noite e o dia do que entre as estações. As chuvas no Brasil central são mais sazonais, característico de um clima de savana.[170] Esta região é tão extensa como a bacia amazônica, mas tem um clima muito diferente, já que fica mais ao sul, em uma latitude inferior.[169] O Sul e parte do Sudeste possuem condições de clima temperado, com invernos frescos e temperatura média anual não superior a 18 °C;[171]geadas de inverno são bastante comuns, com ocasional queda de neve nas áreas mais elevadas.[169][170]
No interior do nordeste, a precipitação sazonal é ainda mais extrema. A região de clima semiárido geralmente recebe menos de 800 milímetros de chuva,[172] a maior parte em um período de três a cinco meses no ano[173] e por vezes menos do que isso, resultando em longos períodos de seca.[170] A Grande Seca de 1877–78, a mais grave já registrada no país,[174] causou cerca de meio milhão de mortes.[175] Outra em 1915 foi devastadora também.[176]
A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. Grande parte do terreno se situa entre 200 e 800 metros de altitude.[177]
A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país. As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados. A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de até 1 200 metros. Esses intervalos incluem as serras do Espinhaço, da Mantiqueira e do Mar.[177]
O patrimônio natural do Brasil está seriamente ameaçado pela pecuária e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamento, desmatamento, extração de petróleo e gás, a sobrepesca, comércio de espécies selvagens, barragens e infraestrutura, contaminação da água, fogo, espécies invasoras e pelos efeitos do aquecimento global.[179][183] A construção de estradas em áreas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-163, abriu áreas anteriormente remotas para a agricultura e para o comércio; barragens inundaram vales e habitats selvagens e minas criaram cicatrizes na terra e poluíram a paisagem.[182][184] Em dezembro de 2016, conforme estudos da Embrapa, a vegetação nativa preservada cobria 61% do território brasileiro. A agricultura ocupava 8% do território nacional enquanto as pastagens cobriam 19,7%.[185] Em 2014, segundo o IBGE, o Brasil tinha 3 299 espécies ameaçadas de extinção.[186]
A população brasileira aumentou significativamente entre 1940 e 1970, devido a um declínio na taxa de mortalidade, embora a taxa de natalidade também tenha passado por um ligeiro declínio no período. Na década de 1940 a taxa de crescimento anual da população foi de 2,4%, subindo para 3% em 1950 e permanecendo em 2,9% em 1960, com a expectativa de vida subindo de 44 para 54 anos[191] e para 77 anos em 2021.[192] A taxa de aumento populacional tem vindo a diminuir desde 1960, de 3,04% ao ano entre 1950–1960 para 1,05% em 2008 e deverá cair para um valor negativo, de -0,29%, em 2050,[193] completando assim a transição demográfica.[194]
Segundo o IBGE, no censo de 2022 45,34% da população (92.083.286) se autodeclararam como pardos; 43,46% (88.252.121) como brancos; 10,17% (20.656.458) como pretos; 0,6% (1.227.642) como indígenas e 0,42% (850.130) como amarelos.[198][190]
A maioria dos brasileiros descende de povos indígenas do país, colonos portugueses, imigrantes europeus e escravos africanos.[200] Desde a chegada dos portugueses em 1500, um considerável número de uniões entre estes três grupos foi realizado. A população parda[201][202] é uma categoria ampla que inclui caboclos (descendentes de brancos e indígenas), mulatos (descendentes de brancos e negros) e cafuzos (descendentes de negros e indígenas).[201]
Em 2000, a religião católica representava 73,6% do total no país. Em 2010, era 64,6%, sendo observada pela primeira vez a redução em números absolutos (de 124 980 132 para 123 280 172).[211][212][213][214] Ainda assim, o perfil religioso brasileiro continua tendo uma maioria predominantemente católica (42,4% a mais que a segunda maior religião do país, o protestantismo).[215][216][217] De acordo com o censo de 2010, entre os estados, o Rio de Janeiro apresenta a menor proporção de católicos, 45,8%; e o Piauí, a maior, 85,1%. Já a proporção de evangélicos era maior em Rondônia (33,8%) e menor no Piauí (9,7%).[217]
Em outubro de 2009, foi aprovado pelo Senado e decretado pelo Presidente da República em fevereiro de 2010 um acordo com o Vaticano, em que é reconhecido o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. O acordo confirmou normas que já eram normalmente cumpridas sobre ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental (que assegura também o ensino de outras crenças), casamento e assistência espiritual em presídios e hospitais. O projeto sofreu críticas de parlamentares que entendiam como o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.[218][219]
A língua oficial do Brasil é o português,[a] que é falado por quase toda a população e é praticamente o único idioma usado nos meios de comunicação, nos negócios e para fins administrativos. O país é o único lusófono da América e o idioma tornou-se uma parte importante da identidade nacional brasileira.[221]
