Carne bovina
Carne bovina é a carne extraída dos bovinos, especialmente do gado doméstico. É uma das variedades de carne mais consumidas na Europa, nas Américas e na Áustria, e muito importante na alimentação de populações da África, Ásia Oriental e Sudeste Asiático. A carne bovina é um tabu culinário em algumas culturas; seu consumo é proibido pelo hinduísmo, religião que reverencia os bovinos, e é desencorajado pelos budistas.
A carne muscular pode ser cortada em bifes, em peças, desfiada ou moída. O sangue bovino também utilizado em algumas das variedades de morcelas. Outras partes costumeiramente consumidas incluem o rabo, a língua, tripa (de seu estômago), diversas glândulas, como o pâncreas, o timo e as molejas, além do coração e do cérebro (proibido onde existe o risco da encefalopatia espongiforme bovina, a popular 'doença da vaca-louca'), o fígado, os rins e os testículos do touro (carne especialmente macia, conhecida nos Estados Unidos como "ostras das Montanhas Rochosas" ou "ostras da pradaria"), e até mesmo os intestinos e as mamas. Os ossos bovinos são aproveitados pelo tutano e como caldo.
A carne de bois e vacas são praticamente equivalentes, com a exceção de que os bois têm um pouco menos de gordura e mais músculo, quando criados em condições iguais. Dependendo da situação econômica, o número de vacas mantidas para a reprodução varia; as adultas são usadas para fornecer carne quando já passaram a sua plenitude reprodutiva. A carne de vacas e bois mais velhos costuma ser mais dura, e por este motivo costuma ser moída. O gado criado para a obtenção de carne pode ter a liberdade de pastar em campos ou planícies, ou pode estar confinado em currais, onde costumam ser cuidadas de maneira coletiva e semi-industrial, sob uma alimentação balanceada.
Os Estados Unidos, o Brasil, o Japão e a China são os quatro maiores consumidores de carne bovina.[1] Os maiores exportadores de carne bovina são a Austrália, o Brasil, a Argentina e o Canadá.[2] A produção de carne também é importante para a economia do Uruguai, Nicarágua, Rússia e México.
A produção de carne bovina causa uma pegada ecológica extraordinariamente alta por grama de proteína.[3][4]
Produção mundial de carne bovina
País | Produção em 2018 (milhões de toneladas anuais) |
---|---|
Estados Unidos | 12,2 |
Brasil | 9,9 |
China | 5,8 |
Argentina | 3,0 |
Austrália | 2,2 |
México | 1,9 |
Rússia | 1,6 |
França | 1,4 |
Canadá | 1,2 |
Alemanha | 1,1 |
Fonte: Food and Agriculture Organization[5] |
Cortes de carne bovina
Brasil[6]
- Dianteiro
- Acém;
- Pescoço - Há bons pratos com essa parte do animal;
- Cupim - Usada em churrasco ou em pratos que contenham pouca gordura, pois por natureza é a parte mais gordurosa do boi, é o local onde o animal guarda a sua reserva alimentar;
- Paleta;
- Peito;
- Costela
- Costela;
- Fraldinha - Usada em churrasco;
- Ponta de agulha;
- Traseiro
- Miúdos
- Animela
- Bucho ou estômago
- Carne de Cabeça
- Cérebro
- Coração
- Fígado
- Lábio
- Língua
- Medula
- Omasso
- Pulmão
- Queixada
- Rabo
- Rim
- Supra-Renal
- Tendão
Portugal[7]
- Cachaço
- Maça do peito
- Pá, agulha, peito alto
- Chambão
- Coberta do acém, acém comprido
- Prego do peito, aba da costela
- Rosbife, acém, redondo, vazia, entrecôte
- Lombo
- Aba grossa
- Cheio da alcatra
- Alcatra
- Perna
- Pojadouro, ganso, rabadilha
- Aba delgada
Denominação de origem protegida
Em Portugal, 9 tipos de carne de bovino têm denominação de origem protegida (DOP):