Em 2008, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que inclui representantes de todos os países cujo português é o idioma oficial, chegou a um acordo sobre a padronização ortográfica da língua, com o objetivo de reduzir as diferenças entre as duas variantes. A todos os países da CPLP foi dado o prazo de 2009 até 2016 para adaptarem-se às mudanças necessárias.[223]
Idiomas minoritários são falados em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes. Dos indígenas com cinco ou mais anos, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.[224] Há também comunidades significativas de falantes do alemão (na maior parte o Hunsrückisch, um dialeto alto-alemão) e italiano (principalmente o talian, de origem vêneta) no sul do país, os quais são influenciados pelo idioma português.[225][226]
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da constituição.[7] A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas de governo. A Federação está definida em cinco princípios fundamentais:[7]soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Os ramos clássicos tripartite de governo (executivo, legislativo e judiciário no âmbito do sistema de controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição.[7] O executivo e o legislativo estão organizados de forma independente em todas as esferas de governo, enquanto o judiciário é organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual e do Distrito Federal.[232]
Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente.[233][234][235] Juízes e outros funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada.[233] O voto é obrigatório para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre 16 e 18 anos ou superior a 70 anos.[7] Quase todas as funções governamentais e administrativas são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo.[236] A forma de governo é a de uma repúblicademocrática, com um sistema presidencial. O presidente é o chefe de Estado e de Governo e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição para um segundo mandato consecutivo. Ele é responsável pela nomeação dos ministros de Estado, que o auxiliam no governo.[7][237]
O direito brasileiro é baseado na tradição do código civil, parte do sistema romano-germânico. Assim, os conceitos de direito civil prevalecem sobre práticas de direito comum. A maior parte da legislação brasileira é codificada, apesar de leis não codificadas serem uma parte substancial do sistema, desempenhando um papel complementar. Decisões do Tribunal e orientações explicativas, no entanto, não são vinculativas sobre outros casos específicos, exceto em algumas situações.[240]
Obras de doutrina e as obras de juristas acadêmicos têm forte influência na criação de direito e em casos de direito. O sistema jurídico baseia-se na Constituição Federal, que foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e é a lei fundamental do Brasil. Todas as outras legislações e as decisões das cortes de justiça devem corresponder a seus princípios.[241] Os estados têm suas próprias constituições, que não devem entrar em contradição com a constituição federal.[242] Os municípios e o Distrito Federal não têm constituições; em vez disso, eles têm leis orgânicas.[243] Entidades legislativas são a principal fonte das leis, embora, em determinadas questões, organismos dos poderes judiciário e executivo possam promulgar normas jurídicas.[232]
A jurisdição é administrada pelas entidades do poder judiciário brasileiro, embora em situações raras a Constituição Federal permita que o Senado Federal interfira nas decisões judiciais. Existem jurisdições especializadas como a Justiça Militar, a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral. O tribunal mais alto é o Supremo Tribunal Federal. Este sistema tem sido criticado nas últimas décadas devido à lentidão com que as decisões finais são emitidas. Ações judiciais de recurso podem levar vários anos para serem resolvidas e, em alguns casos, mais de uma década para expirar antes de as decisões definitivas serem tomadas.[244]
O país tem níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. Em 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou o número de 32 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo.[247] O índice considerado suportável pela OMS é de dez homicídios por 100 mil habitantes.[248] No entanto, existem diferenças entre os índices de criminalidade dentro do país: enquanto em São Paulo a taxa de homicídios registrada em 2020 foi de 6,62 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, no Ceará chegou a 43,37 homicídios para cada 100 mil pessoas; no mesmo ano a taxa nacional foi de 19,89 mortes por 100 mil habitantes.[249]
O Brasil também tem altos níveis de encarceramento e a quarta maior população carcerária do mundo (atrás de Estados Unidos, China e Rússia), com um total estimado em mais 600 mil presos (300 para cada 100 mil habitantes) em todo o país (junho de 2015), um aumento de cerca de 161% em relação ao índice registrado em 2000.[250] O alto número de presos acabou por sobrecarregar o sistema prisional brasileiro, levando a um déficit de mais de 200 mil vagas dentro das prisões do país.[251]
O Exército é responsável pelas operações militares por terra, possui o maior efetivo da América Latina, contando com uma força de cerca de 334 500 soldados. Também possui a maior quantidade de veículos blindados da América do Sul, somados os veículos blindados para transporte de tropas e carros de combate principais.[255]
A Força Aérea Brasileira é o ramo de guerra aérea das Forças Armadas Brasileiras.[256] De acordo com o Flight International e do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a FAB tem uma força ativa de 77 454 militares e opera em torno de 627 aeronaves, sendo a maior força aérea do hemisfério sul e a segunda na América, após a Força Aérea dos Estados Unidos.[257]
A Marinha é responsável pelas operações navais e pela guarda das águas territoriais brasileiras. É a mais antiga das Forças Armadas brasileiras, possui o maior efetivo de fuzileiros navais da América Latina, estimado em 15 000 homens,[258] tendo o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais como sua principal unidade.[259] A Marinha também possui um grupo de elite especializado em retomar navios e instalações navais, o Grupamento de Mergulhadores de Combate, unidade especialmente treinada para proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa.[260]
Embora alguns problemas sociais e econômicos impeçam o Brasil de exercer poder global efetivo,[261] o país é hoje um líder político e econômico na América Latina. Esta alegação, porém, é parcialmente contestada por outros países, como a Argentina e o México, que se opõem ao objetivo brasileiro de obter um lugar permanente como representante da região no Conselho de Segurança das Nações Unidas.[262][263]
Entre a Segunda Guerra Mundial e a década de 1990, os governos democráticos e militares procuraram expandir a influência do Brasil no mundo, prosseguindo com uma política externa e industrial independente. Atualmente o país tem como objetivo reforçar laços com outros países da América do Sul e exercer a diplomacia multilateral, através das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos.[264]
Atualmente o Brasil é dividido política e administrativamente em 26 estados e um distrito federal. O poder executivo é exercido por um governador e o legislativo pelas assembleias legislativas, sendo todos eleitos quadrienalmente. O poder judiciário é exercido por tribunais estaduais de primeira e segunda instância que cuidam da justiça comum. O Distrito Federal tem características comuns aos estados e aos municípios. Ao contrário dos estados, não pode ser dividido em municípios. Por outro lado, pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um estado e, também, como município.[7]
Os municípios são uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo as menores unidades autônomas da Federação. Cada município tem sua própria lei orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal.[7] Há um total de 5 571 municípios em todo o território nacional, alguns com população superior a um milhão de habitantes (São Paulo com mais de doze milhões), outros com menos de vinte mil pessoas.[268] Há ainda alguns municípios com área maior do que estados ou mesmo de países. Altamira, no Pará, com quase 160 mil km², é o maior município brasileiro em território, sendo quase duas vezes maior que Portugal e ainda maior que dez estados.[269][270]
O KC-390, o maior avião de transporte militar já feito na América do Sul,[272] é produzido pela Embraer, a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo[273]
O país vem ampliando sua presença nos mercados financeiros e de commodities internacionais e é um BRICS.[277] O Brasil tem sido o maior produtor mundial de café dos últimos 150 anos [24] e tornou-se o quarto maior mercado de automóveis do mundo.[278]
O país participa de diversos blocos econômicos como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), o G20 e o Grupo de Cairns, e sua economia corresponde a três quintos da produção industrial da economia sul-americana. O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: União Europeia, Mercosul, América Latina, Ásia e Estados Unidos.[282]
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor do agronegócio brasileiro responde por 23% do PIB brasileiro (2013).[283] O Brasil está entre os países com maior produtividade no campo, apesar das barreiras comerciais e das políticas de subsídios adotadas pelos países desenvolvidos.[284] Em relatório divulgado em 2010 pela OMS, o país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia.[271]
A corrupção, no entanto, custa ao Brasil quase 41 bilhões de dólares por ano e 69,9% das empresas do país identificam esse problema como um dos principais entraves para conseguirem penetrar com sucesso no mercado global.[286] No Índice de Percepção da Corrupção de 2014, criado pela Transparência Internacional, o Brasil é classificado na 69ª posição entre os 175 países avaliados.[287] O poder de compra brasileiro também é corroído pelo conjunto de problemas nacionais chamado "custo Brasil". Além disso, o país apresenta uma das menores taxas de participação do comércio exterior no PIB, sendo classificado como uma das economias mais fechadas do mundo.[288][289]
No Índice de Liberdade Econômica de 2015, por exemplo, o país foi classificado no 118º lugar entre 178 nações avaliadas.[290] Apesar de também ser um problema crônico, desde 2001 os níveis de desigualdade social e econômica vêm caindo, chegando em 2011 aos níveis de 1960, embora o país ainda esteja entre os 12 mais desiguais do planeta.[291]
O turismo é um setor crescente e fundamental para a economia de várias regiões do país. O país recebeu 6 milhões de turistas estrangeiros em 2013, sendo classificado, em termos de chegadas de turistas internacionais, como o principal destino da América do Sul e o segundo na América Latina, depois do México.[292]
As receitas de turistas internacionais atingiram 5,9 bilhões de dólares em 2010, uma recuperação da crise econômica de 2008-2009.[293] Os registros históricos de 5,4 milhões de visitantes internacionais e 6,775 bilhões de dólares em receitas foram atingidos em 2011.[294][295]
A maioria dos visitantes internacionais que chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), dos Estados Unidos (11,5%) e do Uruguai (5,0%), sendo o Mercosul e os países vizinhos da América do Sul os principais emissores de turistas.[299] O turismo interno é um segmento de mercado fundamental para a indústria, uma vez que 51 milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005.[299]
O sistema de saúde pública brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do governo, sendo o maior sistema do tipo do mundo.[313] Já os sistemas de saúde privada atendem a um papel complementar.[314] Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 leitos hospitalares para cada mil habitantes.[17]
Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes por mil nascimentos). O número de mortes por doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 habitantes) e câncer (72,7 mortes por 100 000 habitantes), também tem um impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência e suicídio causaram 14,9% de todas as mortes no país.[314][315] O sistema de saúde brasileiro foi classificado na 125ª posição entre os 191 países avaliados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2000.[316]
Da sua capacidade total de geração de eletricidade instalada, que correspondia a 181,5 mil megawatts (MW) em dezembro de 2021,[321] as hidrelétricas eram responsáveis por 109 426 MW (60,2%), a energia eólica por 21 161 MW (11,6%); biomassa por 15 883 MW, (8,7%) e energia solar por 13 055 MW (7,2%), além de outras fontes, como as termelétricas.[322][317] A energia nuclear representa cerca de 3% da matriz energética brasileira.[323]
Com grandes descobertas de petróleo nos últimos tempos na Bacia de Santos, em 2020 o Brasil assumiu a oitava posição mundial entre os dez maiores produtores.[324][325][326]
No entanto, o país tem trabalhado para criar uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-de-açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970 em resposta às incertezas do mercado petrolífero, obteve sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos flex", que funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o consumidor possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol.[327] Os países com grande consumo de combustível, como a Índia e a China, estão seguindo o progresso do Brasil nessa área.[328] Além disso, países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo de Quioto.[329]
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,72 milhão de quilômetros, sendo 213 453 km de rodovias pavimentadas (2018) e 14 200 km de rodovias de pista dupla (2017),[332][333] as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.[334][335] O Brasil também é o sétimo mais importante país da indústria automobilística.[336]
Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque.[334] O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.[334][337] O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país. Grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. Conforme dados de 2019 da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil tem 37 aeroportos internacionais[338] e 2 464 aeroportos regionais.[339]
O país possuía em 2019 uma extensa rede ferroviária de 31 299 km de extensão,[340] a décima maior do mundo.[334] Atualmente, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, um trem-bala que pretende ligar as duas principais metrópoles do país para o transporte de passageiros,[341] e a Ferrovia Norte-Sul, projetada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional.[342]
Há 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos, o mais movimentado do país e da América Latina,[330][343] considerado o 39° maior do mundo por movimentação de contêineres pela publicação britânica Container Management.[344] O país também possui 50 000 km de hidrovias, como a Hidrovia Tietê-Paraná.[334]
O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de satélites.[346] Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasileira assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para a ISS. No entanto, depois de quase dez anos sem conseguir cumprir o contrato de fornecimento, foi excluído do programa em maio de 2007.[347] Este acordo, contudo, possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006 o tenente-coronel Marcos Pontes, a bordo do veículo Soyuz, tornou-se no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar o planeta Terra.[348]
A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais ou livros.[356] A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente Dom João.[357] A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional,[358] começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a Folha de S.Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e publicações das editoras Abril e Globo.[359]
A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 1922,[360] data do centenário da independência, sendo a primeira transmissão um discurso do então presidenteEpitácio Pessoa, porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro".[361]
Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes europeus que chegaram em grande número nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.[370] Os ameríndios influenciaram a língua e a culinária do país e os africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a dança e a religião.[371]
A arquitetura colonial do Brasil data do início do século XVI, quando seu território foi explorado, conquistado e colonizado pelos portugueses, que construíram uma arquitetura familiar a eles na Europa, como igrejas, arquitetura cívica, incluindo casas e fortes nas cidades brasileiras e no campo. Durante o século XIX, a arquitetura brasileira foi introduzida a outros estilos europeus, que geralmente eram misturados com influências genuinamente brasileiras, que produziram uma forma única de arquitetura brasileira. Na década de 1950, a arquitetura modernista foi introduzida quando Brasília foi construída como nova capital federal no interior do Brasil. O arquiteto Oscar Niemeyer idealizou e construiu prédios governamentais, igrejas e prédios civis em estilo modernista.[374][375]
A indústria cinematográfica brasileira começou no final do século XIX, nos primórdios da Belle Époque. Apesar de existirem produções nacionais de cinema no início do século XX, filmes estadunidenses como Rio, o Magnífico, eram gravados no Rio de Janeiro para promover o turismo na cidade.[377] Os filmes Limite (1931) e Ganga Bruta (1933), este último produzido por Adhemar Gonzaga através do prolífico estúdio Cinédia, foram mal-recebidos no lançamento e falharam nas bilheterias, mas hoje são aclamados e colocados entre os melhores filmes brasileiros.[378]
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e escravos. Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, clássica e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos.[388]
Na música clássica, um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só se tornaria nítido após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em meados do século XX. O primeiro grande compositor brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, autor de peças sacras com notável influência do classicismo vienense.[388]
A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.[388] Com grande participação negra, a música popular desde fins do século XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade caracteristicamente brasileira.[388]
A literatura brasileira surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos jesuítas durante o século XVI.[389] Nos séculos posteriores, o barroco desenvolveu-se no nordeste do país nos séculos XVI e XVII e o arcadismo se expandiu no século XVIII na região das Minas Gerais.[389]
Os escravos africanos também tiveram um papel no desenvolvimento de culinária brasileira, especialmente nos estados costeiros. A influência estrangeira estendeu-se por ondas migratórias posteriores: os imigrantes japoneses trouxeram a maior parte dos alimentos que os brasileiros se associam com cozinha asiática.[397] O Brasil também tem uma grande variedade de doces, como o brigadeiro, o beijinho e o bolo de rolo. A bebida nacional é o café, e a cachaça é uma bebida destilada nativa do Brasil. A cachaça é destilada a partir de cana-de-açúcar e é o ingrediente principal do coquetel nacional, a caipirinha.[398]